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Levantamento do manejo de pragas aplicado em viveiros florestais no Brasil
2022
Sheila Maria Caetano Martins | Jardel Boscardin
O sucesso de um empreendimento florestal depende, entre outros fatores, da boa qualidade das mudas empregadas nos plantios florestais. Mudas de má qualidade, atacadas por pragas (insetos e ácaros) ou acometidas por doenças, se tornam mais suscetíveis aos fatores bióticos e abióticos no campo. A bibliografia sobre pragas em viveiros florestais muitas vezes não reflete a realidade das diversas regiões do Brasil e suas especificidades. Assim, o presente estudo tem por objetivo levantar aspectos relacionados ao manejo de pragas em dez viveiros florestais no Brasil. Para tanto, foi realizado um levantamento dos viveiros florestais no país, seguida de uma avaliação quali-quantitativa do manejo de pragas. Como instrumento de pesquisa, foi elaborado um questionário pré-estabelecido, do tipo semiaberto, composto por um misto de questões fechadas e abertas. A partir dos dados levantados verificou-se que 80% dos viveiros possuem responsável técnico e inscrição no Registro Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM), sendo que 80% dos técnicos são engenheiros florestais ou agrônomos. Dos responsáveis técnicos, 70% dizem não saber reconhecer a praga. Em 40% dos viveiros foi verificado desconhecimento de práticas de monitoramento. Os métodos de controle de pragas mais utilizados são o químico e o biológico. Conclui-se ser necessário o treinamento constante de responsáveis técnicos de viveiros florestais no Brasil, para a correta identificação de pragas e realização de monitoramento, embasando assim, uma tomada de decisão assertiva dos métodos de controles aplicados no manejo integrado de pragas.
Show more [+] Less [-]Opiliofauna (Arachnida, Opiliones) de campos de Altitude no município de Poços de Caldas, Minas Gerais, Brasil
2022
Thiago Henrique dos Reis Pádua | Luis Gustavo Talarico Rubim | Mireile Reis dos Santos | Marcos Magalhães de Souza
Há carência de estudos de inventários sobre opiliões em campos de altitude no Brasil, portanto, o presente trabalho objetivou ampliar informações sobre a opiliofauna desse ecossistema no município de Poços de Caldas, Minas Gerais. As coletas foram realizadas no período noturno, com quatro campanhas entre os meses de novembro de 2020 a março de 2021, totalizando 16 dias com 48 horas de esforço amostral. Foram coletadas quatro espécies e uma morfoespécie, que somam dois novos registros para a região, Mischonys squalidus Bertkau (Opiliones: Gonyleptidae) e Sclerosomatidae gen. sp. 1, ampliando a fauna de opiliões em campos de altitude do município para 11 espécies e uma morfoespécie.
Show more [+] Less [-]Entomofauna noturna do Igarapé Canela Fina, capturada com armadilha luminosa em Cruzeiro do Sul, AC
2022
Rodrigo Souza Santos | Giordano Bruno da Silva Oliveira | Karlla Barbosa Godoy
Estudos faunísticos têm sido realizados para prospectar a entomofauna de um determinado ecossistema e contribuir para relatórios de impacto ambiental. O objetivo desse estudo foi realizar um levantamento da entomofauna noturna ocorrente em dois ambientes (Mata Ciliar e remanescente florestal) componentes do Igarapé Canela Fina, município de Cruzeiro do Sul, Acre. As ordens Hemiptera, Hymenoptera e Blattodea (subordem Isoptera) foram consideradas dominantes nos dois ambientes, enquanto Diptera e Mantodea foram consideradas acidentais. De acordo com os índices de Shannon-Wiener e Simpson as áreas foram consideradas pouco diversas. Novos estudos mais duradouros são recomendados a fim de verificar o impacto antrópico, bem como a biodiversidade de insetos presentes nesse igarapé.
Show more [+] Less [-]Rede de interação formiga-planta mediada por nectários extraflorais na APA Lago do Amapá, Acre, Brasil
2022
Ingrid Samile Monte Santos | Jardeson Kennedy Moraes de Souza | Janaira Pereira da Rocha | Izaias Brasil da Silva | Patricia Nakayama Miranda | Charle Ferreira Crisóstomo
Algumas espécies de formigas atuam como controladoras de insetos herbívoros em plantas que em contrapartida, oferecem alimento produzido em glândulas denominadas nectários extraflorais. Este trabalho teve como objetivo levantar a riqueza e a composição de formigas e plantas que interagem através destas glândulas em um fragmento florestal localizado na APA Lago do Amapá, Acre, Brasil. Também objetivou avaliar estas associações a partir de uma abordagem de redes, na qual diferentes espécies de plantas e formigas são retratadas como nós e suas interações como ligações. Na região central do fragmento, foram realizadas amostragens destas interações em uma parcela de 6.250 m2. Posteriormente, para análise de rede, os dados foram sistematizados em uma matriz quantitativa (plantas × formigas), cujos elementos representam a frequência de associação de uma espécie de planta com uma espécie de formiga. No total, foram registradas 16 espécies de formigas, distribuídas em quatro subfamílias e nove gêneros, interagindo com 23 espécies de plantas, distribuídas em cinco famílias e oito gêneros. A rede de interação apresentou 77 interações, um padrão significativamente aninhado, e valores de tamanho de rede, especialização de rede e diversidade de interações muito similares a valores obtidos em estudos realizados em outras regiões de floresta tropical no Brasil. O resultado encontrado reforça um padrão característico destas interações, quando analisadas a partir de uma abordagem de redes.
Show more [+] Less [-]Composição da fauna de Hymenoptera associada a macrófitas aquáticas no Pantanal Sul-Matogrossense
2022
Mariza Cunha de Lima | Poliana Galvão Santos | Márlon César Pereira | William Fernando Antonialli-Junior
Considerando a importância do bioma Pantanal e das espécies que nele habitam o objetivo desse estudo foi descrever a fauna de himenópteros associada a bancos de macrófitas aquáticas no Pantanal do Nabileque, fornecendo informações sobre a composição, riqueza e abundância de espécies definindo padrões de associações entre as espécies animais e vegetais. Foram realizadas coletas mensais entre março a julho de 2009 no rio Paraguai na cidade de Porto Murtinho, abrangendo meses das estações de seca e cheia na região. As amostragens foram realizadas por meio de captura ativa com puçás. Foram capturadas 10 espécies de himenópteros. As famílias com maior riqueza de espécies foram Apidae e Vespidae, com três espécies diferentes cada uma, e Halictidae, Pompilidae, Cabronidae e Tiphiidae foram representados com apenas uma espécie. Os himenópteros foram mais abundantes na estação seca, ocorrendo 114 espécimes e a estação cheia com apenas 17 espécimes. Estes insetos visitaram 12 espécies de macrófitas aquáticas. Nossos resultados mostram que alguns táxons de himenópteros tanto sociais quanto solitários são importantes visitantes de macrófitas aquáticas do Pantanal, além disso, aqui evidenciamos grupos que usualmente são negligenciados quanto a interação com plantas e seu possível papel ecossistêmico de polinização.
Show more [+] Less [-]New host plant records of Humerobates rostrolamellatus Grandjean in Italy
2022
Marcello De Giosa | Carlos Barreto
Humerobates rostrolamellatus Grandjean is an oribatid mite species commonly found in association with fruit trees like apple trees and plums. We sampled twigs and leaves of 12 different trees in the Apulia territories in Southern Italy in 2019. Here we report 11 new host plant records for H. rostrolamellatus; no damage has been observed on the trees associated with the mite populations.
Show more [+] Less [-]Diversidade de besouros aquáticos (Insecta: Coleoptera) em um trecho do Rio Marambaia, Mangaratiba, Rio de Janeiro, Brasil
2022
Rachel Amaro de Souza | Bruno Clarkson | Felipe Ferraz Figueiredo Moreira | Fernanda Avelino-Capistrano
Coleoptera é a ordem de insetos mais diversa, incluindo mais de 400 mil espécies popularmente conhecidas como besouros. Pelo menos 13 mil espécies de 37 famílias são consideradas aquáticas, das quais 16 famílias são registradas no Brasil. O presente estudo teve como objetivo realizar o levantamento dos besouros aquáticos ocorrentes em um trecho do Rio Marambaia, Mangaratiba, Rio de Janeiro, Brasil. Um total de 456 espécimes foi obtido na área de estudo, representando os seguintes 12 gêneros e seis famílias: Copelatus, Cybister, Desmopachria, Hydaticus e Rhantus (Dytiscidae); Heterelmis (Elmidae); Gyretes (Gyrinidae); Derallus, Chasmogenus e Tropisternus (Hydrophilidae); Pheneps (Psephenidae); e Iapir (Torridincolidae). Dentre eles, os gêneros Copelatus e Cybister, e as espécies de Hydrophilidae, Chasmogenus fluminensis Clarkson & Ferreira-Jr; Derallus angustus Sharp; Tropisternus apicipalpis Chevrolat; e Tropisternus variolosus Hansen, são aqui registrados pela primeira vez no município de Mangaratiba- RJ. Os registros de Cybister e T. apicipalpis também são os primeiros no Estado do Rio de Janeiro.
Show more [+] Less [-]Nidificação de Parachartergus pseudapicalis Willink em substrato vegetal (Hymenoptera, Polistinae)
2022
Eike Daniel Folha Ferreira | Tomás Matheus Dias de Oliveira | Gabriel Silva Teofilo-Guedes | Marcos Magalhães de Souza
Vespas sociais utilizam diferentes substratos para nidificação, incluindo construções humanas e numerosas espécies vegetais. Trabalhos já foram publicados a respeito da seleção de substratos para nidificação por vespas neotropicais, todavia há poucas informações para a espécie Parachartergus pseudapicalis Willink. No presente trabalho, reportam-se quatro registros de nidificação desta espécie, no domínio de Mata Atlântica, em 2013, 2014 e 2022, no município de Inconfidentes, Minas Gerais. Levou-se em consideração seleção de substrato e coletando-se os indivíduos para identificação das espécies. Não se encontraram padrões de similaridade morfológica entre as espécies vegetais que pudessem evidenciar preferência das vespas, mas sim quando consideradas as ocorrências no contexto da paisagem, de modo que os ninhos se encontravam em áreas de topografia relativamente deprimida e nas proximidades de corpos de água. Portanto, considera-se que a presença de recursos hídricos possa ser a variável de importância para a seleção de substratos para nidificação por P. pseudapicalis.
Show more [+] Less [-]Utilização alimentícia e medicinal de Pachymerus nucleorum Fabricius (Coleoptera: Chrysomelidae: Bruchinae) no Brasil
2022
Gabriel Vannozzi Brito | Eraldo Medeiros Costa-Neto
Após a primeira edição do Congresso Brasileiro de Insetos Alimentícios e Tecnologias Associadas e II Simpósio Brasileiro de Antropoentomofagia (INSETEC), percebeu-se a necessidade de enaltecer os insetos comestíveis do Brasil. Desta forma, fez-se um levantamento bibliográfico sobre o uso alimentar e medicinal da larva de Pachymerus nucleorum Fabricius (Coleoptera: Chrysomelidae: Bruchinae), cujo objetivo principal foi registrar as informações etnoentomológicas acerca da espécie em todo o país. Os dados foram obtidos por meio de revisão bibliográfica, além de análise de redes sociais e de vídeos disponíveis na plataforma YouTube. Como resultado, foi possível documentar os saberes locais e os nomes populares associados à espécie, particularmente às larvas, nas diferentes regiões do país. Encontrou-se relatos da utilização deste coleóptero em 14 Unidades Federativas, acompanhados de mais de 20 variantes lexicais utilizadas para denominar a larva de P. nucleorum. Foi possível perceber uma larga distribuição territorial deste inseto pelo Brasil, no entanto percebeu-se certa escassez de dados etnoentomológicos quando analisadas as regiões Sudeste e Sul. A partir dos resultados encontrados, o uso deste inseto como recurso alimentar ou na medicina tradicional permite com que sua imagem como inseto-praga seja repensada.
Show more [+] Less [-]Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan. (Fabaceae) na arborização urbana de Monte Carmelo, MG: nova planta hospedeira para Merobruchus paquetae Kingsolver (Col.: Chrysomelidae, Bruchinae)
2022
Ana Tereza Hesse Bispo | Jaqueline da Silva Souza | Jardel Boscardin
A espécie Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan. (Fabaceae) é conhecida popularmente como angico-branco e está distribuída naturalmente em Minas Gerais. A espécie possui, entre outras utilidades, potencial para uso no paisagismo e na arborização urbana. Os insetos sitófagos, pertencentes a subfamília Bruchinae (Coleoptera: Chrysomelidae), ovipositam em vagens ou sementes de espécies, onde as larvas danificam as sementes ao se alimentarem, podendo interferir na sua germinação. Assim, o presente estudo objetivou identificar a espécie de inseto sitófago em A. colubrina, componente da arborização urbana do município de Monte Carmelo, Minas Gerais (18º44'09''S e 47º29'58''O). Para tanto, em abril de 2018 foram coletadas 100 vagens maduras de duas árvores de angico-branco. Os frutos coletados foram levados ao laboratório e acondicionados em recipientes vedados com tecido do tipo “voil”. Após o período de 30 dias, verificou-se a emergência de oito insetos adultos das vagens. Os insetos foram identificados como Merobruchus paquetae Kingsolver, 1980 (Coleoptera, Chrysomelidae, Bruchinae). Observou-se o consumo de todo o endosperma das sementes pelos insetos e a presença de orifícios de emergência dos adultos nas vagens. Conclui-se que M. paquetae possui A. colubrina, utilizada na arborização urbana, como nova planta hospedeira.
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