Considerações sobre a salubridade do trabalho dos enfermeiros no Hospital das Clínicas as Universidade Federal de Minas Gerais - 1986
1987
Maria Rizoneide Negreiros de Araújo | Elvio Carlos Moreira | Carmelita Pinto Rabelo | Rabindranath Loyola Contreras | Elizabeth Costa Dias | Felix Julio Rosemberg
Neste estudo trabalhou-se com 96 (noventa e seis) enfermeiros, lotados no Hospital das Clinicas da UFMG. Estabeleceu-se como objetivos analisar alguns fatores que influenciam nas condições de trabalho dos enfermeiros, identificar as causas de licença médica dos enfermeiros; e analisar o adicional de insalubridade - risco biológico no recinto hospitalar, correlacionando com as condições de trabalho apresenta das pelos enfermeiros. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se o formulário e uma ficha para levantamento das causas de licença médica, na Seção de Apoio e Comunicação do Hospital. Do total dos enfermeiros trabalhados 92,8% encontravam-se exercendo suas atividades nos Setores Operativos do Hospital (Ambulatório, Cuidado Básico, Cuidado Intermediário e Centro de Tratamento Intensivo); 95,8% eram do sexo feminino; 52,1% possuíam menos de 45 anos de idade; 99,0% trabalhavam 30 horas semanais; 50% possuíam mais de 20 anos de serviços prestados para fins de aposentadoria, 98,0% estavam desenvolvendo atividades ligadas diretamente ao paciente; 87,5% não receberam nenhum tipo de treinamento introdutório necessário ao desenvolvimento de suas atividades na Instituição; 83,3% informaram ter feito exame médico pré-admissional; 100,0% atestaram que não fazem controle médico anual por solicitação da empresa, 50,0% percebiam 15,0 salários mínimos regionais mensais. Em relação as causas de licença médica, as classificadas como em Doenças de Tecido Osteomuscular foram as que utilizaram maior número de dias; Os dias de afastamento para procedimentos cirúrgicos representaram 11,2% do total de dias não trabalhados. Quanto ao adicional de insalubridade 99,0% percebiam sendo que, 97,9% percebiam 20,0% e apenas 2,1% percebiam 40,0%. Concluiu-se que, a administração do Hospital considera a priori" o seu ambiente insalubre para os enfermeiros; pelo fato de pagar o adicional de insalubridade sem analisar as condições de trabalho e a utilização de medidas para a neutralização dos fatores agressores aos seus trabalhadores
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