Contribuição para o estudo de sistemas de tratamento de água a adoptar em zonas economicamente desfavorecidas
2011
Gomes, Joana Margarida Carvalho | Almeida, Maria Gabriela Lourenço da Silva Féria
Dissertação apresentada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Engenharia do Ambiente, Perfil de Engenharia Sanitária
Show more [+] Less [-]Tendo em consideração a realidade actual, em relação ao tema de abastecimento de água em zonas carenciadas, nomeadamente no Continente Africano, torna-se importante e urgente o desenvolvimento de sistemas de tratamento de água com características adequadas às condições locais, tanto a nível de qualidade de água, como a nível económico. O trabalho apresentado, pretende, com base em investigação bibliográfica, contribuir para o desenvolvimento de sistemas de tratamento de água, de carácter rudimentar, de fácil implementação, que garantam a produção de uma água com qualidade aceitável em termos de saúde pública. Para prossecução do objectivo deste trabalho, o cenário adoptado como representativo de uma zona desfavorável, foi Moçambique, país que revela grande falta de pontos de água potável. Após análise de qualidade de água dos rios de Moçambique e adoptando a qualidade de água inferior como critério de selecção, seleccionou-se o Rio Matola, localizado na região de Moamba, um dos distritos de Maputo. Uma análise da qualidade de água do Rio Matola, integrada com uma análise de linhas de sistema de tratamento utilizadas no tratamento de águas para consumo humano, revelou que os sistemas de tratamento adequados terão que ser bastante simples, contemplando as etapas de coagulação, floculação, decantação e desinfecção. A opção da linha do sistema de tratamento de água terá que passar por uma linha simples, visto o cenário adoptado ser uma zona carenciada, o que implica uma escassez, tanto a nível económico, como também a nível de mão-de-obra especializada para a manutenção dos sistemas. O principal problema observado na qualidade da água foi o elevado teor em cloretos, que ultrapassam o limite imposto pela legislação, de 250 mg/L. Uma das hipóteses de tratamento proposta é a utilização do processo de separação por membranas de osmose inversa. Apesar da presença de cloretos não ser prejudicial à saúde, a utilização deste processo permite eliminar o sabor desagradável provocado pela presença dos iões e, permite também a obtenção de uma água tratada que cumpra os limites legislados. No entanto, a sua utilização deste processo implica um elevado custo de implementação e também de manutenção.
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