Disturbances in kalemia and their relationship with azotemia and mortality in ill pet rabbits

Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, na área científica de Clínica

ABSTRACT - Prevalence of kalemia distubances and its impact on survivability in pet rabbits has not been previously studied, while in human medicine and dog and cat medicine, both hyperkalemia and hypokalemia have been associated with higher mortality rates. This retrospective clinical study intended to describe the prevalence of kalemia disturbances and their association with azotemia and mortality, to better understand their impact in ill pet rabbit patients (n=634). Hyperkalemia was greatly related with azotemia in ill pet rabbits (Mann-Whitney U; P < 0,001) with rabbits that presented hyperkalemic having a 7,9 times higher chances (P < 0,001) of being azotemic. All animals that presented hyperkalemia and had creatinine measured were hypercreatimic. Hypokalemia was recorded in 111 rabbits (17,5%) and hyperkalemia in 44 rabbits (6,94%). Rabbits that died showed significantly higher blood potassium levels (Mann-Whitney U; P < 0,001). When comparing normokalemic individuals to the ones that presented hyperkalemic, hyperkalemia posed a threat to ill rabbits’ survival, since they showed significant differences in their survivability (P < 0,001) with a 4,3 times greater risk of death in the first day. The same was observed in the first week survivability (P < 0,001) with rabbits that presented hyperkalemia at hospitalization having 3,2 times greater mortality. There was also an increase in relative risk of death and mortality when the degree of hyperkalemia rose in these rabbits. When compared, rabbits’ mortality in those that presented hypokalemia and those that were normokalemic there were no significant statistical differences (P = 0,79) meaning that hypokalemic animals do not have a greater risk of death. This study concludes that blood potassium evaluation is important in ill pet rabbits, that hyperkalemia in rabbits in greatly associated with renal impairment and that hyperkalemia meant a greater risk of death for the patient while being hypokalemic did not

RESUMO - ALTERAÇÕES DE CALIÉMIA E A SUA RELAÇÃO COM AZOTÉMIA E MORTALIDADE EM COELHOS DE ESTIMAÇÃO DOENTES - A prevalência de distúrbios de caliémia e o seu impacto na sobrevivência em coelhos de estimação não foi previamente estudada, enquanto que, na medicina humana e medicina veterinária, em cães e gatos, tanto a hipercaliémia quanto a hipocaliémia foram associadas a taxas de mortalidade mais altas. Este estudo clínico retrospetivo teve como objetivo descrever a prevalência de distúrbios de caliémia e sua associação com azotémia e mortalidade, de modo a entender melhor o seu impacto em coelhos de estimação doentes (n=634). A hipercaliémia foi fortemente relacionada com azotémia em coelhos de estimação doentes (Mann-Whitney U; P < 0,001), tendo os coelhos que apresentavam hipercaliémia 7,9 vezes maior probabilidade (P < 0,001) de estarem azotémicos. Todos os animais que apresentaram hipercaliémia e tiveram o seu valor de creatinina mensurada estavam hipercreatinémicos. A hipocaliemia foi registada em 111 coelhos (17,5%) e a hipercalemia em 44 coelhos (6,94%). Os coelhos que morreram apresentaram níveis de potássio sanguíneos significativamente mais altos (P < 0,001). Através da comparação entre casos de normocaliémia e hipercaliémia, aferiu-se que a hipercaliémia representa uma ameaça à sobrevivência dos coelhos doentes, já que estes apresentam diferenças significativas na sua sobrevivência no primeiro dia após hospitalização (P < 0,001), com um risco de morte 4,3 vezes maior. O mesmo foi observado em termos de sobrevivência na primeira semana após hospitalização (P < 0,001) com uma mortalidade 3,2 vezes maior nos coelhos hipercaliémicos ao ingresso. Houve também um aumento no risco de morte e na mortalidade à medida que o grau de hipercaliémia aumentou nestes coelhos. Quando comparada a mortalidade dos coelhos que apresentaram hipocaliemia e daqueles que estavam normocaliémicos, não se verificaram diferenças estatísticas significativas (P = 0,79), o que significa que em coelhos doentes a hipocaliemia não está associada a um aumento de mortalidade. Este estudo concluiu que a avaliação do potássio sanguíneo em coelhos doentes é importante, que a hipercaliémia está altamente relacionada com o comprometimento da função renal e que a hipercaliémia está relacionada com aumento da mortalidade enquanto a hipocaliémia não pressupõe um aumento na mortalidade nestes animais

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