Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos. | O amido fermentado de mandioca (polvilho azedo), apesar da sua importância, ainda é obtido de maneira empírica, com uma fermentação prolongada e praticamente sem nenhum controle. A fermentação é do tipo submersa, normalmente com uma lâmina de 20 cm de água na superfície. As águas resultantes da fermentação do amido, descartadas ao final do processo, são ainda pouco estudadas, sendo até hoje consideradas como efluente poluidor, no entanto compostos ácidos, aromáticos, vitaminas e muitos outros podem ser formados pelas bactérias láticas e leveduras durante o processo fermentativo. Neste trabalho foram avaliadas as características químicas, microbiológicas e toxicológicas deste resíduo para contribuir para sua conversão em matéria-prima para outros produtos. A água residual da fermentação, em laboratório, do amido de mandioca proveniente de três regiões diferentes do Estado de Santa Catarina, e a água coletada em uma polvilharia apresentaram pH entre 3,0 e 3,7, índice de acidez de 21 a 68,0 mL de NaOH N por 100mL; 0,19 a 0,62 g de ácido lático por 100mL, respectivamente. A produtividade de 15,00 mg de ácido lático/g de amido representa uma porcentagem de bioconversão de apenas 1,5%. O teor de sólidos totais deste resíduo (1.700 a 6.000 mg/L) é muito baixo e também apresentou uma composição muito pobre. A contagem de bactéria lática ao final da fermentação variou de 5,27 a 7,84 log UFC/mL, ocorrendo em menor número nas fermentações com amido proveniente de Rio do Sul. Valores semelhantes foram encontrados para bactérias mesófilas totais (6,39 a 8,02 log UFC/mL) e bolores e leveduras (5,92 a 6,99 log UFC/mL), mas não diferiram entre as diferentes fermentações. Esta água apresentou baixa toxicidade aguda em camundongos (>5,0 g/Kg de peso) e sua ingestão por 28 dias em concentrações de 0, 25%, 50% e 100% durante 28 dias não causou alterações clínicas e hematológicas significativas nos animais. Mais estudos ainda são necessários para avaliar a utilização deste resíduo tanto para produção de ácidos orgânicos como para o desenvolvimento de produtos probióticos.

O 2,4 D apresenta moderada solubilidade em água, media solubilidade nos solos e portanto constitui um herbicida com potencial risco de contaminação das águas. De acordo com os padrões de qualidade da água, estabelecidos pelos Estados Unidos e Canada, a Concentração Máxima Tolerada de 2,4 D e de 100 ug/l. Com o objetivo de implantar um programa de monitoramento das águas das regiões de Ribeirão Preto, Serrana e Guaíra, foi desenvolvido um método de analise do 2,4 D em água utilizando a cromatografia em fase gasosa com detector por captura de elétrons. UM volume de 100 ml de água, hidrolisado durante 1 hora em meio alcalino, foi acidificado e extraido com três porcões de 5 ml de diclorometano. Após evaporação das fases orgânicas, o 2,4 D e padrão interno foram esterificados com HCl 0,5 N em metanol e extraídos com tolueno. A separação foi efetuada em coluna de vidro, recheada com 2% de SP 2110 e 1% de SP 2510 em Supelcoport, operando com 35 ml/min de nitrogênio ultra-puro. A recuperação do 2,4 D adicionado a amostras de água foi 66%. O limite de quantificação do método foi 0,4 ug/l com linearidade experimentada ate 8,0 ug/l. A repetibilidade do método, avaliada através da analise intra e inter ensaios do 2,4 D adicionado em amostras de água (0,5 e 1,5 ug/l) resultou em coeficientes de variação inferiores a 10%. Os dados apresentados são compatíveis com a proposição do método para o monitoramento de resíduos do 2,4 D na água.

Resumo: O Triclosan é um antimicrobiano de amplo espectro que apresenta atividades contra bactérias gram positivas, gram negativas, fungos e vírus, sendo utilizado em formulações de produtos de higiene pessoal como cremes dentais, xampus e sabonetes. Estudos demonstram sua presença em efluentes urbanos, industriais e relatam a detecção de resíduos em águas superficiais e sedimentos de ambientes dulcícolas. O objetivo deste estudo é avaliar o efeito de concentrações residuais do triclosan em lambaris de rabo amarelo (Astyanax altiparanae), por meio da resposta fisiológica, como sinais clínicos e mortalidade. Realizaram-se dois ensaios, o primeiro nas concentrações de 5mg/L, 10mg/L, 15mg/L, 25mg/L e dois controles. No segundo ensaio utilizaram-se as concentrações de 4mg/L, 3mg/L, 2mg/ L, 1mg/L, 0,5 mg/L e dois controles. Em ambos, cada peixe foi considerado como unidade amostral sendo três repetições. No primeiro ensaio, todos os peixes expostos ao triclosan morreram em 30 minutos. No segundo ensaio, os peixes apresentaram sinais clínicos de intoxicação e mortalidades entre 4h e 24h nas concentrações mais altas e, na concentração de 0,5 mg/L, permaneceram vivos por 96 h sem nenhuma alteração clínica. Dessa forma, estabeleceu-se o intervalo entre 1mg/L e 0,5mg/L como referência para os experimentos subletais. Os sinais clínicos observados foram neurológicos, como natação errática e rodopio, culminando na morte dos peixes; além de sinais clínicos de hemorragias, principalmente nas brânquias. Com os resultados obtidos conclui-se que os lambaris decorrentes da exposição aguda ao triclosan apresentaram a saúde comprometida com sinais clínicos de intoxicação e alta mortalidade. Palavras-chaves: Astyanax altiparanae, Antimicrobiano, Toxicologia aquática, Poluentes emergentes, Saúde animal, Saúde ambiental

A utilização intensiva e simultânea de agrotóxicos na agricultura ocasiona a exposição múltipla dos organismos a esses compostos, tornando necessária a avaliação da contaminação de misturas, principalmente, no ambiente aquático. Estudos de toxicidade de agrotóxicos são de suma importância para a comunidade como um todo, principalmente quando estes são realizados em águas, haja vista a possível escassez desse recurso. O objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade aguda dos herbicidas glifosato (Gly) e seu principal metabólito, ácido aminometilfosfônico (AMPA), ao microcrustáceo Daphnia similis.

Resumo: O Triclosan é um antimicrobiano de amplo espectro que apresenta atividades contra bactérias gram positivas, gram negativas, fungos e vírus, sendo utilizado em formulações de produtos de higiene pessoal como cremes dentais, xampus e sabonetes. Estudos demonstram sua presença em efluentes urbanos, industriais e relatam a detecção de resíduos em águas superficiais e sedimentos de ambientes dulcícolas. O objetivo deste estudo é avaliar o efeito de concentrações residuais do triclosan em lambaris de rabo amarelo (Astyanax altiparanae), por meio da resposta fisiológica, como sinais clínicos e mortalidade. Realizaram-se dois ensaios, o primeiro nas concentrações de 5mg/L, 10mg/L, 15mg/L, 25mg/L e dois controles. No segundo ensaio utilizaram-se as concentrações de 4mg/L, 3mg/L, 2mg/ L, 1mg/L, 0,5 mg/L e dois controles. Em ambos, cada peixe foi considerado como unidade amostral sendo três repetições. No primeiro ensaio, todos os peixes expostos ao triclosan morreram em 30 minutos. No segundo ensaio, os peixes apresentaram sinais clínicos de intoxicação e mortalidades entre 4h e 24h nas concentrações mais altas e, na concentração de 0,5 mg/L, permaneceram vivos por 96 h sem nenhuma alteração clínica. Dessa forma, estabeleceu-se o intervalo entre 1mg/L e 0,5mg/L como referência para os experimentos subletais. Os sinais clínicos observados foram neurológicos, como natação errática e rodopio, culminando na morte dos peixes; além de sinais clínicos de hemorragias, principalmente nas brânquias. Com os resultados obtidos conclui-se que os lambaris decorrentes da exposição aguda ao triclosan apresentaram a saúde comprometida com sinais clínicos de intoxicação e alta mortalidade. Palavras-chaves: Astyanax altiparanae, Antimicrobiano, Toxicologia aquática, Poluentes emergentes, Saúde animal, Saúde ambiental

Se realizo una crianza artificial estandarizada del caracol de agua dulce Physa venustula Gould para estudios ecotoxicologicos de plaguicidas. Los bioensayos se estandarizaron con el protocolo de crianza con cuatro camadas de P. venustula, alimentadas con una solucion de Cereal Leaves y hojuelas de pescado y Chlorella vulgaris en nuestro laboratorio. La oviposicion siguio un patron descendente a traves del tiempo. La eclosion de los huevos fue de 7 a 14 d bajo condiciones experimentales. El promedio de huevos por capsula fue de 12,04 + - 10,66 (rango = 1 a 45) y el porcentaje promedio de fecundidad fue de 65,22%. En los caracoles que produjeron mas masas, estas contuvieron menor numero promedio de huevos. El alimento Cereal Leaves demostro ser una dieta mas completa para el caracol dulceacuicola P. venustula comparado con la microalga Chlorella vulgaris. Se describen las caracteristicas morfologicas de los huevos y el comportamiento de las formas juveniles. El rotifero Philodina acutiformis se comporto como un agente biologico contaminante que no permitio el desarrollo normal de los huevos en los cultivos. El protocolo de ensayo ecotoxicologico empleando P. venustula presenta las siguientes ventajas: amplia distribucion en el neotropico, confiabilidad, repetibilidad, alta sensibilidad en comparacion a otros caracoles y corta duracion del ensayo