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Distribuição Livre Ideal da formiga-leão (Insecta, Neuroptera) Full text
2021
Vitor Gabriel de Oliveira Leite | Tatiane do Nascimento Lima
As larvas de formiga-leão Myrmeleon brasiliensis são insetos que constroem armadilhas em solo seco e arenoso para a captura de suas presas. O objetivo deste trabalho foi observar como os instares larvais de M. brasiliensis distribuem-se dentro de um modelo de Distribuição Livre Ideal. Neste trabalho foi observado que M. brasiliensis ao serem expostas à uma situação que simula um micro-habitat com manchas que recebem alimento e manchas que não recebem alimento, as larvas de todos os instares ocuparam todo o espaço, independente da maior ou menor oferta de alimento. A ocorrência de canibalismo e construção de uma armadilha afastada das larvas vizinhas foram os fatores que guiaram a distribuição das larvas M. brasiliensis.
Show more [+] Less [-]Efeito da contaminação por inseticida tiametoxam sobre o comportamento da mosca de interesse forense Chrysomya megacephala (Fabricius) Full text
2021
Letícia da Silva Reginaldo | Antonio Carlos Stradiotto Melo | Michele Castro de Paula | Poliana Galvão dos Santos | Ingrid de Carvalho Guimarães | William Fernando Antonialli-Junior
Muitos fatores podem interferir na estimativa do Intervalo Pós-Morte (IPM) que é o tempo entre a morte e o achado de corpo, dentre eles substâncias que alteram os padrões de desenvolvimento dos insetos colonizadores de carcaças. Neste estudo testamos a hipótese de que, se um recurso simulando um cadáver estiver contaminado pelo inseticida tiametoxam, moscas varejeiras da espécie Chrysomya megacephala (Fabricius) (Diptera: Calliphoridae) irão evitar explorá-lo e consumi-lo. Foram feitos testes de dupla escolha nos quais as moscas podiam optar por recurso contaminado ou não contaminado. Os resultados mostraram que estas moscas varejeiras não evitam carne contaminada com inseticida e, além disso consomem o recurso, contudo, ao fazerem isso executam comportamentos atípicos, como expor o ovipositor, e limpar-se frequentemente. Estes resultados sugerem que caso um cadáver seja contaminado com o inseticida tiametoxam, as moscas irão explorá-lo como recurso, no entanto, como esse produto altera o seu comportamento, seu ciclo de vida possivelmente será alterado, bem como a ordem de chegada das espécies, o que poderá afetar a estimativa do IPM, tendo importante impacto sobre as perícias forenses.
Show more [+] Less [-]Associação de formigas e abelhas-sem-ferrão com Aetalion reticulatum (L.) (Hemiptera: Aethalionidae) em plantio de açaizeiro-de-touceira Full text
2021
Rodrigo Souza Santos | Elisandro Nascimento da Silva
O açaizeiro, Euterpe oleracea Martius (Arecaceae), abriga vasta entomofauna, cujas espécies podem ser prejudiciais ou benéficas à planta, utilizando-a como sítio alimentar ou área de refúgio. Assim, esta entomofauna se inter-relaciona e firma relações ecológicas dinâmicas que podem afetar positiva ou negativamente as espécies envolvidas. Este trabalho reporta a associação entre as abelhas-sem-ferrão Trigona amazonensis Duke, Oxytrigona cfr. mellicolor (Hymenoptera: Apidae) e a formiga Camponotus sp. (Hymenoptera: Formicidae) com a cigarrinha-das-frutíferas, Aetalion reticulatum (L.) (Hemiptera: Aethalionidae) em plantio de açaizeiro-de-touceira cv. BRS-Pará localizado no município de Rio Branco, AC. Foi verificado que as três espécies coletam o honeydew secretado por A. reticulatum e protegem as colônias das cigarrinhas da aproximação de outros insetos. Ademais, foi verificado que as três espécies não compartilham o mesmo sítio alimentar, devido ao agressivo comportamento territorial apresentado pelas mesmas.
Show more [+] Less [-]Como a temperatura afeta a dinâmica populacional de Tenuipalpus heveae (Acari, Tenuipalpidae) em clones de seringueira? Full text
2021
Gabrielle Vitória Silva | Nelson Silva Pinto | Rodrigo Souza Santos | Rodrigo Damasco Daud
No presente estudo foi avaliado o efeito temperatura sobre a dinâmica populacional de Tenuipalpus heveae Baker em cinco clones de seringueira. O estudo foi conduzido de novembro de 2018 a janeiro de 2019 no jardim clonal de seringueiras do campo experimental da Embrapa Acr,e Rio Branco, estado do Acre, nos clones CPAA C18, FDR 5788, FX 3899, PB 312 e RRIM 600. Semanalmente foram retiradas, aleatoriamente, oito folhas do terço inferior da copa de quatro plantas de cada clone. Os ácaros coletados foram montados em lâminas de microscopia em meio de Hoyer. A relação entre a temperatura média e a abundância de T. heveae foi testada por meio de um modelo linear generalizado com distribuição de Poisson. Foi amostrado um total de 2.909 ácaros em 6.720 folíolos analisados. Observou-se um efeito negativo da temperatura sobre a abundância de T. heveae.
Show more [+] Less [-]Nidificação de Nasutitermes cf. callimorphus Mathews, 1977 (Blattodea: Termitidae) em Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker no Parque Estadual do Pico do Itambé, Minas Gerais Full text
2025
Natacha Aparecida da Silva | Davi Gomes de Lima | Gabriel de Castro Jacques | Marcos Magalhães de Souza
As bromélias são plantas que frequentemente abrigam diversos insetos em suas rosetas, e estabelecem interações ecológicas com diferentes níveis de dependência. Entre os táxons associados, os cupins destacam-se pelo uso das bromélias como abrigo ou local de forrageamento, embora os registros de nidificação sejam raros. Este trabalho apresenta o primeiro registro de nidificação de Nasutitermes cf. callimorphus Mathews, 1977 (Blattodea: Termitidae) em uma planta de Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker (Bromeliaceae), no Parque Estadual do Pico do Itambé, Minas Gerais, Brasil, realizado de forma ocasional no dia 30 de novembro de 2024. A interação observada mostra o uso da planta como substrato para ninhos, provavelmente em uma colônia policalística, aproveitando-se da umidade e da estrutura oferecida pelo fitotelma. O registro amplia o conhecimento sobre o comportamento de nidificação de cupins e suas interações com bromélias, além de levantar questões sobre os efeitos dessa associação na fisiologia da planta hospedeira.
Show more [+] Less [-]Possível uso de ninho de Mischocyttarus ypiranguensis Fonseca, 1926 (Hymenoptera: Vespidae) para camuflagem de mãe-da-lua Ameropterus sp. (Neuroptera: Ascalaphinae: Ululodini) Full text
2024
Eike Daniel Fôlha Ferreira | Gabriel de Castro Jacques | Marcos Magalhães de Souza
A camuflagem é uma estratégia de sobrevivência para muitos insetos. Neste trabalho, o objetivo é apresentar informações sobre a etologia de Ameropterus sp. (Ascalaphinae), em relação a uma possível estratégia de camuflagem em ninho abandonado de vespa social. Observamos um indivíduo de Ameropterus sp. repousado sobre as células de um ninho abandonado da vespa social Mischocyttarus ypiranguensis Fonseca, 1926. O Ameropterus sp. encontrava-se com o corpo e antenas esticadas, assim como as asas sobre o tórax e abdome, o que dificultava a visualização de seu corpo. Além disso, também apresentava coloração e forma similar ao do ninho da vespa social, o que sugere uma possível estratégia de camuflagem. Este comportamento pode ser uma adaptação para dificultar sua visualização, fornecendo proteção contra predadores diurnos. Nossas observações permitem criar a hipótese de que algumas espécies de Ascalaphinae possam utilizar ninhos abandonados de vespas sociais como proteção baseada em camuflagem, mas são necessários mais estudos para melhor avaliação dessa possível condição, pois pode ser também uma situação casual.
Show more [+] Less [-]Larvas de Odonata (Insecta) em um trecho do rio Marambaia, ilha da Marambaia, Rio de Janeiro, Brasil: distribuição e preferência por substratos Full text
2024
Karoline Oliveira de Souza | Antônio Igor Vieira Bernardo | Arize Duarte Vieira | Evaldo Alves Joaquim Junior | Gisele Luziane de Almeida | Jéssica Furtado de Andrade | Leandro Ferreira Gouvêa | Rachel Amaro de Souza | Fernanda Avelino-Capistrano
Odonata é uma importante ordem de insetos hemimetabólicos com grande representação popular. As larvas são aquáticas e podem colonizar ambientes lóticos e lênticos. O objetivo deste estudo foi verificar a distribuição de larvas de Odonata em diferentes substratos, caracterizar o padrão de distribuição destas larvas e verificar a preferência por micro-habitat dos indivíduos em relação aos substratos em um trecho do Rio Marambaia, na Ilha da Marambaia, Rio de Janeiro. A Ilha da Marambaia está localizada na Baía de Sepetiba sendo uma importante área de Mata Atlântica preservada, que se encontra sob jurisdição do corpo de Fuzileiros Navais. Coletas mensais foram realizadas entre os meses de julho/2018 a junho/2019, em três áreas de 100 m, ao longo de um trecho contínuo de 1 km. Coletas manuais foram realizadas em cinco diferentes substratos: areia, folhiço de fundo, folhiço retido, rocha fixa e rocha rolada. Foram coletadas 154 larvas, identificado e distribuído em seis famílias e seis gêneros: Limnetron (Förster, 1907) (Aeshnidae) (n = 14), Argia (Rambur, 1842) (Coenagrionidae) (n = 105), Brechmorhoga (Kirby, 1894) (Libellulidae) (n = 5), Progomphus (Selys, 1854) (Gomphidae) (n = 7), Heteragrion (Selys, 1862) (Megapodagrionidae) (n = 18), Perilestes (Selys, 1862) (Perilestidae) (n = 5). O trecho com maior abundância foi o Trecho 2. Argia foi o gênero mais abundante (68,2% das amostras) e a sua preferência foi pelo substrato rocha; Heteragrion, Limnetron e Perilestes demonstraram ter preferência por substratos com folhiço; Brechmorhoga e Progomphus por substratos com areia, corroborando com dados citados na literatura.
Show more [+] Less [-]Atratividade e atividade diária dos besouros Histeridae, Scarabaeidae e Staphylinidae (Insecta: Coleoptera) em fragmento florestal de Mata Atlântica no oeste do Paraná, Brasil Full text
2023
Elisa de Bastiani Menon | Aylson Dailson Medeiros de Moura Eulalio | Edilson Caron | Fernando Willyan Trevisan Leivas
Histeridae, Scarabaeidae e Staphylinidae (Insecta: Coleoptera) têm sido citadas como bioindicadores de alterações ambientais, porém, pouco se sabe sobre sua atividade diária e atratividade a diferentes tipos de atrativos. O objetivo deste estudo foi avaliar a afinidade das comunidades de Histeridae, Scarabaeidae e Staphylinidae a diferentes tipos de iscas em fragmento florestal urbano de Mata Atlântica, como também seu período de atividade (diurno-noturno). As coletas foram realizadas duas vezes ao dia, utilizando armadilhas pitfall iscadas com fezes humanas, carne bovina em decomposição, banana em decomposição e sem atrativo. Foram instaladas quatro armadilhas dispostas em três transectos, totalizando 12 armadilhas. Foram coletados 532 indivíduos e identificadas 34 espécies: Histeridae, n = 12 e 3 spp.; Staphylinidae, n = 234 e 22 spp.; e Scarabaeidae, n = 286 e 9 spp. Houve diferenças significativas na abundância das três famílias aos diferentes tipos de iscas, e na riqueza e composição de espécies houve apenas em Scarabaeidae e Staphylinidae. Quanto ao período do dia, houve diferenças significativas na riqueza, abundância e composição de Staphylinidae, além de diferenças na composição de Scarabaeidae. Esperamos que os dados possam fornecer informações adicionais sobre as espécies de besouros presentes em ecossistema urbano na Mata Atlântica brasileira, e então, ajudar a orientar estratégias de conservação.
Show more [+] Less [-]A prática leva a perfeição: qual o tempo de treinamento de coletas para jovens entomólogos tornarem-se eficientes? Full text
2023
Rodrigo Aranda | Ana Carolina Porto | Carlo Benetti | Lara Freitas
Entre diversas técnicas de captura de insetos, a captura ativa por rede entomológica é uma das que demandam maior domínio do coletor, para que seja feito o seu uso correto, tendo assim por consequência, uma boa eficiência para a captura dos insetos. O objetivo do trabalho é descrever o tempo necessário para que jovens entomólogos adquiram prática no manuseio do equipamento, bem como comparar a eficiência de captura de insetos. As coletas ocorreram entre abril de 2021 e março de 2022, com intervalo quinzenal. As coletas manuais com rede entomológica foram realizadas por ao menos 4 horas ao longo de cada dia de coleta, por cada um dos integrantes. Para serem feitas as comparações, foram selecionados dois tipos de insetos para serem capturados, abelhas e vespas. Foram obtidos um total de 958 indivíduos de abelhas e vespas amostras. O coletor experiente foi responsável pela coleta de mais de 60% dos indivíduos coletados. A média de captura de indivíduos pelo coletor experiente foi de 16,34 enquanto para os iniciantes foi de 8,86 havendo diferença significativa. Observamos ser necessárias ao menos 10 coletas para os alunos chegarem em valores próximos ao coletor experiente, entretanto a variação sazonal na ocorrência dos insetos interfere na capacidade de localização em campo por se tornarem menos abundantes. Para além do tempo necessário para dominar a técnica, a capacidade de identificar os exemplares de interesse no campo também é relevante. Portanto, o treinamento deve combinar as práticas de campo com observação em laboratório dos exemplares de interesse.
Show more [+] Less [-]Nidificação de abelhas nativas sem ferrão (Apidae, Meliponini) em substratos arbóreos em áreas antropizadas no município de Inconfidentes, Brasil Full text
2023
Cibelle Cristine dos Santos Menino | Gabriel Teófilo Guedes | Marcos Magalhães de Souza
As abelhas da tribo Meliponini, conhecidas popularmente por indígenas ou sem ferrão (ASF), constituem uma tribo de insetos eussociais que utilizam diferentes substratos para nidificação, como ocos e forquilhas de árvore, cavidades no solo e construções humanas. Visando uma melhor compreensão da seleção de substrato para nidificação, o objetivo do presente estudo foi relatar as espécies de Meliponini e as respectivas espécies vegetais utilizadas para nidificação, em áreas antropizadas, no município de Inconfidentes - Minas Gerais. O trabalho foi conduzido em três áreas no período de abril de 2021 a fevereiro de 2022. Foram registrados 13 ninhos de cinco gêneros/espécies de meliponíneos ocupando diferentes famílias/espécies arbóreas. Os meliponínios encontrados foram Scaptotrigona sp., Tetragonisca angustula (Latreille), Plebeia droryana (Friese), Tetragona clavipes (Fabricius) e Cephalotrigona capitata (Smith), corroborando estudos que apontam os gêneros como bem sucedidos em ocupação de matas perturbadas, com exceção de Cephalotrigona (Schwarz). As árvores mais utilizadas para nidificação de Meliponini foram Eucalyptus sp. e indivíduos da família Lauraceae, Pinaceae e Fabaceae. Os resultados se relacionam ao maior fornecimento de substratos pelos indivíduos de Eucalyptus sp. em área de silvicultura abandonada, com árvores de grande porte com possibilidade de formação de cavidades, e histórico de sucesso de nidificação de ASF em indivíduos das famílias Lauraceae e Fabaceae.
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