Efeito do desbaste no desenvolvimento de um povoamento de pinheiro-manso (Pinus pinea L.) na Mata Nacional do Escaroupim

Mestrado em Engenharia Florestal e dos Recursos Naturais / Instituto Superior de Agronomia. Universidade de Lisboa

O controlo da densidade de árvores num povoamento é um dos mecanismos usados desde há muito na silvicultura como ferramenta de controlo e alteração das características de um povoamento. O estudo do efeito do desbaste na espécie Pinus pinea é apresentado neste trabalho. Para tal, utilizou-se um ensaio instalado na Mata Nacional do Escaroupim, com um compasso de plantação de 4x4 m. Em 2007, instalou-se ensaio de desbaste que resultou em quatro parcelas com densidades diferentes. Essas parcelas ficaram então com as plantas a compassos de 12x8 m, 8x8 m, 8x4 m e 4x4 m. Foram realizados inventários de 3 em 3 anos, onde se mediram as variáveis ao nível da árvore: diâmetro; altura; altura da base da copa; altura da base verde da copa; raios de copa. A partir destas medições e de variáveis calculadas para a árvore e o povoamento, como o volume, o volume médio, a área basal, o diâmetro quadrático médio, a área de copa, a taxa relativa de crescimento, o coeficiente de adelgaçamento e um índice de competição, foi possível analisar o desenvolvimento das árvores e do povoamento. Um voo realizado em 2020, com um veículo aéreo não tripulado (VANT) equipado com um sensor RGB, permitiu estimar a altura de todas as árvores, as suas áreas de copa e obter as suas coordenadas geográficas. Com este trabalho chegou-se à conclusão de que existem variáveis que são afetadas pela densidade, como o diâmetro. Por norma, o aumento de densidade leva a uma diminuição das dimensões dos indivíduos do povoamento e ao desenvolvimento de árvores com fustes mais cilíndricos; no entanto aumentam os valores das variáveis que descrevem o povoamento, como o volume ou a área basal, visto estas estarem positivamente relacionadas com o número árvores que ocupa uma determinada área

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