Conhecimento dos profissionais de saúde acerca da toxoplasmose gestacional e congênita

O objetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento dos profissionais de saúde acerca da toxoplasmose gestacional e congênita. Para tanto, foi realizado estudo transversal, quantitativo, de outubro a dezembro de 2021, através da aplicação de um questionário digital. Um total de 37 profissionais de nível médio e superior (03 médicos, 20 enfermeiros, 03 técnicos em enfermagem e 11 agentes comunitários de saúde) participaram da pesquisa. O estudo demonstrou que 89,2% (33) dos profissionais tinham conhecimento sobre o agente etiológico da toxoplasmose. O alimento contaminado foi considerado importante meio de transmissão por 91,3% (21) dos profissionais de nível superior, e por 35,7% (5) dos de nível técnico/médio. O aborto foi classificado como manifestação clínica da doença por 78,4% (18) dos profissionais entrevistados. Dentre as medidas profiláticas recomendadas pelos profissionais, 86,5% (32) afirmaram que orientavam a não ingestão de carnes cruas ou mal passadas. Apenas 2,7% (1) deles afirmaram ter realizado algum curso ou treinamento sobre o tema toxoplasmose. A educação em saúde é realizada com mais frequência por enfermeiros como foi relatado por 69,6% (16) do grupo do nível superior. Já entre o grupo de nível médio/técnico, 50,0% (7) relataram que os técnicos de enfermagem são os que realizam educação em saúde na unidade (p = 0,048). Apesar do conhecimento sobre alguns aspectos relacionados à toxoplasmose pelos profissionais de saúde, faz-se necessário ampliar o conhecimento destes profissionais através da oferta de capacitações e treinamentos para estarem aptos na realização de ações preventivas contra esta zoonose negligenciada.