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Irrigação como estratégia de adaptação de pequenos agricultores às mudanças climáticas: aspectos econômicos
2013
Dênis Antônio da Cunha | Alexandre Bragança Coelho | José Gustavo Féres | Marcelo José Braga | Elvanio Costa de Souza
O principal objetivo deste artigo foi analisar se, dentre os pequenos agricultores brasileiros, aqueles que utilizam irrigação são menos vulneráveis que os produtores de sequeiro num contexto de mudanças climáticas. Foi desenvolvido um modelo de efeito de tratamento, por meio da técnica de Pareamento por Escore de Propensão, que permitiu identificar a adoção de irrigação e o retorno dos dois diferentes tipos de exploração agrícola simultaneamente. Foram utilizadas projeções de temperatura e precipitação para o período de 2010 a 2099, sob diferentes cenários climáticos, conforme o 4º relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Os resultados confirmaram a eficácia da irrigação como medida adaptativa. Para todos os períodos de simulação, espera-se que o valor médio da terra de pequenos produtores irrigantes seja aproximadamente o dobro do valor de sequeiro. Podese concluir que há necessidade da formulação de políticas públicas que busquem estratégias de combate aos efeitos do aquecimento global no setor, principalmente em vista da vulnerabilidade da pequena produção agrícola de sequeiro. Ademais, dada a comprovação da importância da irrigação como medida adaptativa, deve-se incentivar a expansão das políticas de crédito para a implementação dessa prática, principalmente para produtores menos capitalizados.
Show more [+] Less [-]Potential impacts of climate change on agriculture and the economy in different regions of Brazil
2021
Cárliton Vieira dos Santos | Aryeverton Fortes de Oliveira | Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho
Resumo: Este artigo investiga os impactos socioeconômicos potenciais que as mudanças climáticas projetadas para 2040 podem ter sobre a agricultura e a economia brasileira nas suas diferentes regiões. Para isso, é usado um modelo de EGC inter-regional dinâmico recursivo, calibrado para o ano de 2010. São considerados dois cenários de mudança climática: um Intermediário (RCP4.5) – menos severo – e outro Pessimista (RCP8.5) – mais severo. A principal distinção em relação aos estudos anteriores para o Brasil é o uso de estimativas de perda de área apta para culturas agrícolas, baseadas em projeções para o padrão regional de mudanças climáticas do 5º relatório do IPCC (o mais recente). Os resultados sugerem que as mudanças climáticas deverão provocar retração no PIB real do Brasil em ambos os cenários, mas esta deverá ser mais intensa no cenário Intermediário; sinalizam também que as perdas serão maiores para as famílias mais pobres e para as regiões cuja economia é mais dependente da agricultura, em particular do cultivo da soja, e que o consumo real e o bem-estar das famílias da região Centro-Oeste e parte do Nordeste (onde a cultura da soja é mais representativa) serão mais afetados do que em outras regiões do Brasil.
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