Spatial inequalities and electoral preferences in Central Europe | Desigualdades espaciais e preferências eleitorais na Europa Central | Inégalités spatiales et préférences électorales en Europe Centrale

English. This study describes the electoral implications of spatial polarization in Poland, the Czech Republic and eastern Germany. Empirically, it highlights the voting behavior of residents from selected territories as examples of disadvantaged regions in these three countries, and the conditions that shape such behavior. We explore whether these implications can be explained by argument on populist preferences in peripheralized areas. An analysis of the results of the last three elections to the Polish, Czech and German parliament was used. In each country, we selected two territorial units representing less developed areas and contrasted them with a socioeconomically privileged area and the nationwide results. In Germany and the Czech Republic, support for populist parties is well above average in the peripheralized regions studied, and low in the dynamically developing places. There is no single political force that exploits voter discontent in lagging areas. Depending on the prevailing cultural and socio-economic conditions, these forces may be more right-wing, more left-wing or even rather centrist. In Poland support for clearly populist parties in disadvantaged regions reaches similar levels as in the rich community. Political differences are primarily visible on the conservatism/liberalism axis.

Portuguese. Este estudo descreve as implicações eleitorais da polarização espacial na Polônia, na República Tcheca e no leste da Alemanha. Empiricamente, o estudo destaca o comportamento eleitoral dos residentes de determinados territórios como exemplos de regiões desfavorecidas nesses três países, além das condições que moldam esse comportamento. Exploramos se essas implicações podem ser explicadas pelo argumento das preferências populistas em áreas periféricas. Para a análise, utilizamos os resultados das três últimas eleições para os parlamentos da Polônia, da República Tcheca e da Alemanha. Em cada país, selecionamos duas unidades territoriais representando áreas menos desenvolvidas e as contrastamos com uma área socioeconomicamente privilegiada, além dos resultados nacionais. Na Alemanha e na República Tcheca, o apoio a partidos populistas é bem acima da média nas regiões periféricas estudadas e baixo nos locais que se desenvolvem de forma dinâmica. No entanto, não há uma únicaforça política que canalize o descontentamento dos eleitores dessas áreas mais atrasadas. Dependendo das condições culturais e socioeconômicas predominantes, essas forças podem ser mais à direita, mais à esquerda ou até mesmo mais centristas. Na Polônia, o apoio a partidos claramente populistas em regiões desfavorecidas atinge níveis semelhantes aos da comunidade mais rica. As diferenças políticas são mais visíveis no eixo conservadorismo/liberalismo.

French. Cette étude décrit les implications électorales de la polarisation spatiale en Pologne, en République tchèque et dans l'estde l'Allemagne. Empiriquement, elle met en lumière le comportement électoral des habitants de certains territoires considérés comme des régions défavorisées dans ces trois pays, ainsi que les conditions qui façonnent ce comportement. Nous explorons si ces implications peuvent être expliquées par l'argument des préférences populistes dans les zones périphériques. L’analyse repose sur les résultats des trois dernières élections aux parlements polonais, tchèque et allemand. Dans chaque pays, nous avons sélectionné deux unités territoriales représentant des zones moins développées et les avons comparées à une zone socioéconomiquement privilégiée ainsi qu'aux résultats nationaux. En Allemagne et en République tchèque, le soutien aux partis populistes est nettement supérieur à la moyenne dans les régions périphériques étudiées et faible dans les zones en plein développement. Cependant,il n’existe pas une seule force politique exploitant le mécontentement des électeurs dans les régions en difficulté. En fonction des conditions culturelles et socio-économiques dominantes, ces forces peuvent être davantage orientées à droite, à gauche ou même plutôt centristes. En Pologne, le soutien aux partis clairement populistes dans les régions défavorisées atteint des niveaux similaires à ceux des communautés les plus riches. Les différences politiques se manifestent principalement sur l’axe conservatisme/libéralisme.