Urinary incontinence and sabulous cystitis in mares: report of five cases | Incontinência urinária e cistite sabulosa em éguas: relato de cinco casos

English. This report describes five cases of urinary incontinence in Quarter Horse mares associated with the development of sabulous cystitis. The animals in this study had a history of persistent urinary incontinence for eight months, with clinical signs of continuous dribbling urine during rest and movement. The initial treatment with antibiotics and anti-inflammatory drugs was ineffective. Clinical examination revealed severe scalding in the perineal region and on the medial aspect of the hind limbs, along with neurological signs such as ataxia, hind limb paresis, and diminished perineal reflexes. Transrectal ultrasonography confirmed bladder distension and the presence of hyperechoic particles in the urine. Urinalysis revealed typical features of sabulous cystitis, including abundant calcium carbonate crystals. Despite treatment with corticosteroids, antibiotics, and daily bladder lavage with physiological saline, no substantial clinical improvement was observed. The limited therapeutic response and guarded prognosis were discussed with the owner, who opted to monitor the mares without altering their clinical condition for two years. This report highlights the complexity of managing urinary incontinence associated with sabulous cystitis in horses and emphasizes the importance of accurate diagnosis and early recognition of clinical signs for effective treatment.

Portuguese. Este relato descreve cinco casos de incontinência urinária em éguas da raça Quarto de Milha, associada ao desenvolvimento de cistite sabulosa. Os animais deste estudo apresentaram histórico de incontinência urinária persistente por oito meses, com sinais clínicos de gotejamento contínuo de urina, principalmente durante o repouso e o movimento. O tratamento inicial com antibióticos e anti-inflamatórios não foi eficaz. Exames clínicos revelaram escaldaduras severas na região perineal e nas partes internas dos membros posteriores, além de sinais neurológicos como ataxia, paresia dos membros posteriores e reflexos perineais diminuídos. A avaliação por ultrassonografia transretal confirmou a distensão da bexiga e a presença de partículas hiperecóicas no interior da urina. A análise de urina revelou características típicas de cistite sabulosa, incluindo a presença abundante de cristais de carbonato de cálcio. Apesar da administração de tratamento com corticoides e antibioticoterapia, juntamente com lavagem diária da bexiga com solução salina fisiológica, não houve melhora clínica significativa nos animais estudados. A resposta terapêutica limitada e o prognóstico reservado foram discutidos com o proprietário, que optou por manter as éguas em monitoramento sem alteração no quadro clínico por dois anos. Este relato destaca a complexidade no manejo da incontinência urinária associada à cistite sabulosa em equinos, ressaltando a importância de um diagnóstico preciso e do reconhecimento precoce dos sinais clínicos para um tratamento eficaz.