Certificação de géneros alimentícios em Portugal
2005
Silva, Rita Luísa Machado Magalhães Costa e
O sector alimentar vem sendo alvo de sucessivas crises, grande parte delas com repercussões devastadoras ao nível económico e ao nível da saúde pública. A década de 90 do século passado foi, sem sombra de dúvida, exemplo disso mesmo, com o caso da Encefalopatia Espongiforme Bovina, entre outras. Por outro lado, a ligação que se estabeleceu entre uma alimentação pouco cuidada e determinadas patologias, acarretou um interesse ainda maior pela temática da alimentação, em todas as suas vertentes. Como resultado, os consumidores estão hoje mais alertados e sensibilizados, exigindo que os alimentos que consomem sejam fornecidos com um nível de qualidade cada vez maior. Se até há bem pouco tempo eram as características organolépticas e a reputação no mercado, para além do preço, os condicionantes mais determinantes da qualidade dos géneros alimentícios, a tendência parece agora direccionar-se para aspectos mais específicos como a garantia de conformidade. Verifica-se uma crescente procura, por parte das entidades produtoras, transformadoras e distribuidoras de géneros alimentícios, pela certificação das próprias entidades, dos produtos fornecidos e/ou dos serviços prestados. A certificação, para além de evidenciar o cumprimento de regulamentações técnicas, reforçar a confiança dos consumidores e a imagem da entidade, permite aumentar a competitividade através da redução dos custos da não qualidade, aceder a novos mercados e é um factor de diferenciação face a outras entidades concorrentes, num mercado cada vez mais globalizado.
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