Contributo das bebidas açucaradas não alcoólicas para o aprovisionamento de hidratos de carbono em crianças
2007
Valente, Hugo | Moreira, Pedro | Padrão, Patrícia | Teixeira, Vítor Hugo | Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação
A obesidade infantil assume-se como um dos mais sérios problemas de saúde pública, sendo muitas vezes relacionado com uma elevada taxa de inactividade física e uma ingestão alimentar desadequada. Assim, para estudar este fenómeno, foi analisada a ingestão alimentar de 320 crianças de 7 escolas públicas EB1 do Porto (53,4% raparigas. Foram medidos o peso e altura, de acordo com procedimentos metodológicos recomendados. A 12 ingestão alimentar foi avaliada com recurso a um questionário de frequência alimentar (QFA), preenchido pelos pais e previamente validado. Para avaliar a inadequação da ingestão de alguns nutrimentos, foram usadas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), bem como as do Food and Nutrition Board (FNB). Constatou-se uma prevalência de excesso de peso / obesidade de 32,8% (33,3% para as raparigas e 32,1% para os rapazes) e a percentagem de crianças com uma ingestão inferior às Estimated Average Intake / Adequate Intake (EAR/AI) para as vitaminas A, B1, B2, C, B6, Folato, Niacina, e Magnésio, Zinco e Ferro foi, relativamente reduzida, contudo, para vitamina E, a prevalência de inadequação foi de 46,2% nos rapazes e 49,3% nas raparigas, enquanto que no cálcio, 50,3% dos rapazes e 57,1% das raparigas apresentaram uma ingestão média inferior à AI. Quanto aos macronutrimentos, verificou-se uma média de ingestão tendencialmente hiperlipídica (33,3% do VET nas raparigas e 31,4% do VET nos rapazes), hiperproteica (18,4% do VET nas raparigas e 17,2% do VET nos rapazes) e hipoglícidica (49,8,3% do VET nas raparigas e 52,8% do VET nos rapazes). Relativamente à ingestão alimentar, salienta-se a ingestão elevada de hortofrutícolas e moderada de leite e seus derivados. Apesar das bebidas açucaradas contribuírem com 17% para o aprovisionamento de mono e dissacarideos, não foi encontrada qualquer associação entre o consumo de bebidas açucaradas e seu contributo para o valor energético total e a prevalência de excesso de peso / obesidade. Seria interessante, em estudos futuros, acompanhar esta amostra no sentido de verificar alterações nos padrões de consumo alimentar ao longo da adolescência e a sua eventual implicação na prevalência doenças crónicas e degenerativas.
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