Preserved homologous peritoneum graft after lamellar keratectomy in dogs | Implante de peritônio homólogo conservado após ceratectomia lamelar em cães
1996
Jair de Almeida Garcia | Paulo Sérgio de Moraes Barros | José Luiz Laus | Afonso Luiz Ferreira | Angelica Mendonça Vaz Safatle
The aim of this paper was to study the use of glycerol preserved, homologous peritoneum on the repair of superficial lesions of the cornea. Seven dogs, males and females, weighing about 10 kg were used. A lamelar keratectomy - 0.4 x 0.5 mm and one third of cornea thickness - was performed at both sides and during the same anesthetic period. A piece of peritoneum was implanted by using a simple, interrupted pattern suture of 8-0 prolene. The animals were sacrificed and eyes were enucleated at 24 hours, 7, 15, 30 and 60 days after surgery. Clinical and histological exams were conducted. Blefarospasm, quemosis and corneal opacity were clinical signs observed at short-term periods. These signs disappeared at day 32, when deopacification of the implant was seen. No inflammation signs were observed at this time. The epithelium had grown over the implant at day seven, and initial resorption of the peritoneum was occurring. No inflammatory infriltrate was seen at day seventeen. Pigment deposition was seen on later evaluations. There were no rejection signs. The results allowed us to admit adopting the homologous preserved peritoneum as another option for keratoplasty in dogs.<br />
Show more [+] Less [-]Estudou-se a viabilidade do uso do peritônio homólogo, conservado em glicerina, na reparação de lesões superficiais da córnea, após ceratectomia lamelar. Para tanto foram utilizados 7 cães, machos e fêmeas, pesando 10 kg em média. Realizou-se ceratectomia lamelar de 0,4 x 0,5 mm de lado e 1/3 da espessura da córnea, bilateralmente, e no<br />mesmo período anestésico, seguida de implante de peritônio homólogo e utilizando-se sutura interrompida aplicada em toda a extensão do enxerto. Os animais foram sacrificados e seus globos oculares enucleados, em intervalos de 24 horas, 7, 15, 30 e 60 dias de pós-operatório. Para observação dos resultados, procedeu-se às avaliações clínica e histológica. Blefarospasmo, quemose e opacidade de córnea foram sinais comuns aos períodos precoces de pósoperatório,<br />os quais foram desaparecendo até o 32a dia, quando o enxerto se encontrava em plena fase de desopacificação e o globo ocular isento de sinais de inflamação. Epitelização total do enxerto se fez presente aos<br />sete dias, seguida por reabsorção do mesmo, com ausência de infiltrado inflamatório aos 17 dias. Houve deposição de pigmento no estroma nos períodos tardros de avaliação. Não foi observado infiltrado inflamatório nem reação clínica que pudesse ser patognomônica de eliminação do enxerto. Diante das observações factuais de cada um dos tempos, admite-se o emprego do peritônio homólogo na reparação lamelar de lesões superficiais da córnea, constituindo-se, portanto, em mais uma opção de técnica de ceratoplastia no cão.<br />
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