Geração de energia elétrica excedente no setor sucroalcooleiro: um estudo a partir das usinas paulistas
2006
Zilmar José de Souza | Paulo Furquim de Azevedo
A geração de energia elétrica por parte do setor sucroalcooleiro encontra-se muito aquém de seu potencial. Este artigo tem por objetivo identificar os entraves para a ampliação da oferta de excedentes de energia elétrica pelo setor sucroalcooleiro, utilizando, para tanto, cinco estudos de caso com usinas paulistas. Os elevados custos associados à comercialização da energia elétrica - seja na venda de excedentes, seja na aquisição para consumo próprio - constituem a explicação mais plausível para a auto-suficiência na produção de energia elétrica pelo setor sucroalcooleiro, aliada à pequena geração de excedentes de energia para comercialização. Das cinco usinas estudas, as três que comercializam excedentes de energia o fazem como parte de uma estratégia de antecipação da necessidade futura de auto-suficiência. Havendo custos associados à venda de excedentes de energia elétrica, não há incentivos à utilização de tecnologias de maior eficiência energética. As políticas públicas voltadas à expansão dos excedentes de energia devem voltar-se para a redução dos custos associados à comercialização de excedentes de energia. Particularmente interessante é aumentar o volume de consumidores livres e amparar a comercialização entre estes e os co-geradores de energia.<br>The generation of electric energy by the sugarcane sector stands much below its potential. Using five case studies with São Paulo plants, this article aims to identify the obstacles to the expansion of the electric energy commercialization by the sugarcane sector. High costs associated to the commercialization of electric energy - in commercialization of excesses, and in the acquisition for proper consumption - are the most reasonable explanation for the self-sufficiency in the production of electric power by the sugarcane sector, an allied energy to the small generation of excesses of energy for commercialization. Out of the five plants studied, three plants that commercialize energy excesses make it as part of a strategy of anticipation of the future need of self-sufficiency. Having associated costs for sale of excesses of electric energy, they do not have incentives to the use of technologies of higher energy efficiency. The public policy directed to the expansion of energy excesses must turn toward the reduction of the costs associated to the commercialization thereof. Particularly interesting it would be to increase the volume of free consumers and to support the commercialization between these and the co-generators of energy.
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