Retrospective study of blood lead poisoning in Bald Eagles (Haliaeetus leucocephalus) in Virginia, United States of America, from 2017 to 2021

Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, área científica de Sanidade Animal

Due to its trophic position on the food chain and opportunistic feeding behavior, the Bald Eagle (Haliaeetus leucocephalus) is prone to bioaccumulate contaminants present in the environment and food sources. Hence, monitoring this species can provide valuable information about the ecosystems it inhabits, as well as other wildlife and humans. Although measures have been taken to reduce lead exposure, lead poisoning is still a current cause of mortality and morbidity to wildlife. In 2,980 Bald Eagles carcasses submitted for diagnosis between 1975 and 2013, the main cause of death was poisoning (25.6%), with lead intoxication accounting for 63.5% of this mortality rate. Further research can provide important insight into this issue and help identify the sources and pathways of lead exposure. With the aim assessing the incidence of blood lead poisoning and evaluating possible associations between blood lead concentrations and intrinsic factors on admission, a retrospective study was carried out. This study included 191 Bald Eagles admitted to the Wildlife Center of Virginia between 2017 and 2021 and evaluated the parameters: life stage, weight, body condition score, the month and year of admission, circumstance and county of rescue. In order to evaluate the associations between information at intake and blood lead concentrations, a Person’s chi-square test was applied, while in cases with expected frequencies < 0.05). Additionally, in agreement with previous studies, adults and admissions in January showed to have higher odds of having blood lead poisoning concentrations, whereas admission in June had lower odds of this outcome. In conclusion, lead poisoning remains a relevant threat with significant prevalence in the Bald Eagle population of Virginia. This study highlights the need for more mitigation measures and conservation efforts to decrease lead exposure and its availability to wildlife and the environment. Moreover, it is emphasized the One Health concept, as environmental contamination with lead is closely related to anthropogenic activities causing adverse effects on both wildlife and human health

RESUMO - ESTUDO RETROSPECTIVO DE INTOXICAÇÃO POR CHUMBO NO SANGUE EM ÁGUIAS-DE-CABEÇA-BRANCA (Haliaeetus leucocephalus) EM VIRGINIA, ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, DE 2017 A 2021 - Devido à posição trófica na cadeira alimentar e comportamento oportunista de alimentação, a Águia-de-cabeça-branca (Haliaeetus leucocephalus) tem predisposição a bioacumular contaminantes presentes no ambientes e fontes de alimento. Logo, monitorizar esta espécie permite obter informações relevantes acerca do ecossistema em que habita e também de outros animais selvagens e seres humanos. Apesar de que medidas terem sido implementas para reduzir a exposição ao chumbo, a intoxicação por chumbo ainda é uma causa atual de mortalidade e morbilidade de animais selvagens. Em 2980 cadáveres de Águia-de-cabeça-branca submetidos a diagnóstico entre 1975 e 2013, a principal causa de morte foi intoxicação (25.6%), com a intoxicação por chumbo correspondendo a 63.5% desta taxa de mortalidade. Mais estudos podem fornecer informações importantes sobre este problema e identificar possíveis fontes e vias de exposição ao chumbo. Com o objetivo de avaliar a incidência de intoxicação por chumbo no sangue e avaliar possíveis associações entre as concentrações de chumbo no sangue e fatores intrínsecos da admissão, um estudo retrospetivo foi realizado. Este estudo incluiu 191 Águia-de-cabeça-branca admitidas no Centro de Reabilitação de Animais Selvagens de Virginia entre 2017 e 2021 e avaliou os parâmetros: estágio de vida, peso, condição corporal, mês e ano de admissão, circunstância e município de resgate. Com o objetivo de avaliar as associações entre dados da admissão e concentração de chumbo no sangue, o teste qui-quadrado de Pearson foi aplicado e nos casos com frequências esperadas <5, o teste exato de Fisher foi realizado. Para quantificar estas associações, foram obtidas as respetivas Odds Ratios. Alem disso, a estimativa da tendência de casos durante o período de estudo foi realizada com a regressão linear. Em conclusão, a intoxicação por chumbo continua a ser uma ameaça relevante com prevalência significativa na população de Águia-de-cabeça-branca de Virgínia. Este estudo destaca a necessidade de mais medidas de mitigação e esforços de conservação para diminuir a exposição e disponibilidade do chumbo na vida selvagem e ambiente. Adicionalmente, o conceito de One Health é realçado, uma vez que a contaminação ambiental por chumbo está intimamente relacionada com atividades antropogénicas que causam efeitos adversos na saúde da vida selvagem e humana

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