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Transições para a sustentabilidade na agricultura corporativa: inovação agroecológica na viticultura do Douro, Portugal
2021
Fabíola Polita | Livia Madureira
Resumo: O objetivo deste artigo é aplicar a Multi Level Perspective (MLP) a um caso de transição para a sustentabilidade da agricultura que ocorre a partir do desenvolvimento de uma inovação agroecológica. À perspectiva temporal e multinível dada pela MLP, conjugamos o conceito de Agricultural Knowledge and Innovation Systems (AKIS), com a intenção de conciliar uma dimensão territorial para a análise. O cenário empírico é a região vitivinícola do Douro, em Portugal, na qual se disseminou uma inovação denominada Infraestrutura Ecológica (IE). Metodologicamente, fizemos entrevistas pessoais estruturadas, realizadas com agricultores ou gestores agrícolas, representantes de explorações comerciais de uva e vinho. Constatamos que há um princípio de transição liderado por agricultores corporativos que comercializam no mercado global. Este princípio de transição está alicerçado na mobilização de um AKIS territorial que permitiu o desenvolvimento do arcabouço cognitivo e técnico que estruturou o setor para sua articulação às demandas de mercado. Entretanto, este AKIS não é igualmente mobilizado pelos diferentes agricultores, o que se manifesta em distintas respostas de adoção da inovação. O caso explicita como as pressões de paisagem sociotécnica, representada pelo mercado, podem criar diferentes respostas no regime local.
Show more [+] Less [-]A agricultura familiar em Portugal: rupturas e continuidades
2010
Carmo, Renato Miguel do(Instituto Universitário de Lisboa Centro de Investigação e Estudos de Sociologia)
Em Portugal, as ciências sociais têm estudado a agricultura familiar a partir de um modelo de interpretação dualista que acentua as diferenças inter-regionais, marginalizando, até certo ponto, o significado sociológico de algumas continuidades que se estabeleciam (e se estabelecem) entre as zonas do Norte e do Sul ou entre o Litoral e o Interior. O presente estudo pretende, assim, construir uma perspectiva diferente sobre as modalidades de agricultura familiar em Portugal, procurando identificar, num primeiro momento, uma série de proximidades sociológicas entre os diferentes modos de organização (tradicionais e modernos) das famílias agrícolas e, consequentemente, traçar os eixos para um modelo mais complexo na análise dessas mesmas modalidades. | The main goal of this paper is to produce a critical analysis regarding the conception of multiple activities in the Portuguese rural society. This work questions the classic vision of the country that delineates a rigid territorial and sociological divisions (for instance, the distinction between Northern and the Southern region) from which it tends to characterize different types of agriculture. Considering this conception, the paper proposes a different perspective that is capable to integrate differences and resemblances, between some of the social and the economic aspects that have redefined the family organization and their work activities.
Show more [+] Less [-]A agricultura familiar em Portugal: rupturas e continuidades
2010
Renato Miguel do Carmo
Em Portugal, as ciências sociais têm estudado a agricultura familiar a partir de um modelo de interpretação dualista que acentua as diferenças inter-regionais, marginalizando, até certo ponto, o significado sociológico de algumas continuidades que se estabeleciam (e se estabelecem) entre as zonas do Norte e do Sul ou entre o Litoral e o Interior. O presente estudo pretende, assim, construir uma perspectiva diferente sobre as modalidades de agricultura familiar em Portugal, procurando identificar, num primeiro momento, uma série de proximidades sociológicas entre os diferentes modos de organização (tradicionais e modernos) das famílias agrícolas e, consequentemente, traçar os eixos para um modelo mais complexo na análise dessas mesmas modalidades.<br>The main goal of this paper is to produce a critical analysis regarding the conception of multiple activities in the Portuguese rural society. This work questions the classic vision of the country that delineates a rigid territorial and sociological divisions (for instance, the distinction between Northern and the Southern region) from which it tends to characterize different types of agriculture. Considering this conception, the paper proposes a different perspective that is capable to integrate differences and resemblances, between some of the social and the economic aspects that have redefined the family organization and their work activities.
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