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Análise econômica da prevenção e controle do cancro cítrico no estado de São Paulo
2014
André Luis Ramos Sanches | Sílvia Helena Galvão de Miranda | José Belasque Junior | Renato Beozzo Bassanezi
No presente trabalho estimou-se a relação benefício-custo de estratégias diferentes de controle do cancro cítrico (a prevenção e erradicação ou manejo) no estado de São Paulo, onde a citricultura é uma das principais culturas agrícolas em produção e emprego. O índice de talhões contaminados com cancro cítrico aumentou 893% entre 2009 e 2012, logo após mudanças na legislação paulista de controle da doença, o que justifica a importância de analisar seus impactos econômicos, dado que o manejo da doença tem grande relevância econômica. Adota-se a Análise Benefício-Custo como instrumento para, ao identificar os custos e benefícios mais expressivos para o produtor rural, comparar a variação na produção e nos custos de produção. Para tanto, são simulados cenários de prevenção, controle ou manejo com expansão da doença, em um horizonte de 20 anos. Os resultados apontam vantagens econômicas em manter o cancro cítrico sob controle no estado de São Paulo, ou seja, sob níveis mais baixos de incidência, demonstrando que o manejo com expansão da doença no médio e longo prazos apresenta relação benefício-custo significativamente inferior à prevenção e controle da doença com erradicação rigorosa dos focos da doença.
Show more [+] Less [-]Impacto da regulamentação SPS e TBT nas exportações brasileiras de uva no período de 1995 a 2009
2014
Greigiano José Alves | Marília Fernandes Maciel Gomes | Fernanda Maria Almeida | Lílian Valeriano Gonçalves
A cadeia produtiva da uva tem importância ímpar quanto à geração de renda e de emprego para diversas economias regionais. Todavia, nos últimos anos, o comércio internacional deste setor, assim como de todo o setor frutícola, tem enfrentado a imposição de diversas medidas não tarifárias, entre as quais, as sanitárias, fitossanitárias e técnicas. Assim, neste trabalho, são analisados os efeitos das normas sanitárias, fitossanitárias e técnicas impostas pelos países importadores de uva brasileira, no período de 1995 a 2009. Para este fim, foram feitas uma análise de inventário e uma abordagem econométrica, em que se fez uso do modelo gravitacional, com o objetivo de verificar o impacto de tais medidas na exportação de uva brasileira. Pelos resultados encontrados na análise de inventário, foi possível constatar relação positiva entre a evolução do número de notificações e a evolução das importações. Já pelo modelo econométrico, descartou-se a possibilidade de tais medidas terem afetado negativamente o comércio, tendo sido, no caso das medidas sanitárias e fitossanitárias, encontrada uma relação positiva com as exportações de uvas, ou seja, essas medidas auxiliaram o comércio, e os efeitos das medidas técnicas sobre as exportações foram nulos.
Show more [+] Less [-]Estimation of the agricultural probability of loss: evidence for soybean in Paraná state
2014
Vitor Augusto Ozaki | Ricardo Olinda | Priscila Neves Faria | Rogério Costa Campos
In any agricultural insurance program, the accurate quantification of the probability of the loss has great importance. In order to estimate this quantity, it is necessary to assume some parametric probability distribution. The objective of this work is to estimate the probability of loss using the theory of the extreme values modeling the left tail of the distribution. After that, the estimated values will be compared to the values estimated under the normality assumption. Finally, we discuss the implications of assuming a symmetrical distribution instead of a more flexible family of distributions when estimating the probability of loss and pricing the insurance contracts. Results show that, for the selected regions, the probability distributions present a relative degree of skewness. As a consequence, the probability of loss is quite different from those estimated supposing the Normal distribution, commonly used by Brazilian insurers.
Show more [+] Less [-]Caracterização da pluriatividade e dos plurirrendimentos da agricultura brasileira a partir do Censo Agropecuário 2006
2014
Fabiano Escher | Sergio Schneider | Luciana Maria Scarton | Marcelo Antonio Conterato
O artigo trata do fenômeno da pluriatividade na agricultura brasileira, referente à diversificação das atividades econômicas e laborais exercidas no meio rural, e dos plurirrendimentos, referentes à diversificação das fontes de renda acessadas pelos agricultores e suas famílias. Com base nos dados do Censo Agropecuário 2006, realiza-se uma análise para o Brasil e as regiões Sul e Nordeste do País, buscando comparar os assim denominados "estabelecimentos pluriativos" pertencentes às categorias agricultura familiar e agricultura não familiar. O trabalho identifica e quantifica esses estabelecimentos; caracteriza-os segundo o tipo de pluriatividade e a relação de trabalho do pessoal ocupado; e identifica as suas distintas fontes de receitas, mensurando a importância de cada uma na formação da receita total. A constatação empírica de um percentual maior de estabelecimentos de agricultura não familiar classificados como pluriativos (51,9%) do que na própria agricultura familiar (34,1%) levou a uma intrigante questão teórica, já que a quase totalidade dos estudos sobre pluriatividade no Brasil sempre considerou o fenômeno como uma especificidade da agricultura familiar. Embora essa questão seja apenas brevemente discutida no artigo, o resultado mais significativo é que deve haver uma importante parcela dos agricultores familiares que, justamente por serem pluriativos, encontram-se inadequadamente classificados como agricultores não familiares e, portanto, excluídos das estatísticas oficiais e, possivelmente, das próprias políticas públicas voltadas à agricultura familiar.
Show more [+] Less [-]Expansão da área agrícola e produtividade das culturas no Brasil: testando hipóteses da legislação californiana de biocombustíveis
2014
Elaine Correa Daubermann | Lucas Squarize Chagas | Angelo Costa Gurgel | Sérgio Naruhiko Sakurai
O presente estudo investiga a hipótese de que a conversão de áreas de florestas e pastagens em áreas agrícolas no Brasil reduz a produtividade das mesmas em 50%. Essa hipótese vem sendo utilizada pelo Air Resource Board da Califórnia para estimar as emissões de gases de efeito estufa associados a mudanças indiretas no uso da terra provenientes da expansão da produção de biocombustíveis. Com base em testes econométricos, os resultados apresentados pela maioria dos modelos sugerem não ocorrer queda da produtividade quando da expansão da área de culturas no País, ou, quando ocorrem, são pouco expressivas, sinalizando, portanto, a necessidade de revisão e correção dos parâmetros da política californiana de combustíveis de baixas emissões.
Show more [+] Less [-]Revisitando o Pronaf: velhos questionamentos, novas interpretações
2014
Catia Grisa | Valdermar João Wesz Junior | Vitor Duarte Buchweitz
Este artigo visa realizar uma atualização do desempenho do Pronaf no Brasil, aprofundando a discussão sobre o público beneficiário e as atividades financiadas. Para tanto, utiliza-se como principal fonte o Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil (1999 a 2012), complementando-o com informações da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), principalmente para os anos de 1996 a 1998. Os resultados apontam que, por um lado, o Pronaf mantém uma concentração de contratos e de recursos nos agricultores familiares mais capitalizados, produtores de commodities (principalmente milho, soja e café) e localizados na região Sul, Sudeste e Centro-Oeste, reforçando o seu forte viés produtivista. Mas, ao analisar espacialmente os dados, percebe-se o financiamento de uma variedade de cultivos nas diferentes regiões brasileiras. Em ternos regionais, a ampliação dos recursos e contratos totais tem sido superior nas regiões Nordeste e Norte. Apesar disso, ainda são públicos e regiões que, em termos absolutos, mantêm-se minoritárias no acesso ao Pronaf, apesar de concentraram a maior parte da agricultura familiar brasileira.
Show more [+] Less [-]Avaliação de retornos e riscos na comercialização de milho: estudo de caso usando value-at-risk
2014
Vilmar Rodrigues Moreira | Alceu Souza | Luiz Carlos Duclós
Em cada um dos elos da cadeia produtiva do agronegócio, encontrar estratégias viáveis para mitigação de riscos não é uma tarefa trivial. Usualmente são adotadas estratégias genéricas de redução do risco pela diversificação de culturas e/ou estratégias que objetivam a transferência ou diluição do risco por meio de seguros e contratos futuros. Este artigo tem por objetivo avaliar retornos e riscos de três estratégias de comercialização do milho: compra e venda simultânea, estocagem e venda a descoberto. A pesquisa é descritiva quanto ao seu objetivo, estudo de caso quanto à abordagem do problema e documental quanto ao procedimento de coleta de dados, com período de abrangência para as safras de 2003 a 2010. As métricas utilizadas foram o Value at Risk (VaR) e o índice de Sharpe modificado, que é uma variação do índice de Sharpe original. Os resultados apontam que os maiores retornos para a estocagem seriam obtidos durante as safras de inverno e para horizontes de tempos menores. Para a venda a descoberto, as médias dos retornos são próximas entre si para todos os horizontes de tempo. A compra e venda simultânea apresentou a melhor relação retorno/risco em relação às outras estratégias de comercialização.
Show more [+] Less [-]Adoção de estratégias para redução de riscos: identificação dos determinantes da diversificação produtiva no Polo Petrolina-Juazeiro
2014
Silvio Fernando Santana Oliveira Filho | André de Souza Melo | Leonardo Ferraz Xavier | Tiago Farias Sobel | Ecio de Farias Costa
O presente estudo caracteriza os produtores agrícolas do Polo Petrolina-Juazeiro segundo a adoção de estratégias de diversificação produtiva para mitigar diversos tipos de riscos. Para tanto, foram coletadas 173 observações e um modelo econométrico de logit ordenado foi aplicado para identificar os fatores que influenciam a probabilidade de o produtor diversificar sua produção. A estimação do modelo econométrico sugere que os principais fatores de influência da diversificação produtiva no polo são: porte do produtor (colono), experiência, participação da receita advinda de contratos, participação da receita advinda de atravessadores, culturas específicas (banana, coco, goiaba, manga e uva), participação em associação, acesso à assistência técnica, certificação, adoção de procedimentos pós-colheita e acesso à internet. A investigação acerca de referidas relações torna-se relevante para a formulação de políticas de incentivo à adoção de estratégias gerenciais de redução de riscos na região, atualmente preocupada com questões associadas à especialização das atividades e à vulnerabilidade dos produtores frente a choques de demanda.
Show more [+] Less [-]Convergência de mercados intrarregionais: o caso do mercado atacadista brasileiro do tomate
2014
Francisco José Silva Tabosa | Roberto Tatiwa Ferreira | Luiz Ivan Castelar
O objetivo deste artigo é analisar a existência de integração nos mercados atacadistas brasileiros de tomate, utilizando um painel dinâmico que permite efeitos limiares (threshold) para testar a hipótese de convergência desse mercado para a Lei do Preço Único. Os resultados favorecem a hipótese de integração entre os principais mercados brasileiros de tomate e, nesse processo, há evidências empíricas de custos de transação.
Show more [+] Less [-]A comunicação na articulação agroindustrial entre uma cooperativa central, suas cooperativas singulares e cooperados
2014
Diego Neves de Sousa | Nora Beatriz Presno Amodeo | Alex dos Santos Macedo | Cleiton Silva Ferreira Milagres
A comunicação cumpre um papel essencial na articulação dos diferentes níveis da organização para que coordene de forma eficiente a cadeia produtiva sem concorrer por recursos, tirando a potencialidade competitiva da integração vertical cooperativa (Modelo Central - Singulares). Neste estudo, se objetivou analisar a comunicação organizacional na articulação agroindustrial entre uma cooperativa central, suas cooperativas singulares e cooperados. A pesquisa é exploratória-descritiva, utilizando um estudo de caso, com o apoio da técnica de entrevista semiestruturada. Constatou-se que a sobrevivência deste modelo dependerá de como se faz a articulação dos diferentes níveis de organização cooperativa da produção.
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