Macrófitas aquáticas do bioma amazônico: revisão, conhecimento e perspectivas.

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq

Em 2008 foi publicado um trabalho que tinha o objetivo de identificar as principais tendências e lacunas me pesquisas sobre macrófitas aquáticas para a região Neotropical. Onze anos se passaram e nesse período o Brasil fez investimentos na educação e pesquisa nas Universidades. Levando em consideração que as macrófitas são relativamente fáceis, é um grupo barato para se trabalhar e responde de forma rápida as variações ambientais, será que o cenário de publicações encontrado pelos autores acima citados mudou nos dias atuais? Portanto, o objetivo deste estudo é identificar as tendências e lacunas na pesquisa sobre macrófitas aquáticas no bioma amazônico, verificando se as publicações estão utilizando as macrófitas para testar hipóteses ecológicas ou se ainda é somente um grupo que auxilia outros organismos aquáticos. O estudo cienciométrico foi realizado utilizando dois importantes bancos de dados: Scopus e Web of Science, onde foram encontrados 511 documentos publicados no período entre 1970 e 2019. As análises foram feitas através de planilhas tabuladas no Microsoft Excel, análises e gráficos feitos no ambiente R, usando os pacotes GGPLOT2 e Bibliometrix e edição de gráficos em software Inkscape 0.92.4. Depois de alguns filtros, restaram 171 artigos que participaram da análise mostrando um aumento no número de publicações, principalmente a partir de 2008. A maioria dos estudos ocorreu em terras brasileiras, principalmente no estado do Amazonas por instituições pertencentes ao estado e publicados em periódicos como a Hydrobiologia. Apesar do rápido crescimento de publicações, ainda há poucos artigos publicados sobre o tema e a grande maioria dos artigos foi publicado no Brasil, necessitando de maior atuação dos pesquisadores de outros países integrantes do bioma amazônico. A diminuição dessas desigualdades internacionais por cooperação e compartilhamento de conhecimento entre os países do bioma amazônico e aumentar a produção científica é essencial para excluir lacunas do conhecimento. Deste modo, o número de artigos aumentou, mas quando se trata das abordagens, quase nada mudou no período entre 2008 e este trabalho.

In 2008, Padial, Bini and Thomaz published a paper that aimed to identify the main trends and gaps in research on aquatic macrophytes for Neotropics. Eleven years have passed and during this period Brazil has invested in education and research at universities, and taking into account that macrophytes are easy to identify, it is a cheap group to work with and responds quickly to environmental variations, will the scenario of publications found by the aforementioned authors has changed today? The purpose of this study is to identify trends and gaps in research on aquatic macrophytes in the Amazon biome. A scientometric study was carried out using two important databases: Scopus and Web of Science, where 511 documents were found published between 1970 and 2019. The analyzes were made through tabulated spreadsheets in Microsoft Excel, analyzes and graphs made in the R environment, using the GGPLOT2 and Bibliometrix packages and editing graphics in Inkscape 0.92.4 software. After some filters, 171 articles remained that participated in the analysis showing an increase in the number of publications, mainly from 2008. Most of the studies took place in Brazilian lands, mainly in the state of Amazonas by institutions belonging to the state and published in journals such as Hydrobiology. Despite the rapid growth of publications, there are still few articles published on the subject and the vast majority of articles have been published in Brazil, requiring greater action by researchers from other countries that are members of the Amazon biome. The reduction of these international inequalities through cooperation and knowledge sharing between countries in the Amazon biome and increasing scientific production is essential to exclude knowledge gaps.