Alterações histopatológicas em fígado de dourado <em>Salminus maxillosus</em> Valenciennes, 1840 (Osteichthyes, Characidae) causadas por <em>Neocucullanus neocucullanus</em> Travassos, Artigas & Pereira 1828 (Nematoda)
2008
Edson de Lara Rodrigues | Maria José Tavares Ranzani-Paiva | Antenor Aguiar Santos
portugais. Foram capturados 293 exemplares de Salminus maxillosus Valenciennes, 1840, (Osteichthyes, Characidae) no rio Mogi-Guaçu, Cachoeira de Emas, de agosto de 1996 a dezembro de 1997. Amostras de fígado de 45 exemplares que apresentaram parasitos, Neocucullanus neocullanus Travassos, Artigas e Pereira, 1928 (prevalência de 15,35%), foram fixadas em Bouin e processadas para inclusão em parafina. Cortes de 5 µm foram corados por HE, Tricrômico de Mallory e submetidos ao PAS contracorados com Hematoxilina. Macroscopicamente nos fígados que se apresentavam parasitados, havia infecção nas regiões centrais e periféricas, algumas vezes com perfuração do estroma do órgão, permitindo visão do cisto externamente. Microscopicamente e circunscrito à região da instalação do parasito, encontrou-se desorganização intensa do tecido, com células típicas de processo inflamatório ativo e de uma discreta deposição de fibrina ao redor do foco inflamatório. Justaposto ao parasito há a cápsula delgada constituída por fibroblastos e fibras colágenas. A presença de leucócitos e o encapsulamento do parasito demonstram um processo inflamatório agudo.
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