Tomografia computadorizada do tórax de cadelas portadoras de neoplasias mamárias malignas: I - determinação da técnica do exame
2006
Ana Carolina Brandão de Campos Fonseca Pinto | Masao Iwasaki | Cláudia Figueiredo | Sílvia Renata Gaido Cortopassi | Franklin de Almeida Sterman
Visto a importância das neoplasias mamárias malignas na clínica médico-veterinária e as novas perspectivas do diagnóstico por imagem na avaliação de pacientes portadores dessas neoplasias, o presente trabalho visou analisar alguns aspectos técnicos relativos ao exame de tomografia computadorizada contrastada da cavidade torácica quais sejam, tempo de realização do exame, escolha da espessura dos cortes transversais, qualidade de contrastação dos vasos mediastinais, abertura de janela e nível para obtenção das imagens de pulmão, mediastino e arcabouço ósseo, tendo em vista a escassez de informações na literatura consultada. Para tanto, foram realizados exames de tomografia computadorizada contrastada da cavidade torácica de vinte fêmeas da espécie canina, de diferentes raças e idades, portadoras de neoplasias mamárias malignas encaminhadas ao Serviço de Diagnóstico por Imagem do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo pelos Serviços de Obstetrícia e Ginecologia e de Cirurgia de Pequenos Animais da mesma instituição. Concluiu-se que, o tempo médio para realização da tomografia contrastada completa do tórax, com aproximadamente trinta cortes foi de 30 minutos; o posicionamento em decúbito esternal com os membros tracionados cranialmente, e a administração de contraste iodado hidrossolúvel por via intravenosa no volume aproximado de 2ml/kg de peso vivo, sendo dois terços da dose administrados em bolo e o complemento sob infusão contínua mostraram-se adequados para realização do exame tomográfico contrastado do tórax; a escolha da espessura dos cortes de 10 milímetros para animais com mais de trinta quilos e de 5 milímetros para animais com menos de trinta quilos mostrou-se adequada para avaliação de todo o tórax buscando-se atingir uma média de trinta cortes; as seleções de janela e nível para aquisição das imagens pulmonares, mediastinais e de arcabouço ósseo apresentaram-se adequadas à avaliação a partir dos valores de abertura de janela de: 1500 unidades Hounsfield (UH) com um nível entre -550 e -650 UH para pulmão, entre 250 e 300 UH com um nível entre 0 e 50 UH para mediastino e para avaliação do arcabouço ósseo de 1500 UH com um nível entre 50 e 350 UH.
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