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The surgical repair of the cornea of the dog using pericardium as a keratoprosthesis | Reparação cirúrgica da córnea de cão usando pericárdio como prótese
1995
Paulo Sérgio de Moraes Barros | Angélica de Mendonça Vaz Safatle | Telma Aparecida Malerba | Miguel Burnier Junior
<p>Significant advances in corneal repair have been made in the past. Tissue graft has been used to repair full-thickness defects of the cornea and sclera. Equine pericardium preserved in glycerol was used to repair full-thickness corneal lesions after limbal melanoma excision and corneal wound with iris prolapse. A six-year old male, German Shepherd, with 1 cm of diameter, dark-pigmented mass at the temporal limbus of the right eye, with two months of evolution, and a four month old female mixed breed dog, with a corneal wound and iris prolapse, in the left eye, secondary to a cat scratch 5<strong><em> </em></strong>days earlier. In both cases a piece of pericardium was sutured close to the corneal defects. An antibiotic ointment and atropine 1<strong><em>% </em></strong>eye drops were used. The intraocular pressure was low in the following days, but arose to normal values. All other structures were normal. A granulation tissue initially grew near the patch, and the opacity of the pericardium remained. Dexamethasone eye drops and ointment were used, and the granulation tissue disappeared two months after surgery. Eighteen months follow-up showed the eyes in good condition, although opaqueness was still present.</p> | <p>A substituição da córnea em lesões oculares tem merecido a atenção dos oftalmologistas, sendo que vários materiais têm sido usados para este fim. O pericárdio de eqüino, conservado em glicerina, foi usado no reparo de lesões penetrantes de córnea de dois cães, um pela excisão de melanoma límbico, outro pela presença de estafiloma periférico. Cão, Pastor Alemão, com 6 anos de idade, apresentando massa de 1 cm de diâmetro, localizada na região temporal do limbo esclero-corneano do olho direito, com 2 meses de evolução e cão de 4 meses, mestiço, que teve ferida sua córnea esquerda com prolapso de íris, em conseqüência de arranhadura de gato, 5 dias antes, foram examinados no Serviço de Oftalmologia do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. As lesões de ambos os animais foram reparadas com fragmento de pericárdio de eqüino para fechamento do defeito produzido. Aplicação de pomada antibiótica e colírio de atropina de 1%<strong><em> </em></strong>foi instituída no pós-operatório. A pressão intra-ocular foi baixa nos primeiros dias subseqüentes à cirurgia, mas foi gradativamente aumentando chegando a valores normais. Inicialmente, tecido de granulação foi observado próximo ao implante, e opacificação do pericárdio permaneceu. Colírio de dexametasona foi então indicado, sendo que o tecido de granulação desapareceu dois meses após a cirurgia. A câmara anterior permaneceu profunda durante toda a evolução. O acompanhamento pós-operatório mostrou os olhos em boas condições após dezoito meses.</p>
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