Programa de Pesquisa do Instituto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) com a cultura do mamoeiro.

O Instituto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) foi instituído em 2002 como sucessor da Acares (1956); Emater - ES (1975); Emcapa (1973) e Emcaper (1999). Em 50 anos de atividade vem atuando na pesquisa, assistência técnica e extensão rural, com destaque nas diversas áreas do conhecimento do agronegócio e em especial na fruticultura, em que se destaca a pesquisa na cultura do mamoeiro, que teve início em 1976, com a introdução e avaliação de materiais genéticos de mamão do grupo Solo e Formosa, e desenvolvimento de tecnologias adaptadas às condições edafo climáticas do Estado do Espírito Santo. O Incaper tem-se destacado nas pesquisas com a cultura do mamoeiro, principalmente com a recomendação de cultivares, e na geração de tecnologias de manejo, tratos culturais, adubação e principalmente na fi tossanidade, com destaque para aplicação do roguing no controle das doenças viróticas (mosaico e meleira) e fitoplasma (vira-cabeça), bem como em cooperação com a Ufes e USP/ESALQ, a identificação molecular da meleira, estirpes variantes do PRSV-p e da etiologia do vira-cabeça. O systems approach, aplicado pela primeira vez no Brasil no pólo de fruticultura de Linhares-ES, permitiu que o mamão papaya brasileiro fosse exportado para os Estados Unidos, derrubando uma barreira quarentenária que impedia o comércio da fruta para esse país. Essas tecnologias foram nacionalmente reconhecidas e merecedoras de premiações destacadas como os Prêmios Finep de Inovação Tecnológica 2002, e de Instituição de Pesquisa, em 2007, instituídos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia do governo federal. Em 2006, os resultados contribuíram para o recebimento do Prêmio Frederico de Menezes Veiga, instituído pela Embrapa, em reconhecimento às melhores pesquisas desenvolvidas no país. Foram destaques as pesquisas na área fitossanitária, que deram subsídios ao conhecimento da epidemiologia da meleira e à realização da Análise de Risco de Praga (ARP) para as moscas-das-frutas em frutos do grupo Formosa para o mercado da América do Norte, viabilizando, dessa forma, a aprovação da exportação brasileira da fruta deste grupo para esse exigente mercado. Estas pesquisas serviram de base para que outros estados brasileiros produtores de mamão se tornem aptos para exportar a fruta para os Estados Unidos.