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Ovário-histerectomia em caninos por cirurgia laparoscópica
2000
Maurício Veloso Brun | Antônio de Pádua Ferreira da Silva Filho | Carlos Afonso de Castro Beck | Mirandolino Batista Mariano | João Roberto Braga de Mello
Neste estudo, foram realizadas ovário-histerectomias laparoscópicas em 24 caninos. Os procedimentos cirúrgicos foram realizados sob anestesia geral, com os animais em decúbito dorsal. A cavidade abdominal foi puncionada com a agulha de Veress e foi insuflada com CO2. Os animais foram então colocados em posição de Trendelenburg, e quatro trocartes foram introduzidos em diferentes regiões da parede abdominal. Após a identificação do útero, os vasos uterinos foram isolados e ligados com dois clipes de titânio. O corpo do útero foi seccionado cranialmente à cérvix. A bursa ovariana foi exposta, e o ligamento suspensor foi apreendido com uma pinça. Procedeu-se à aplicação de um clipe neste ligamento previamente a sua secção. O complexo arteriovenoso ovariano foi ligado com um clipe e depois foi seccionado em conjunto com o mesovário. O ligamento redondo e o mesométrio foram seccionados com tesoura e cauterização monopolar. O útero e ambos os ovários foram retirados em bloco da cavidade por uma das incisões existentes. A principal complicação transoperatória foi a ocorrência de hemorragia, que ocasionou um óbito e uma conversão para cirurgia aberta. Na maioria dos animais, esta complicação foi adequadamente controlada pela aplicação de clipes e/ou utilização de cauterização monopolar. A realização de ovário-histerectomia em caninos por cirurgia laparoscópica demonstrou ser viável, e a técnica descrita para este procedimento mostrou-se adequada.
Show more [+] Less [-]Estudo morfológico do funículo espermático em ovinos da raça Corriedale (Ovis aries, L. 1758)
2000
Roberto Carvalhal | Vicente Borelli | Maria Angelica Miglino
Estudamos em 40 ovinos adultos da raça Corriedale os aspectos histológicos do funículo espermático. Observamos que este se acha envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroelástico denso, de espessura variável, pregueada em alguns pontos, e revestida por mesotélio que circunda todo o conjunto vásculo-nervoso, e projeta-se para formar o mesoducto deferente. Em posição subcapsular, verifica-se uma camada de tecido conjuntivo fibroelástico frouxo, de espessura variável, que circunda parcialmente o funículo espermático, isolando nas regiões deferencial e abdeferencial conjuntos vásculo-nervosos, responsáveis pela nutrição do epidídimo. Na região do mesoducto deferente, o tecido subcapsular acompanhado de tecido adiposo constitui a camada interna deste meso, formando a sua adventícia e abrigando vasos e nervos deferenciais. Na região abdeferencial, pequenos acúmulos de tecido adiposo são vistos de permeio aos vasos e nervos desta região. Entre as artérias, veias e nervos testiculares, bem como entre os vasos das regiões deferencial e abdeferencial, observa-se o tecido conjuntivo denso, intervascular, rico em fibras elásticas, que constitui as adventícias contínuas destes vasos. O arranjo vascular mostra que o segmento da artéria testicular, contido no funículo espermático, apresenta trajeto sinuoso. Estando envolvido pelo plexo venoso pampiniforme, formado por veias testiculares desprovidas de válvulas de calibres variados, apresentando amplas comunicações entre si. As veias responsáveis pela drenagem do epidídimo e ducto deferente estão localizadas em posição subcapsular deferencial e abdeferencial e mostram-se providas de válvulas. O trato das artérias testiculares no funículo espermático apresenta como comprimento médio, máximo e mínimo, respectivamente, 150,4 cm, 198,0 cm e 73,3 cm, à direita, e 149,6 cm, 189,2 cm e 90,0 cm, à esquerda, não existindo diferenças estatisticamente significantes ao nível de 5%, quando comparamos a média do segmento da artéria testicular contida no funículo espermático direito em relação ao esquerdo.
Show more [+] Less [-]Aspectos epidemiológicos da dirofilariose canina no perímetro urbano de Cuiabá, Mato Grosso: emprego do "Immunoblot" e do teste de Knott modificado
2000
Cláudia Gorgulho Nogueira Fernandes | Rosângela Rodrigues-Silva | Saulo Teixeira de Moura | Regina M. F. Oliveira
O presente trabalho refere-se a pesquisa dos aspectos epidemiológicos da dirofilariose canina no perímetro urbano de Cuiabá, através de exame de sangue e sorologia. Examinou-se o sangue de 822 cães: em 11,81% das amostras, detectaram-se, por meio de "Immunoblot", anticorpos contra antígenos de Dirofilaria immitis adulto, enquanto em 0,41% foram encontradas, por meio do teste de Knott modificado, microfilárias de D. immitis. A prevalência da dirofilariose canina em Cuiabá, no período de junho a novembro de 1997, e com a metodologia aplicada, foi de 120,8 casos em cada 1.000 animais. O "Immunoblot" diagnosticou como positivas 11,27% das amostras que estavam consideradas negativas pelo teste de Knott modificado. Os autores analisaram estatisticamente informações sobre raça, sexo, idade e região administrativa de origem dos cães pesquisados. Foi questionada a possibilidade de que os animais pesquisados tivessem viajado a regiões endêmicas, usado microfilaricidas, ou apresentado sintomatologia compatível, bem como estudadas as características ecológicas do local de moradia. Cães com idade variando entre um e nove anos e residentes na região Centro-Oeste apresentaram maior índice de positividade. A maioria não apresentava sintomatologia compatível com a doença, não tinha história clínica do uso de microfilaricidas e/ou preventivos contra dirofilariose canina e nunca havia saído do perímetro urbano de Cuiabá, mas residiam em bairros próximos a rios ou córregos e/ou em casas contíguas a áreas de vegetação nativa. Pela primeira vez, o "Immunoblot" foi empregado no diagnóstico de dirofilariose canina no Brasil.
Show more [+] Less [-]Morfologia do funículo umbilical em ovinos deslanados mestiços (Ovis aries, L. 1758)
2000
Janicleide Maria de Almeida | Rosilda Maria Barreto Santos | Maria Angélica Miglino | Luciano de Morais-Pinto
Aspectos anatômicos do funículo umbilical foram observados em 30 fetos de ovinos deslanados sem raça definida, retirados de fêmeas em diferentes estágios de prenhez, oriundas de matadouros do Estado de Pernambuco - Brasil. Em todas as observações constatamos a presença de um ducto alantóide, duas artérias e duas veias umbilicais, e em um único caso (gestação trigemelar) evidenciaram-se, no funículo umbilical, duas artérias e uma veia. À secção transversal do funículo umbilical na porção justafetal, cada conjunto de artéria e veia posicionava-se lateralmente ao ducto alantóide, ocupando diferentes planos, enquanto na porção média as veias tendiam para o mesmo plano das artérias, e, na porção justaplacentária, as veias lateralizavam-se em um só plano constituindo uma fileira de vasos. Obteve-se uma variação quanto ao comprimento do funículo de 5,0 a 21,5 centímetros com uma média igual a 12,24 centímetros em fetos com aproximadamente 2 a 5 meses de vida intra-uterina. Verificaram-se anastomoses arteriais no funículo umbilical (26,66%), sendo que 16,66% foram do tipo convergente 10% do tipo transversal.
Show more [+] Less [-]Parâmetros utilizados na avaliação do sêmen congelado ovino para inseminação laparoscópica
2000
Sérgio Luís Nadal da Luz | Jairo Pereira Neves | Paulo Bayard Dias Gonçalves
Com a finalidade de verificar o valor de alguns atributos para avaliação da qualidade do sêmen congelado, através da prenhez, duzentas e noventa e sete ovelhas da raça Corriedale foram inseminadas, intra-uterinamente, por laparoscopia. Utilizou-se cio sincronizado, com pessários vaginais contendo 50 mg de MAP (acetato de medroxiprogesterona), por 12 dias, e 400 UI de eCG (Equine chorionic gonadotrophin) no 12º dia. O sêmen, proveniente de 32 carneiros, foi congelado em pellets. Para a inseminação, utilizaram-se amostras de sêmen com diferentes padrões de qualidade preestabelecida, de motilidade progressiva (MP) ao descongelamento, média da MP durante todo o período de incubação (0, 1, 2, 3, 4 e 5 horas), a 37ºC, MP após cinco horas de incubação e percentagem de células, morfologicamente, íntegras. O diagnóstico de gestação foi realizado por ecografia 40 dias após a inseminação. Obtiveram-se percentuais de prenhez entre 60 e 80% somente quando as amostras apresentaram um movimento progressivo superior a 40% (68,0%), uma MP média e após 5 horas de incubação mínima de 20% (64,4 e 72,3%) e uma MP às 5 horas de incubação quando superior a 10% (61,1 e 78,5%). Com relação ao percentual de células íntegras, as amostras com um mínimo de 40% proporcionaram prenhez de 61,7 e 66,4%, enquanto nas com menos de 40% o percentual foi de apenas 15,2%. Os parâmetros estudados demonstraram eficiência para estimar a capacidade fecundante do sêmen congelado para utilização em inseminação laparoscópica.
Show more [+] Less [-]Infecções naturais em cervídeos (Mammalia: Cervidae) procedentes dos Estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo, por nematódeos Trichostrongyloidea Cram, 1927
2000
Adjair Antonio do Nascimento | Marcos Roberto Bonuti | Elaine Bernardo Mapeli | José Hairton Tebaldi | Isaú Gouveia Arantes | Cláudia Dias Zettermann
No período compreendido entre 1985 e 1996 foram necropsiados, para pesquisa de helmintos, 42 cervídeos, sendo sete Mazama americana, 16 M. gouazoubira, 13 Ozotoceros bezoarticus e seis Blastocerus dichotomus. Desses animais, foram colhidos 14.426 nematódeos Trichostrongyloidea, sendo 13.281 (92,06%) parasitos de abomaso e 1.145 (7,94%), de intestino delgado. Nesses órgãos, foram identificadas seis espécies de nematódeos: Haemonchus contortus, H. similis, Trichostrongylus axei, T. colubriformis, Cooperia punctata e C. pectinata. Todos os animais apresentaram infecções helmínticas por uma ou mais espécies, ocorrendo grande variação na intensidade de infecção (1 a 4.345 nematódeos). Ainda com relação à intensidade de infecção, os dados expressavam valores menores que 100 parasitos em 25 (59,52%) animais. Os valores mais altos de intensidade média das infecções foram observados em M. gouazoubira (596,37 helmintos) e em O. bezoarticus (331), e os menores, em M. americana (17,57) e B. dichotomus (75,5). Os dados mais expressivos de intensidade de infecção, abundância e prevalência foram observados para Haemonchus (larvas de 4º estágio), H. contortus, H. similis e T. axei. O gênero Haemonchus foi constatado em 35 animais, com prevalência de 83,33%; apresentou carga parasitária de 11.616 exemplares, representando 80,52% dos nematódeos verificados, sendo a maioria (8.903) constituída por formas imaturas. Por outro lado, H. similis foi a espécie predominante nas infecções e, portanto, a que apresentou maiores valores de abundância. Verificou-se o gênero Trichostrongylus em 24 (57,14%) animais, com carga parasitária de 2.444 exemplares, sendo 1.665 espécimes de T. axei, que representou 11,54% da carga parasitária obtida. As seis espécies de vermes identificadas nos cervídeos são comuns aos ruminantes domésticos nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul e dessa maneira não se observou nenhuma espécie de Trichostrongyloidea exclusiva dos cervídeos.
Show more [+] Less [-]Utilização do isoflurano em macacos-prego (Cebus apella - Cebidae, Primata)
2000
Carmen Helena de Carvalho Vasconcellos | Firmino Mársico Filho | Ignácio Alvarez Gomez Segura | Paulo Roberto Loureiro do Nascimento | Rafael Veríssimo Monteiro
No presente estudo foram avaliadas as alterações clínicas e anestesiológicas de macacos-prego (Cebus apella) submetidos a procedimento anestésico com isoflurano, nas concentrações de 1 a 1,5 CAM. Para tanto, 10 animais hígidos (7 machos e 3 fêmeas), pesando em média 3,1 ± 0,8 kg, foram pré-medicados com quetamina e atropina e induzidos com isoflurano. A manutenção anestésica foi feita com isoflurano a 1 CAM durante 30 minutos, seguindo-se 1,5 CAM por mais 30 minutos. Os parâmetros cardiovasculares e respiratórios foram mensurados a cada 5 minutos e os valores de pH e gases sangüíneos a cada 10 minutos, do tempo inicial (T0) ao final (T30), para cada concentração do anestésico. Os valores obtidos foram comparados e analisados pelo teste não-paramétrico de Wilcoxon (p < 0,05). Foi observada queda na temperatura corporal nas duas concentrações de anestésico. Não foram observadas arritmias cardíacas, nem alterações na pressão arterial em ambas as concentrações, no entanto, houve diminuição da freqüência cardíaca com 1,5 CAM. O isoflurano produziu depressão dose-dependente no volume corrente e volume minuto, porém não alterou significativamente a freqüência respiratória. Os valores de pH, pressão parcial de O2 (PaO2) e pressão parcial de CO2 (PaCO2) no sangue arterial e saturação de O2 na hemoglobina (SaO2) não sofreram modificação significativa em ambas as concentrações de isoflurano.
Show more [+] Less [-]Vascularização arterial da glândula mamária em caprinos sem raça definida (Capra hircus, Linnaeus, 1758)
2000
Luiz Carlos Rosemberg | Maria Angelica Miglino
Estudamos a distribuição e o arranjo vascular arterial dos ramos à glândula mamária em 30 caprinos sem raça definida, adultos, oriundos dos estados do Ceará e Minas Gerais, mediante a análise de esquemas de modelos obtidos pela injeção de látex "neoprene" 450, fixação em formol a 10% e dissecção. O suprimento sangüíneo de cada metade do úbere faz-se pela A. pudenda externa, complementado por conexões com ramos das Aa. pudenda interna e torácica interna. Próximo ao úbere a A. pudenda externa curva-se cranialmente, emite o ramo mamário superficial, torna-se A. mamária até a sua bifurcação; emite ainda ramos aos linfonodos mamários e à região labial ventral da vulva. Ao penetrar na glândula a A. mamária bifurca-se dando origem às Aa. mamárias cranial e medial que enviam diversos ramos à glândula em geral e pele da região. A A. mamária cranial percorre cranialmente a parede abdominal ventral como A. epigástrica caudal superficial. Não existem diferenças significativas entre os arranjos vasculares dos dois antímeros da mama. Ocorrem anastomoses entre as Aa. mamárias mediais e seus ramos. Fizemos uma análise comparativa do nosso trabalho em relação a outros estudos a respeito da irrigação da glândula mamária em ruminantes.
Show more [+] Less [-]Influência do nível de uréia plasmático sobre parâmetros citogenéticos de machos ovinos deslanados
2000
Carmen Neusa Martins Cortada | Carlos de Sousa Lucci | Rodrigo Alonso Forero Forero Gonzalez | Carla Balzano de Mattos | Maria Amélia Zogno
O experimento foi planejado para verificar o efeito do aumento dos níveis plasmáticos de uréia, resultantes do acréscimo de uréia à dieta, sobre parâmetros citogenéticos de ovinos (Ovis aries) deslanados brasileiros, da raça Santa Inês, com idade entre 13 e 18 meses. Dezoito animais foram distribuídos a três dietas que consistiam de: dieta A - ração contendo níveis de nitrogênio de acordo com NRC (1985); dieta B - ração contendo nível de nitrogênio 133% superior ao da ração A; e dieta C - ração contendo nível de nitrogênio 166% superior ao da ração A. O aumento no nível de nitrogênio foi obtido com acréscimo de 20 e 40 g de uréia grau alimento, para os tratamentos B e C, respectivamente. A colheita de sangue para determinação do nível de uréia no plasma foi semanal. Para a realização da cultura de linfócitos, para a verificação do número de cromossomos e índice mitótico, 60 dias após terem sido alcançados os níveis de uréia desejados na dieta, foi coletado sangue de cada animal. O aumento dos níveis de uréia no plasma (p < 0,0001) não afetou os parâmetros observados.
Show more [+] Less [-]Sobre a ocorrência de cordas tendíneas anômalas na valva atrioventricular direita de cães sem raça definida (Canis familiaris L. 1758)
2000
Fabiano Sellos Costa | Luciano de Morais-Pinto | Agnes Vânia Mariano Appolinário | Alzido de Oliveira
Realizando observações para a descrição do comportamento anatômico das cordas tendíneas e músculos papilares num grupo de 40 corações de cães sem raça definida, deparamo-nos com dois tipos de cordas tendíneas bastante incomuns. Ao consultar a literatura, poucos relatos de anomalias das cordas tendíneas em animais foram encontrados e nenhum deles mostrou qualquer semelhança com os resultados descritos neste caso. O primeiro tipo diz respeito a uma corda de direção retrógrada cuja origem se deu no tecido muscular que circunda o ânulo fibroso atrioventricular direito. Seu filamento, depois de atravessar o óstio atrioventricular direito, uniu-se a um feixe de cordas comuns oriundas do músculo papilar magno. O segundo tipo encontrado foi o mais inusitado. Trata-se de uma corda com 5,3 cm de comprimento, estendendo-se desde o músculo papilar subarterioso até a válvula semilunar intermédia no tronco pulmonar, cuja inserção nesta estabeleceu-se como um "laço" que permitia inclusive ser tensionado.
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