Aspectos morfológicos, morfométricos e topográficos do aparelho digestório de Chinchilla lanigera
2010
Tiane Ferreira de Castro | Rodrigo Jeske Dummer | Eduardo Madruga Rickes | Malcon Andrei Martinez Pereira
O objetivo deste estudo foi o de descrever os aspectos morfológicos e topográficos do Aparelho Digestório (AD) de chinchilas, mediante a dissecação de dez animais. Os segmentos do AD foram coletados e demarcados, seguido de análise volumétrica dos órgãos cavitários, por meio de injeção de solução salina a 60 °C, além da mensuração dos comprimentos dos órgãos tubulares. Nos órgãos parenquimatosos realizou-se a sua pesagem. Durante a análise da disposição dos órgãos, evisceração e medição, observou-se que a cavidade oral é característica de roedores, as glândulas salivares são semelhantes às de lagomorfos e órgãos como esôfago, estômago, duodeno, cólon transverso, fígado, pâncreas e baço apresentam-se dispostos de forma semelhante ao descrito nas outras espécies. Já o jejuno e o cólon descendente foram evidenciados muito extensos e dispostos de forma ondulatória, suspensos no teto da cavidade abdominal. O íleo assemelhou-se ao descrito para as outras espécies, porém sua disposição topográfica é da direita para esquerda, direcionando-se ao ceco, o qual se constitui de duas porções distintas e bem desenvolvidas. Ambas as partes encontram-se localizadas à esquerda do plano mediano. O cólon ascendente dispõe-se de forma bastante particular, ocorrendo a presença de uma alça dupla que realiza um looping junto ao fígado. Uma característica relevante foi evidenciada ao comparar-se o reto de machos e fêmeas, o qual apresenta maior comprimento nos machos. De posse dos resultados concluímos que, apesar da chinchila ser um roedor, há características próprias da espécie e também outras que se assemelham aos lagomorfos, constituindo uma relação entre essas ordens.
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