Com o objetivo de estudar o efeito da luz, de óleos vegetais e de cultivares de caupi na infestação do caruncho (Callosobruchus maculatus (Fabr., 1775) em caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.), conduziu-se dois experimentos no Laboratório de Entomologia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, Campus III, no período de julho a dezembro de 1996. No primeiro experimento, avaliou-se o efeito dos regimes de iluminação: escuro total, claro total e escuro parcial (50% de luz). No segundo experimento, foi estudado o efeito de óleos vegetais, sendo empregados os seguintes tratamentos: óleo de milho refinado, óleo puro de girassol, óleo refinado de soja, azeite português genuíno e uma testemunha. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco repetições, no primeiro experimento, e quatro repetições no segundo. Para efeito comparativo, foi observado o número de ovos e orifícios em 50 sementes. Constatou-se que não há influência dos diferentes níveis de luz na oviposição e na emergência do caruncho em caupi, quanto às cultivares Emepa 1e Sempre Verde. Os óleos vegetais foram bastante eficientes no controle do inseto. O óleo de girassol foi limitante para a emergência do inseto na cultivar Emepa 1, enquanto o óleo de soja foi o mais eficiente em limitar a oviposição do caruncho em ambas as cultivares.

Com o objetivo de ajustar algumas características físico-químicas da água de irrigação através de regressão linear levando-se em consideração a localidade e a origem das águas, 500 amostras de águas da Chapada do Apodi e 100 do Baixo Açu, Rio Grande do Norte, pertencentes ao banco de dados da Escola Superior de Agricultura de Mossoró, foram analisadas através de regressão linear. Através das análises de regressão feitas para as duas regiões, verificou-se que, para uma mesma relação, a equação e o coeficiente de determinação mudam significativamente de acordo com a região e a origem das águas, sendo que as águas da região do Baixo Açu apresentaram melhores ajustes, quando comparadas com as da região da Chapada do Apodi.

Frutos de acerola colhidos no estádio maduro, de pomares da Mossoró Agro-Industial S.A. (MAISA), foram congelados em câmara fria a -17ºC por 48 horas e em túnel de refrigeração a -72ºC por 5 min, em seguida armazenados a -10ºC, durante 36 dias. A cada 9 dias, realizou-se análises determinando-se vitamina C, escorrimento de líquido, ATT, pH, SST e SST/ATT. Houve redução no teor de vitamina C de 21,44% e de 27,05%, respectivamente, quando o congelamento foi realizado no túnel e na câmara. A perda de líquido nos frutos congelados em câmara foi três vezes mais elevada do que nos congelados em túnel. Não houve variações nos valores de ATT, pH, SST e SST/ ATT, em função dos métodos de congelamento.

Em virtude dos constantes problemas provocados pela utilização de águas de má qualidade, tanto no solo como nas culturas, e tendo em mãos os resultados analíticos de amostras de água que são enviadas pelos produtores da região de atendimento do Laboratório de Análises de Água e Fertilidade do Solo, Escola Superior de Agricultura de Mossoró, Mossoró-RN, objetivou-se neste trabalho avaliar a qualidade da água disponível para irrigação nesta região, visando com isso alertar os produtores quanto às perdas de produção que podem ocorrer quando da utilização de água de qualidade duvidosa. Efetuou-se o cadastramento dos boletins emitidos por aquele laboratório no período de 1990 a 1995, perfazendo um total de 1077 análises. Através da manipulação do banco de dados, foi possível analisar estatisticamente os resultados dos boletins. Os resultados mostraram que 36,59% são águas pertencentes às categorias C1S1, C2S1 e C2S2, consideradas de boa qualidade, 52,73% são classificadas como C3S1, C3S2, C4S1 e C4S2, que podem ser usadas para irrigação, dependendo do tipo de solo e cultura, e apenas 10,68% pertencem às classes C3S3, C3S4, C2S3, C2S4, C4S3 e C4S4. Apenas 5,66% provocam problemas de infiltração e 60% apresentam risco crescente de toxicidade pelo cloro e pelo sódio. Com relação ao pH, 84,40% das águas estudadas têm valores considerados normais e apenas 0,84% apresentam problemas com bicarbonato. Verificou-se ainda que 20,98% e 0,56% apresentam grau elevado de restrição de uso, quando se fez a avaliação isolada e em conjunto, respectivamente, utilizando-se os valores referentes a condutividade elétrica, Na, Cl e HCO3.

A ocorrência de moscas-das-frutas é uma ameaça à exportação de frutas para alguns países. No município de Mossoró-RN concentram-se grandes áreas cultivadas com fruteiras tropicais, com destaque, dentre outras, para a manga, cujo destino é o mercado externo. Dada a escassez de informações sobre esta praga na fruticultura regional, o presente trabalho teve como objetivo verificar as espécies de moscas-das-frutas (Diptera, Tephritidae) ocorrentes na cultura da manga no citado município. Os dados foram obtidos em um pomar pertencente à Mossoró Agro-Industrial S. A. - MAISA, através de armadilhas do tipo MacPhail e de frutos colocados em quarentena. As armadilhas foram instaladas na copa das árvores, utilizando-se como atrativo proteína hidrolisada de milho. Semanalmente, coletava-se o material capturado e trocava-se o atrativo. Os frutos colhidos eram colocados sobre vermiculita por 24 dias. Neste período eram feitas três peneirações, espaçadas de oito dias. O material retido nas peneiras era colocado em gaiolas de filó. Durante o período compreendido entre agosto/1995 e julho/1996 foram capturados 45 exemplares de moscas-dasfrutas, predominando a espécie Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824). Apenas três insetos de Anastrepha foram capturados. Os frutos colhidos não estavam infestados por moscas-das-frutas. O pico populacional de C. capitata ocorreu no período de frutificação do mangueiral. Nos meses úmidos ocorreu uma fuga desta praga do pomar.

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