Níveis de lisina e metionina protegidas na ração de borregas: parâmetros nutricionais e metabólitos proteicos

O objetivo deste trabalho foi avaliar a inclusão de níveis de lisina e metionina protegidos, sobre os parâmetros nutricionais e metabólitos proteicos de borregas em crescimento. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental Capim Branco, da Universidade Federal de Uberlândia, durante os meses de setembro e outubro de 2016. Utilizou-se cinco borregas ½ sangue Dorper x ½ Santa Inês, com aproximadamente oito meses de idade e peso médio de 50±5 kg, distribuídas em esquema quadrado latino 5x5 (cinco tratamentos e cinco repetições). Os tratamentos consistiram na inclusão de diferentes níveis de lisina e metionina protegidos da degradação ruminal (MicroPEARLS LM®) na ração, sendo: 0g, 8g, 16g, 24g e 32g. A dieta era composta por silagem de milho e concentrado na relação 30V:70C. O experimento foi divido em cinco fases. Cada fase teve duração de quinze dias (dez dias de adaptação dos animais e cinco de coleta de dados). Os animais foram mantidos em gaiola metabólicas individuais. Realizou-se um ensaio de digestibilidade para determinar o consumo e digestibilidade aparente da matéria seca (CMS/DGMS), balanço de nitrogênio e metabólitos proteicos. O CMS (kg dia -1) e em relação ao peso metabólico apresentaram equação linear positiva, assim como o nitrogênio ingerido e balanço de nitrogênio, sendo positivo em todos tratamentos. Não houve diferença (P > 0,05) para digestibilidade da MS. As concentrações de proteína bruta e ureia mantiveram-se acima do recomendado, enquanto creatinina, manteve-se abaixo. A inclusão de aminoácidos protegidos até 32g aumenta o CMS e excreção de nitrogênio urinário, sem afetar negativamente a digestibilidade. O metabolismo proteico foi alterado, sem causar danos ao desempenho dos animais.