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Acanthaceae Juss. no município de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil
2024
Gabriel Chaves Soares | Claudenir Simões Caires
Acanthaceae está entre as 12 famílias de angiospermas mais diversas, representada por 190 gêneros e estimadas 4.900 espécies, com distribuição pantropical. O respectivo trabalho realizou um levantamento florístico das Acanthaceae no município de Vitória da Conquista, Bahia, região de tensão ecológica entre Caatinga e Mata Atlântica. Foram realizadas 28 expedições durante o período de dezembro/2021 a outubro/2023, abrangendo todo o município, além de duas coletas extras em abril/2024. Essas coletas foram quinzenais (fora da época de floração) e semanais (época de floração), e totalizaram 48 espécimes amostrados, depositados nos herbários HUESBVC e HVC. Foram registradas 14 espécies para o município, sendo elas: Aphelandra marginata, Clistax speciosus, Dicliptera ciliaris, Justicia laevilinguis, Lepidagathis nemoralis, Poikilacanthus bahiensis, Ruellia bahiensis, R. brevicaulis, R. brevifolia, R. ciliatiflora, R. geminiflora, R. paniculata, Ruellia sp. e Thyrsacanthus ramosissimus. Das espécies coletadas somente D. ciliaris, R. brevifolia e R. paniculata não são endêmicas do Brasil e nove são novos registros para o município. Nossos resultados agregam conhecimento sobre a flora de Vitória da Conquista e, consequentemente, da Bahia e ampliam o acervo dos herbários locais.
Show more [+] Less [-]Palinotaxonomia de espécies de Dipteryx Schreb. (Fabaceae – Papilionoideae) ocorrentes no Brasil
2024
Natalia Moura de Araújo | Vanessa Holanda Righetti de Abreu
O gênero Dipteryx Schreb. (Papilionoideae) conhecido principalmente como cumaru, compreende espécies de árvores economicamente importantes que têm chamado a atenção de vários países. O objetivo deste estudo foi avaliar a morfologia polínica das espécies do gênero Dipteryx ocorrentes no Brasil visando corroborar com a classificação e circunscrição das espécies do gênero. O material polínico das espécies foi retirado de exsicatas depositadas no herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Os grãos de pólen foram tratados por meio de acetólise, mensurados, descritos quanto ao tamanho, âmbito, forma e ornamentação e posteriormente, fotomicrografados. Constatou-se que os grãos de pólen são mônades, tamanho variando de médios à grandes, isopolares, com forma suboblata a prolata-esferoidal, âmbito subtriangular a triangular, 3-colporados, exina microrreticulada a reticulada. As espécies de Dipteryx apresentaram grãos de pólen com pequenas variações morfológicas, especialmente quanto à ornamentação da exina. Assim, a morfologia polínica do gênero, poderá subsidiar futuros trabalhos nas diversas áreas da Palinologia.
Show more [+] Less [-]Flora da Área de Proteção Ambiental Bacia do Rio de Janeiro, Bahia: Malpighiaceae Juss.
2024
Anderson Pereira | Juliana Gastaldello Rando
O presente estudo objetivou realizar o levantamento florístico e tratamento taxonômico da família Malpighiaceae na Área de Proteção Ambiental (APA) Bacia do Rio de Janeiro, localizada nos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, Extremo Oeste Baiano. Através de expedições de coleta e levantamentos em herbários virtuais foram identificadas 26 espécies distribuídas em seis gêneros: Byrsonima Rich. ex Kunth, com maior riqueza (10 spp.), Heteropterys Kunth (sete spp.), Banisteriopsis C.B.Rob. ex Small. (cinco spp.), Diplopterys A.Juss. (duas spp.), e Camarea A.St.-Hil. e Glicophyllum R.F.Almeida, com uma espécie cada. Neste trabalho são apresentadas chaves de identificação para gêneros e espécies, descrições taxonômicas, comentários e imagens.
Show more [+] Less [-]Protocolo para a flórula polínica do Jardim Botânico FLORAS e adição dos gêneros Mucuna Adans. e Paubrasilia (Lam.) Gagnon, H.C.Lima & G.P.Lewis (Leguminosae)
2023
Agatha Carvalho Pinto | Jaílson Santos de Novais
Este trabalho propõe um protocolo para elaborar a flórula polínica do Jardim Botânico FLORAS, no Extremo Sul da Bahia, Brasil. Além disso, descreve a morfologia polínica das espécies dos gêneros Mucuna Adans. e Paubrasilia (Lam.) Gagnon, H.C.Lima & G.P.Lewis (Leguminosae) registradas para a área — M. urens (L.) Medik e P. echinata (Lam.) Gagnon, H.C.Lima & G.P.Lewis. Propõe-se que os grãos de pólen sejam acetolisados, mensurados, descritos e fotodigitalizados. As descrições devem considerar informações sobre os principais caracteres polínicos, além de mensurações e material estudado. Para os táxons estudados, descrições e ilustrações são fornecidas.
Show more [+] Less [-]Flora polínica de espécies herbáceas de Fabales e Poales das restingas da Praia de Massarandupió, Litoral Norte da Bahia
2023
Neuber Santos Duarte | Francisco Hilder Magalhães e Silva | Marileide Dias Saba | Valdira de Jesus Santos
O trabalho objetivou descrever a morfologia polínica de espécies herbáceas de Fabales e Poales presentes na praia de Massarandupió. Para isto, grãos de pólen de 12 espécies pertencentes às ordens supracitadas foram acetolisados, mensurados, descritos sob microscopia óptica e fotomicrografados. Os grãos de pólen variaram de médios a grandes. Em Fabales, se apresentaram como isopolares, subprolatos a prolatos, âmbito subcircular e 3-colporados com exina microrreticulada ou psilada, em Fabaceae, e âmbito circular, (8)-9-zonocolporados e endocingulados, em Polygalaceae. Em Poales, se apresentaram como heteropolares e isopolares, com exina granulada, rugulada, finamente rugulada e psilada. Em Cyperaceae, subprolatos, com contorno piriforme em vista equatorial, heteroaperturados, 1-ana-ulcerado e inaperturados. Em Poaceae são esféricos, prolato-esferoidais e circulares; monoporados e anulados. Os resultados obtidos corroboram os dados presentes na literatura para os táxons estudados e têm elevado potencial de aplicação em outras subáreas da Palinologia.
Show more [+] Less [-]Inventário florístico do Brejo do Criador, uma área úmida no vale dos tabuleiros costeiros do Espírito Santo
2023
Rodrigo Theófilo Valadares | Luana S. B. Calazans | Isabela de Lima Pereira | José Manoel Lúcio Gomes | Valquíria Ferreira Dutra
A vegetação aquática e seus atributos, como a capacidade de reter poluentes, são importantes indicadores da qualidade dos ecossistemas aquáticos. Entretanto, a flora destes ecossistemas em fundo de vales nos tabuleiros costeiros do Espírito Santo nunca foi avaliada, mesmo com as profundas alterações no uso do solo advindos de grandes empreendimentos portuários nos anos recentes. Neste trabalho, realizamos um levantamento florístico e demonstramos como a vegetação aquática nativa se distribui ao longo da zonação provocada por pulsos de inundação no Brejo do Criador, no extremo sul do estado. A área caracteriza-se pela ocorrência de 48 espécies, 36 gêneros e 16 famílias e vegetação predominantemente herbácea, com arbustos emergentes e espécies tolerantes à inundação, mas sua estrutura é bastante afetada pelo pisoteio e herbivoria do gado. Apesar disso, os pulsos de inundação garantem a permanência de espécies típicas de ambientes aquáticos. Nossos resultados permitem reduzir o negligenciamento ambiental dessas áreas e trazem valores de referência futuramente importantes para áreas semelhantes, principalmente em função da rapidez de alteração do uso do solo e crescimento populacional na região.
Show more [+] Less [-]Sobrexploração de Philodendron spiritus-sancti G.S.Bunting e a necessidade de implantação de uma política para a conservação de imbés
2024
Luana S. B. Calazans | Rodrigo Theófilo Valadares | Cassia Mônica Sakuragui
Apresentamos um artigo de opinião contextualizando a atual situação de Philodendron spiritus-sancti, uma espécie de Araceae emblemática e ameaçada de extinção, endêmica do estado do Espírito Santo e altamente visada no comércio de plantas ornamentais. Discutimos como o distanciamento entre pesquisadores e a sociedade civil dificulta a aquisição de informações sobre a espécie e, consequentemente, sua conservação. Além disso, apresentamos brevemente algumas considerações voltadas à implementação de uma política de conservação para o grupo.
Show more [+] Less [-]Orchidaceae em um fragmento de Mata de Cipó no distrito de Morrinhos, Poções, Bahia
2024
Mateus Gonçalves Santos | Cecília Oliveira de Azevedo
O município de Poções está inserido em uma área de transição entre a Caatinga e a Mata Atlântica, apresentando uma vegetação restrita a esta região no estado da Bahia, a Floresta Estacional Decidual Montana ou Mata de Cipó. Desta forma, este estudo teve como objetivo apresentar o levantamento das orquídeas em um fragmento de Mata de Cipó, no distrito de Morrinhos, Poções, Bahia. O mesmo foi realizado por meio de excursões de campo mensais, realizadas entre agosto de 2019 e maio de 2022. Foram coletadas 60 espécies distribuídas em 30 gêneros. Os gêneros mais representativos foram Gomesa (8 spp.), Epidendrum (7 spp.) e Acianthera (6 spp). Dryadella crenulata é aqui registrada pela primeira vez para a região Nordeste, e 15 espécies são novos registros para a região Sudoeste do estado: Acianthera saundersiana, Anathallis microphyta, Bifrenaria aureofulva, Cattleya warneri, Cyrtopodium saintlegerianum, Epidendrum armeniacum, Epidendrum filicaule, Epidendrum forcipatoides, Gomesa uniflora, Gomesa varicosa, Isabelia violacea, Leptotes pohlitinocoi, Maxillaria humilis, Octomeria grandiflora e Paradisanthus bahiensis. Dentre as espécies encontradas em Morrinhos, três são endêmicas do estado da Bahia (Encyclia jeneschiana, Leptotes pohlitinocoi e Pabstiella brasilica), e oito estão ameaçadas de extinção: Cattleya amethystoglossa (NT), C. velutina (VU), C. warneri (VU), Grandiphyllum hians (VU), Pabstiella castellensis (CR), Rauhiella silvana (EN), Saundersia mirabilis (EN) e Zygostates kuhlmannii (EN). Os resultados encontrados contribuem para o conhecimento da flora do estado da Bahia e do Brasil, apresentando dados importantes para subsidiar ações de conservação no município.
Show more [+] Less [-]Uma nova lista compreensiva de Bignoniaceae para o estado de Mato Grosso, Brasil
2024
Ricardo da Silva Ribeiro | Lúcia Garcez Lohmann | Célia Regina Araújo Soares
As Bignoniaceae são um importante componente das florestas tropicais, especialmente no Brasil, onde a família é mais diversa. Apesar disso, o conhecimento desta família ainda é fragmentado em diversas regiões do país, especialmente na região Ocidental do Brasil. Neste estudo, nós apresentamos um checklist atualizado das Bignoniaceae do estado de Mato Grosso (MT), Brasil. Esta lista é baseada em múltiplas visitas a herbários locais, análise de exsicatas disponíveis on-line e expedições de campo. Ao todo, documentamos 115 espécies da família para o Mato Grosso, incluindo a primeira ocorrência do gênero Godmania e 12 novas ocorrências de espécies de Bignoniaceae para o estado. Nossos resultados enfatizam a importância de expedições de campo e estudos detalhados de coleções depositadas em herbários locais para a documentação precisa da biodiversidade. Listas de espécies compreensivas são extremamente importantes para orientar os esforços futuros de amostragens e conservação da biodiversidade.
Show more [+] Less [-]Nova ocorrência de Balanophoraceae na Bahia, Brasil
2024
Guilherme Keven Ferreira dos Santos | Juliana Gastaldello Rando
O presente artigo traz uma nova ocorrência de uma espécie de Balanophoraceae, uma holoparasita de raiz, na região Oeste do Estado da Bahia, Brasil. Helosis cayanensis foi coletada no povoado de Itaculumim, zona rural, no município de Angical, registrada pela primeira vez na região e no Estado. Essa nova ocorrência contribui para o aumento da diversidade de espécies no Estado e amplia a área de ocorrência da espécie para o Brasil. Este trabalho também apresenta informações da morfologia, chave de identificação para os gêneros de Balanophoraceae e para as espécies de Helosis ocorrentes na Bahia, imagens e um mapa com a distribuição das duas espécies de Helosis com ocorrência no Estado.
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