Scintigraphy in lumbosacral and sacroiliac region pathologies in horses

The lumbosacral joint in horses is the most mobile intervertebral joint between the thoracic and pelvic regions, making it more susceptible to injury than other intervertebral joints. On the other hand, sacroiliac joint disease has been classified as one of the main causes of diminished athletic capacity in sport horses. However, due to the close proximity of these two joints, there is a high biomechanical relationship, which can mean that injury in one joint can cause changes in the other. Injuries to these joints have sparked a great deal of diagnostic interest due to the loss of athletic capacity that horses can show. The difficulty of detecting lameness in the pelvic limbs, the presence of other pathologies and the ease of observing lesions in the rest of the horse's appendicular system mean that some degree of chronicity is observed when diagnosing lesions in the lumbosacral and sacroiliac joints. This leads to less efficient treatment and a less favourable prognosis. The purpose of this study was to analyse the value of scintigraphy as a diagnostic method for lesions in the sacroiliac and lumbosacral regions and to verify its association with clinical data or lesions in other regions. The data was collected from horses admitted at Liphook Equine Hospital between 2016 and 2023, in a sample of 55 horses with a history of hindlimb lameness with loss of performance and radiopharmaceutical uptake in the sacroiliac joint. Scintigraphic images with radiopharmaceutical uptake were also evaluated in the forelimbs, cervical, thoracic and lumbar vertebrae, lumbosacral region and pelvic limbs. Data was also collected on the reaction the flexion, extension and latero-flexion tests (Provocation tests). From this population, 26 animals showed uptake in the lumbosacral region (between both sacral tuberosities). Although no association was observed between radiopharmaceutical uptake in the lumbosacral region and the other clinical data, nor between the reaction to provocation tests and the other variables, it was possible to see that the uptake in LS region and the presence of a positive reaction to the provocation tests should redirect us to perform a transrectal ultrasound, and that the presence of a positive reaction to the provocation tests is associated with presence of uptake in the hindlimbs together with presenting only hindlimb lameness. This is the first study in which both the sacroiliac and lumbosacral joints are considered in the scintigraphic images of animals with hindlimb lameness. The importance of observing the radiopharmaceutical uptake between both sacral tuberosities and performing the transrectal ultrasound scan in conjunction with the other diagnostic tests allows for a more precise diagnosis and more targeted treatment.

A articulação lombossagrada dos cavalos é a articulação intervertebral com maior mobilidade entre a região torácica e pélvica, tornando-a mais suscetível a lesões comparativamente às outras articulações intervertebrais. Por outro lado, a doença da articulação sacroilíaca tem vindo a ser classificada como uma das principais causas de perda de capacidade desportiva em cavalos de desporto. No entanto, devido à grande proximidade destas duas articulações existe uma elevada relação biomecânica, podendo levar a que uma lesão numa das articulações promova alterações na outra. As lesões nestas articulações têm desencadeado um elevado interesse diagnóstico devido à perda de capacidade desportiva que os cavalos podem apresentar. A dificuldade de deteção de claudicações dos membros pélvicos, a presença de outras patologias e a facilidade de observação de lesões no restante sistema apendicular do cavalo levam a que se observe algum grau de cronicidade no momento do diagnóstico de lesões nas articulações lombossagrada e sacroilíaca. Isto leva a um tratamento menos eficiente e prognóstico menos favorável. O objetivo deste estudo foi estudar a utilidade da cintigrafia como método de diagnóstico das lesões da região sacroilíaca e lombossagrada e verificar a sua associação com dados clínicos ou lesões em outras regiões. Os dados foram recolhidos de cavalos atendidos no Liphook Equine Hospital entre 2016 e 2023, numa amostra de 55 cavalos com historial de claudicação dos membros pélvicos com perda de capacidade desportiva e captação radiofarmacêutica na articulação sacroilíaca. As imagens cintigráficas de captação radiofarmacêutica foram também avaliadas nos membros anteriores, vertebras cervicais, torácicas e lombares, região lombossagrada e membros pélvicos. Foram ainda recolhidos dados sobre a reação aos testes de mobilização do eixo de flexão, extensão e latero-flexão (testes de provocação). Desta população, 26 animais apresentaram captação na região lombossagrada (entre ambas as tuberosidades sacrais). Apesar de não se ter observado uma associação entre a captação radiofarmacêutica na região lombossagrada e os restantes dados clínicos e captações radiofarmacêuticas, nem entre a reação aos testes de provocação e as restantes variáveis, foi possível observar-se que o uptake na região LS e a presença de uma reação positiva aos testes de provocação deve direcionar-nos para a realização de uma ecografia transretal e que a presença de um teste de provocação positivo está associada à presença de uptake nos membros pélvicos juntamente com apenas claudicação nos membros pélvicos. Este é o primeiro estudo onde tanto a articulação sacroilíaca e lombossagrada são tomadas em consideração nas imagens cintigráficas de animais com claudicação dos membros pélvicos, assim como, a importância da observação da captação radiofarmacêutica entre ambas as tuberosidades sacrais e a realização do exame ecográfico transretal em conjunto com os restantes exames diagnósticos.