Infectious Diseases in Shelter Medicine in Portugal: an Epidemiological approach from a One Health Perspective
2024 | 2027
Afonso, Paulo Jorge Pereira | Quintas, Hélder | Coelho, Ana | Cardoso, Luís
Shelter Veterinary Medicine (SVM) is rapidly emerging as a field within veterinary sciences, particularly in Portugal, where it intersects significantly with animal health and public health. This thesis delves into the complexities and challenges of SVM, providing insights into its impact on animal health, animal welfare and public health. The thesis comprises eleven chapters, each addressing a specific aspect of SVM. The initial chapter (Chapter 1) provides an overview of SVM, discussing its evolution and significance in Portugal and globally. This sets the stage for a detailed exploration of various diseases prevalent in shelter animals and their public health implications. Chapter 2 details the objectives of the thesis, establishing the framework for the research that follows, with a focus on infectious diseases in shelter animals. Chapter 3 explores pet adoption preferences in Portugal, highlighting a growing trend towards shelter adoption. Surveying 415 participants, the study reveals behaviour (52.8%), size (49.6%), vaccination and deworming status (44.3%), and age (36.1%) as the top attributes influencing potential adopters' choices. Less emphasis is placed on breed (7.2%), sex (6.3%), and colour (5.1%). This indicates a shift towards more ethical and welfare-centric adoption practices. The insights gained are invaluable for shelters, enabling them to tailor their strategies to meet public preferences, thereby streamlining the adoption process and improving welfare standards for shelter animals. Chapter 4 investigates dermatophyte infections in shelter animals, revealing a 3.5% prevalence with Microsporum canis as the most common species. The study emphasises the risk these infections pose to both animal and human health, especially for those with visible skin lesions. Chapter 5 examines the presence of Talaromyces marneffei in Europe, uncovering 29 human cases across various countries. Most patients were Human Immunodeficiency Virus (HIV) positive, showing a range of symptoms like fever and skin lesions. The chapter also refers to 4 reports on companion animals and 2 reports on wildlife, both worldwide, and highlights the geographical spread of T. marneffei beyond endemic areas, underscoring the importance of surveillance and research in fungal infections. Chapter 6 delves into the prevalence of Alternaria alternata in pets, from shelters and clinics, with 23.8% testing positive. This chapter emphasises the potential health risks associated with fungal allergens and the need for awareness and hygiene among pet owners. Chapter 7 investigates the epidemiology of Ehrlichia canis and Rickettsia conorii infections among shelter dogs in Northern Portugal. A cross-sectional study involving 113 dogs from two shelters reveals seroprevalences of 0.9% for E. canis and 9.7% for R. conorii. The study identifies a notably higher risk of R. conorii seropositivity in female dogs and in Shelter 2. These findings demonstrate the exposure of shelter dogs to these pathogens and their potential implications for canine and human health, highlighting the need for a One Health approach, emphasising education, legislation, and control strategies for managing these zoonoses. Chapter 8 explores the prevalence of Leishmania spp. infection in shelter and owned dogs. Surprisingly, owned dogs (15.2%) had a higher prevalence than shelter dogs (5.0%), suggesting a need for ongoing monitoring and proactive health management in both populations. Chapter 9 investigates the prevalence of Canine Parvovirus (CPV) and Canine Coronavirus (CCoV) among shelter dogs in Portugal. The findings reveal a 6.2% and 9.2% prevalence of CPV and CCoV, respectively, with a co-infection prevalence of 4.6%, highlighting the persistent challenge these viruses represent to high-risk populations. Chapter 10 presents a study on Feline Immunodeficiency Virus (FIV) and Feline Leukaemia Virus (FeLV) in shelter cats in Portugal. The research found an overall seroprevalence of 15.3%, with specific rates of 9.8% for FIV and 2.1% for FeLV. Adult cats showed a higher seroprevalence for FIV, highlighting the need for proactive screening and vaccination in shelters. Chapter 11 synthesises the findings and their implications for veterinary public health. It positions shelters as crucial sentinels for monitoring public health and emphasises the interconnectedness of animal and human health. The chapter suggests future research directions, including broader studies and advanced approaches in SVM. This thesis constitutes a pivotal advancement in the domain of SVM, offering profound insights into the intricate interplay between the health of shelter animals and broader public health concerns. It underlines the strategic role of animal shelters as essential sentinels in monitoring public health, highlighting their potential in early disease detection and control. This work advocates for an integrated and comprehensive approach to disease management, underscoring the importance of shelters in preempting and mitigating public health risks. The findings underscore the necessity for ongoing research and innovation within SVM, recognising its dynamic nature and its critical role in shaping effective public health strategies. This thesis not only enriches our understanding of SVM but also lays the groundwork for future advancements in this increasingly important field.
Show more [+] Less [-]A Medicina Veterinaria de Abrigo (MVA) esta rapidamente a emergir como uma subarea distinta dentro das Ciencias Veterinarias, particularmente em Portugal, onde interage significativamente com a sanidade e a saude publica. Esta tese aprofunda as complexidades e desafios da MVA, nomeadamente o seu impacto na sanidade, bem-estar animal e na saude publica. A tese e composta por onze capitulos, cada um aborda um aspeto especifico. O capitulo inicial (Capitulo 1) fornece uma visao geral da MVA, discutindo a sua evolução e significado em Portugal e globalmente. E tambem neste capitulo estabelecida a base para a abordagem de varias doencas prevalentes em animais de abrigo e as suas implicacoes para a saude publica. O Capitulo 2 detalha os objetivos da tese, estabelecendo o quadro para a pesquisa que se segue, com foco em doencas infetocontagiosas em animais de abrigo. O Capitulo 3 explora as preferencias de adocao de animais de companhia em Portugal, destacando uma tendencia crescente para a adocao em abrigos. Ao inquirir 415 participantes, o estudo revela que o comportamento (52,8%), o tamanho (49,6%), o estado vacinal e de desparasitacao (44,3%) e a idade (36,1%) sao os principais atributos que influenciam as escolhas dos potenciais adotantes. Menor relevancia e atribuida a raca (7,2%), ao sexo (6,3%), e a coloracao (5,1%). Isto indica uma mudanca para praticas de adocao mais eticas e centradas no bem-estar animal. Os resultados obtidos são inestimaveis para os abrigos, permitindo-lhes adaptar as suas estrategias para atender as preferencias do publico, agilizando o processo de adocao e melhorando os padroes de bem-estar para os animais dos abrigos. O Capitulo 4 investiga as infecoes por dermatofitos em animais de abrigo, revelando uma prevalencia de 3,5%, sendo Microsporum canis a especie mais prevalente. O estudo realca o risco para a saude animal e humana, especialmente para os animais com lesoes. O Capitulo 5 reve sistematicamente a presenca de Talaromyces marneffei na Europa, elencando 29 casos humanos em varios paises. A maioria dos pacientes era positiva para o Virus da Imunodeficiencia Humana (VIH), apresentando sintomas variaveis como febre e lesoes cutaneas. O capitulo refere, tambem, 4 relatos em animais de companhia e 2 relatos em animais selvagens, ambos mundialmente, e destaca a dispersao geografica de T. marneffei alem das areas endemicas, sublinhando a importancia da epidemiovigilancia e necessidade de investigacao nesta area. O Capitulo 6 explora a prevalencia de Alternaria alternata em animais de companhia, de abrigos e de Centros de Atendimento Medico-Veterinario (CAMV), com 23,8% dos animais a testarem positivo. Este capitulo realca os potenciais riscos de saúde associados a alergenios fungicos e a necessidade de consciencializacao e higiene entre os proprietarios de animais. O Capitulo 7 investiga a epidemiologia das infecoes por Ehrlichia canis e Rickettsia conorii entre caes de abrigo no Norte de Portugal. O estudo transversal envolveu 113 caes de dois abrigos e revela seroprevalencias de 0,9% para E. canis e 9,7% para R. conorii. O estudo identifica um risco significativamente maior de seropositividade para R. conorii em femeas e no abrigo 2. Estes resultados demonstraram a exposicao dos caes de abrigo a esses agentes patogenicos e, as potenciais implicacoes para a saúde canina e humana, destacando a necessidade de uma abordagem One Health, enfatizando a necessidade de estrategias educativas, legislativas e de controlo para o maneio destas zoonoses. O Capitulo 8 explora a prevalencia de Leishmania spp. em caes de abrigos ou com titutlares, em CAMV. Surpreendentemente, os caes com titulares (15,2%) tinham uma prevalencia maior do que os caes de abrigo (5,0%), sugerindo a necessidade de monitorizacao continua e gestao proativa da saude em ambas as populacoes. O Capitulo 9 investiga a prevalencia do Parvovirus Canino (CPV) e do Coronavirus Canino (CCoV) em caes de abrigo em Portugal. Os resultados revelam uma prevalencia de 6,2% para o CPV e 9,2% para o CCoV, com uma prevalencia de coinfeccao de 4,6%, destacando o desafio persistente que esses virus representam para populacoes de alto risco. O Capitulo 10 apresenta um estudo sobre o Virus da Imunodeficiencia Felina (FIV) e o Virus da Leucemia Felina (FeLV) em gatos de abrigo em Portugal. A pesquisa encontrou uma seroprevalencia global de 15,3%, com taxas especificas de 9,8% para FIV e 2,1% para FeLV. Os gatos adultos mostraram uma seroprevalencia maior para FIV, destacando-se a necessidade de rastreio proativo e vacinacao em abrigos. O Capitulo 11 sintetiza as conclusoes e suas implicacoes para a saude publica. Posiciona os abrigos como sentinelas para monitorizar a saude publica e destaca a interconexao entre a saude animal e humana, no conceito de One Health. O capitulo sugere direcoes futuras de pesquisa, incluindo estudos mais amplos e abordagens avancadas na MVA. A presente tese constitui um avanco crucial no dominio da MVA, oferecendo novas perspetivas sobre a interacao complexa entre a saude dos animais de abrigo e as preocupacoes mais amplas de saude publica. Sublinha o papel estrategico dos abrigos de animais como sentinelas essenciais na monitorizacao da saude publica, destacando o seu potencial na detecao precoce e controlo de doencas. Este trabalho defende uma abordagem integrada e abrangente para a gestao de doencas, sublinhando a importância dos abrigos na prevencao e mitigacao de riscos de saude publica. As conclusões sublinham a necessidade de investigacao, investimento, e inovacao continua dentro da MVA, reconhecendo a sua natureza dinamica e o seu papel critico na definicao de estrategias eficazes de saude publica. Esta tese nao so enriquece a compreensao da MVA, mas tambem estabelece as bases para futuros avancos neste campo cada vez mais importante.
Show more [+] Less [-]A Medicina Veterinária de Abrigo (MVA) esta rapidamente a emergir como uma subárea distinta dentro das Ciências Veterinárias, particularmente em Portugal, onde interage significativamente com a sanidade e a saúde publica. Esta tese aprofunda as complexidades e desafios da MVA, nomeadamente o seu impacto na sanidade, bem-estar animal e na saúde publica. A tese e composta por onze capítulos, cada um aborda um aspeto específico. O capítulo inicial (Capítulo 1) fornece uma visão geral da MVA, discutindo a sua evolução e significado em Portugal e globalmente. E também neste capítulo estabelecida a base para a abordagem de várias doenças prevalentes em animais de abrigo e as suas implicações para a saúde pública. O Capítulo 2 detalha os objetivos da tese, estabelecendo o quadro para a pesquisa que se segue, com foco em doenças infetocontagiosas em animais de abrigo. O Capítulo 3 explora as preferências de adoção de animais de companhia em Portugal, destacando uma tendência crescente para a adoção em abrigos. Ao inquirir 415 participantes, o estudo revela que o comportamento (52,8%), o tamanho (49,6%), o estado vacinal e de desparasitação (44,3%) e a idade (36,1%) são os principais atributos que influenciam as escolhas dos potenciais adotantes. Menor relevância e atribuída a raça (7,2%), ao sexo (6,3%), e a coloração (5,1%). Isto indica uma mudança para praticas de adoção mais éticas e centradas no bem-estar animal. Os resultados obtidos são inestimáveis para os abrigos, permitindo-lhes adaptar as suas estratégias para atender as preferências do publico, agilizando o processo de adoção e melhorando os padrões de bem-estar para os animais dos abrigos. O Capítulo 4 investiga as infeções por dermatófitos em animais de abrigo, revelando uma prevalência de 3,5%, sendo Microsporum canis a espécie mais prevalente. O estudo realça o risco para a saúde animal e humana, especialmente para os animais com lesões. O Capítulo 5 reve sistematicamente a presença de Talaromyces marneffei na Europa, elencando 29 casos humanos em vários países. A maioria dos pacientes era positiva para o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), apresentando sintomas variáveis como febre e lesões cutâneas. O capítulo refere, também, 4 relatos em animais de companhia e 2 relatos em animais selvagens, ambos mundialmente, e destaca a dispersão geográfica de T. marneffei alem das áreas endémicas, sublinhando a importância da epidemiovigilância e necessidade de investigação nesta área. O Capítulo 6 explora a prevalência de Alternaria alternata em animais de companhia, de abrigos e de Centros de Atendimento Médico-Veterinário (CAMV), com 23,8% dos animais a testarem positivo. Este capítulo realça os potenciais riscos de saúde associados a alergénios fúngicos e a necessidade de consciencialização e higiene entre os proprietários de animais. O Capítulo 7 investiga a epidemiologia das infeções por Ehrlichia canis e Rickettsia conorii entre cães de abrigo no Norte de Portugal. O estudo transversal envolveu 113 cães de dois abrigos e revela seroprevalências de 0,9% para E. canis e 9,7% para R. conorii. O estudo identifica um risco significativamente maior de seropositividade para R. conorii em fêmeas e no abrigo 2. Estes resultados demonstraram a exposição dos cães de abrigo a esses agentes patogénicos e, as potenciais implicações para a saúde canina e humana, destacando a necessidade de uma abordagem One Health, enfatizando a necessidade de estratégias educativas, legislativas e de controlo para o maneio destas zoonoses. O Capítulo 8 explora a prevalência de Leishmania spp. em cães de abrigos ou com titulares, em CAMV. Surpreendentemente, os cães com titulares (15,2%) tinham uma prevalência maior do que os cães de abrigo (5,0%), sugerindo a necessidade de monitorização continua e gestão proativa da saúde em ambas as populações. O Capítulo 9 investiga a prevalência do Parvovírus Canino (CPV) e do Coronavírus Canino (CCoV) em cães de abrigo em Portugal. Os resultados revelam uma prevalência de 6,2% para o CPV e 9,2% para o CCoV, com uma prevalência de coinfecção de 4,6%, destacando o desafio persistente que esses vírus representam para populações de alto risco. O Capítulo 10 apresenta um estudo sobre o Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) e o Vírus da Leucemia Felina (FeLV) em gatos de abrigo em Portugal. A pesquisa encontrou uma seroprevalência global de 15,3%, com taxas especificas de 9,8% para FIV e 2,1% para FeLV. Os gatos adultos mostraram uma seroprevalência maior para FIV, destacando-se a necessidade de rastreio proativo e vacinação em abrigos. O Capítulo 11 sintetiza as conclusões e suas implicações para a saúde publica. Posiciona os abrigos como sentinelas para monitorizar a saúde publica e destaca a interconexão entre a saúde animal e humana, no conceito de One Health. O capitulo sugere direções futuras de pesquisa, incluindo estudos mais amplos e abordagens avançadas na MVA. A presente tese constitui um avanço crucial no domínio da MVA, oferecendo novas perspetivas sobre a interação complexa entre a saúde dos animais de abrigo e as preocupações mais amplas de saúde pública. Sublinha o papel estratégico dos abrigos de animais como sentinelas essenciais na monitorização da saúde publica, destacando o seu potencial na deteção precoce e controlo de doenças. Este trabalho defende uma abordagem integrada e abrangente para a gestão de doenças, sublinhando a importância dos abrigos na prevenção e mitigação de riscos de saúde publica. As conclusões sublinham a necessidade de investigação, investimento, e inovação continua dentro da MVA, reconhecendo a sua natureza dinâmica e o seu papel critico na definição de estratégias eficazes de saúde publica. Esta tese não só enriquece a compreensão da MVA, mas também estabelece as bases para futuros avanços neste campo cada vez mais importante.
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This bibliographic record has been provided by Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro