Ceratoplastia lamelar em cães usando membrana amniótica equina. Estudo clínico e morfológico | Lamelar keratoplasty in dogs using equine amniotic membrane. Clinical and morphological study
2013
Andréa Barbosa | Paulo Sergio de Moraes Barros | José Luiz Guerra | Denise Aya Otsuki
Amniotic membranes have been successfully used in the treatment of superficial corneal diseases. The purpose of this study was to assess the feasibility of use of equine amniotic membrane (AM) in lamellar keratoplasty of dogs. Amniotic membranes were preserved in glycerol (98%). Implant efficacy was assessed by clinical evaluation, time of healing, inflammatory response, and the corneal architectural configuration. Twelve dogs were divided into four groups of three animals. In each animal, a 5-mm diameter lamellar keratectomy was performed, and followed by implantation of the AM. The animals were evaluated at the 2th, 7th, 21th, and 40th days after surgery. During this period, ophthalmological exams were performed at 48-h intervals, and the animals were euthanized after the last evaluation. The eyes were enucleated, included, fixed, and stained with hematoxylin-eosin (HE), periodic acid-Schiff (PAS), and picrosirius. Epithelization of the implants was completed in about ten days after surgery. New vessels progressively diminished from 21 days on, were not detected on day 40 after surgery, and only a nebula was observed in the implant area. Optical microscopy revealed a mild inflammatory response, presence of squamous epithelium on day seven, and total epithelization on day 21 after surgery. On day 40, the basal epithelial membrane was shown to be reformed. Therefore, we conclude that use of equine amniotic membranes is feasible as implant for dog cornea since it is incorporated to the corneal stroma, and a relative transparency can be obtained.
Show more [+] Less [-]A membrana amniótica (MA) consolidou-se no tratamento de afecções na superfície ocular. O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade do implante de MA equina em ceratoplastia lamelar de cães. As membranas amnióticas foram preservadas em glicerina (98%). A eficácia do implante foi acompanhada por avaliação clínica, tempo de cicatrização, resposta inflamatória e reconstrução da arquitetura da córnea. Foram selecionados 12 cães, que foram divididos em quatro grupos de três animais. Em cada animal, foi realizada ceratotomia lamelar com 5 mm de diâmetro, seguida de aplicação do implante de MA. Após cirurgia, os animais foram avaliados em diferentes tempos: 2, 7, 21 e 40 dias. Durante o período de observação, os exames oftalmológicos foram realizados com intervalo de 48 h e, após a última avaliação, os animais foram submetidos à eutanásia. Os olhos foram enucleados, fixados e corados com hematoxilina-eosina (HE), ácido periódico de Schiff (PAS) e picrossirius. Os implantes foram completamente epitelizados em cerca de 10 dias após a cirurgia. Os neovasos apresentaram involução progressiva a partir de 21 dias e não foram detectados ao final de 40 dias pós-cirurgia, restando apenas uma nébula no local da lesão. À microscopia óptica, observou-se resposta inflamatória moderada, presença de epitélio pavimentoso estratificado aos sete dias e epitelização completa aos 21 dias. Aos 40 dias, a membrana basal do epitélio apresentou-se reconstituída. Assim, concluímos que a membrana amniótica equina é viável como implante em córnea de cão, sendo incorporada ao estroma e resultando em restabelecimento parcial da transparência.
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