Sloths of the Atlantic Forest in the sixteenth and seventeenth centuries

Portuguese. RESUMO Preguiças foram itens de curiosidade para os europeus nos séculos XVI e XVII e várias descrições existem em bestiários e textos daquela época. Aqui, nós trazemos as descrições e desenhos de preguiças feitas por viajantes e naturalistas daqueles séculos para a Mata Atlântica brasileira. As preguiças eram uma novidade para o público europeu e foram descritas de várias formas inprecisas e estranhas: como monstros, bestas, ou crianças estranhas. Elas serviram como fonte de admiração, divertimento e confusão entre os naturalistas e viajantes dos séculos XVI e XVII. Também abrimos a discussão sobre a identidade da preguiça de Carolus Clusius, um desenho publicado no Exoticorum libri decem (1605). Nós comparamos esse desenho com representações e descrições anteriores de André Thevet (1516-1590) a George Marcgrave (1610-1644). Nós apresentamos evidências para validar a primeira representação da prequiça-de-coleira, 206 anos antes da descrição taxonômica oficial.

English. ABSTRACT Sloths were a curiosity item for Europeans in the 16th and 17th centuries, and several descriptions of them exist in bestiaries and texts of that time. Here, we assemble the descriptions and drawings of sloths from the travellers and naturalists of those centuries in the Brazilian Atlantic Forest. The sloth was a novelty to the European audience, and it was described in many strange and inaccurate ways: as a monster, a beast, or an odd child. It served as a source of admiration, amusement, and confusion among naturalists and travellers of the 16th and 17th centuries. We also raised the question about the identity of Carolus Clusius' sloth, a drawing published in Exoticorum libri decem (1605). We compared his drawing with earlier depictions and descriptions, from André Thevet (1516-1590) to George Marcgrave (1610-1644). We present evidence to validate the first drawing of the maned sloth, completed 206 years before the official taxonomic description.