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Análise da Distribuição dos Financiamentos Rurais entre os Estabelecimentos Agropecuários Brasileiros
2015
Paulo Marcelo de Souza | Marlon Gomes Ney | Niraldo José Ponciano
Resumo:Com a pesquisa, buscou-se analisar a distribuição do uso de financiamentos entre os estabelecimentos, considerando tais critérios: número de estabelecimentos e participação no valor da produção. Para analisar essa distribuição foram calculados o percentual dos financiamentos utilizados pelos 50% menores e pelos cinco e 10% maiores estabelecimentos, o valor médio financiado e o índice de concentração. Os resultados permitiram concluir que a distribuição dos financiamentos entre os estabelecimentos agropecuários é concentrada, mas tende a refletir as diferenças desses estabelecimentos quanto à sua contribuição para o valor da produção. Tal constatação decorre dos efeitos dos financiamentos do Pronaf, que favorecem os estabelecimentos dos estratos inferiores de área. Na ausência desse programa, a distribuição dos programas governamentais de crédito seria bem mais concentrada. Porém, as mudanças nas regras de operacionalização desse programa, que favorecem agricultores mais capitalizados e as regiões onde predominam, vêm, provavelmente, reduzindo esse efeito.
Afficher plus [+] Moins [-]Impactos Econômicos do Código Florestal Brasileiro: uma discussão à luz de um modelo computável de equilíbrio geral
2015
Tiago Diniz | Joaquim Bento Ferreira Filho
Resumo:O trabalho analisa os impactos econômicos decorrentes da aplicação do Código Florestal, na sua nova versão e na anterior, sobre o Brasil e suas regiões. Para tanto, foram analisados três cenários distintos de aplicação do código por meio de um modelo de equilíbrio geral inter-regional, o TERM-BR, a partir do qual se podem obter os resultados a nível nacional e regional. Os dados básicos foram obtidos por meio de estudos realizados via imagens de satélite e compatibilizados com as informações de uso do solo provenientes do Censo Agropecuário de 2006. As conclusões mostraram que as restrições mais brandas da nova legislação, de fato, desdobram-se em menores impactos econômicos. Com o novo Código Florestal, a adequação às restrições legais implicaria redução de 0,19% do PIB do País ou de 0,17%, quando utilizado o mecanismo de compensar o déficit de Reserva Legal em outro estado. Na versão anterior do código, por sua vez, esse percentual seria de 0,37% do PIB. Esses resultados agregados, contudo, têm diferenças significativas quando analisados entre as regiões do Brasil, uma vez que, regionalmente, as incidências legais são distintas em cada um dos cenários.
Afficher plus [+] Moins [-]Estudo Sobre a Decomposição dos Determinantes da Variação da Pobreza nos Estados Brasileiros no Período 2001 a 2012
2015
Janaina Cabral da Silva | Jair Andrade Araujo
Resumo: Fundamentando-se nas teorias que procuram relacionar pobreza, desigualdade, crescimento econômico e bem-estar, o objetivo central deste estudo é decompor a variação da pobreza, baseando-se nos seguintes fatores: efeito tendência, efeito crescimento, efeito desigualdade e efeito residual em relação aos estados brasileiros, entre 2001 e 2012. Para tanto, parte-se da estimação de um modelo estatístico com dados em painel, com utilização das seguintes variáveis: pobreza, renda familiar per capita e o índice de Gini, extraídas da PNAD. Em relação ao modelo adotado, é válido destacar que o efeito tendência é uma distinção, uma vez que não foi ainda utilizada em decomposições para área rural, mas apenas para zona urbana. Quanto ao aspecto relativo à redução de pobreza, os resultados encontrados indicam que, na maior parte dos estados, o efeito crescimento se sobressaiu em relação aos demais no período analisado. Não obstante, o efeito distribuição também teve sua importância nesse processo, seguido do efeito tendência. Porém, o efeito residual foi de pouca relevância.
Afficher plus [+] Moins [-]Análises Quase-experimentais Sobre o Impacto das Cooperativas de Crédito Rural Solidário no PIB Municipal da Agropecuária
2015
Amanda Massaneira de Souza Schuntzemberger | Elidecir Rodrigues Jacques | Flávio de Oliveira Gonçalves | Armando Vaz Sampaio
Resumo: No meio rural brasileiro, muitos municípios ainda não possuem agências bancárias, e as cooperativas de crédito surgem como instituições alternativas no fornecimento de crédito, distinguindo-se dos bancos por sua importância para o desenvolvimento local. Este artigo busca medir o impacto da implantação de cooperativas de crédito rural solidário nos municípios brasileiros sobre o PIB per capita da agropecuária (valor adicionado), usando dois métodos quase-experimentais para dar robustez às conclusões sobre o impacto. Verifica-se uma relação causal positiva pelo método de Diferenças-em-Diferenças com pareamento por escore de propensão, indicando um impacto médio da presença de cooperativas de crédito rural solidário sobre o PIB per capita da agropecuária em 2010 de R$ 987,66, significativo a 5%. Coeficientes positivos para a variável de tratamento também foram verificados nas regressões por MQO ponderadas pelos escores de propensão, sendo o PIB per capita da agropecuária cerca de 20% maior para os municípios que constituíram cooperativas de crédito rural solidário entre 2008 e 2009. Esses resultados evidenciam a importância de criar cooperativas de crédito rural solidário para as áreas rurais dos municípios brasileiros, principalmente naqueles que ainda não possuem, uma vez que o papel dessas cooperativas vem sendo desempenhado de forma a contribuir para o crescimento local.
Afficher plus [+] Moins [-]O Programa Brasileiro de Biodiesel e o Risco Associado ao Preço da Mamona em Irecê, Bahia
2015
Marcelo Dias Paes Ferreira | Lindomar Pegorini Daniel | João Eustáquio de Lima
Resumo: O presente estudo buscou verificar se os preços da mamona no estado da Bahia estão sujeitos à instabilidade estrutural e se a implementação do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) elevou tal instabilidade. Foram utilizados modelos TGARCH e EGARCH de heterocedasticidade condicional para medir a instabilidade estrutural dos preços da mamona e o efeito do PNPB sobre a volatilidade dos preços. Os resultados indicam que os preços de mamona na Bahia são instáveis, que aumentos nos preços elevam a instabilidade e que o PNPB aumentou o risco de preço no estado. Dada a aversão ao risco por parte dos produtores, a implementação do PNPB tornou a atividade menos atrativa, o que pode ter contribuído para a baixa relevância da mamona dentro do programa.
Afficher plus [+] Moins [-]Quebras Estruturais Sistêmicas e Efeito Threshold na Dinâmica dos Preços do Boi Gordo: o caso das regiões Sudeste e Centro-Oeste
2015
Thiago Costa Soares | Luckas Sabioni Lopes
Resumo:Este estudo objetivou analisar os possíveis efeitos de quebras estruturais sobre a integração de preços e os custos de transação nos mercados de boi gordo das regiões Sudeste e Centro-Oeste do País, utilizando dados mensais para os anos entre 1980 e 2012. A amostra foi dividida em diferentes períodos de acordo com um teste de quebras múltiplas que ocorrem em datas comuns a todas as séries de preços nesses estados. Em seguida, estimou-se o modelo de cointegração comthreshold, M-TAR, para controlar os efeitos da assimetria no ajustamento dentro de cada subamostra. Pelos resultados obtidos, foram identificadas duas importantes quebras estruturais: a primeira, relacionada ao período hiperinflacionário, e a segunda, à crise internacional de 2007/2008. Essas quebras são determinantes para o entendimento da dinâmica conjunta das séries. Percebeu-se, por exemplo, que os custos de transação foram maiores no período hiperinflacionário, muito embora houvesse cointegração nesta conjuntura. Na última subamostra, de instabilidade externa, a hipótese de relação estável em longo prazo foi rejeitada, não obstante com baixos custos de transação. Ressalta-se, assim, a necessidade de se considerar a possibilidade de quebras estruturais em análises de integração de preços da commodity em questão.
Afficher plus [+] Moins [-]Estimation of the agricultural probability of loss: evidence for soybean in Paraná state
2014
Vitor Augusto Ozaki | Ricardo Olinda | Priscila Neves Faria | Rogério Costa Campos
In any agricultural insurance program, the accurate quantification of the probability of the loss has great importance. In order to estimate this quantity, it is necessary to assume some parametric probability distribution. The objective of this work is to estimate the probability of loss using the theory of the extreme values modeling the left tail of the distribution. After that, the estimated values will be compared to the values estimated under the normality assumption. Finally, we discuss the implications of assuming a symmetrical distribution instead of a more flexible family of distributions when estimating the probability of loss and pricing the insurance contracts. Results show that, for the selected regions, the probability distributions present a relative degree of skewness. As a consequence, the probability of loss is quite different from those estimated supposing the Normal distribution, commonly used by Brazilian insurers.
Afficher plus [+] Moins [-]Caracterização da pluriatividade e dos plurirrendimentos da agricultura brasileira a partir do Censo Agropecuário 2006
2014
Fabiano Escher | Sergio Schneider | Luciana Maria Scarton | Marcelo Antonio Conterato
O artigo trata do fenômeno da pluriatividade na agricultura brasileira, referente à diversificação das atividades econômicas e laborais exercidas no meio rural, e dos plurirrendimentos, referentes à diversificação das fontes de renda acessadas pelos agricultores e suas famílias. Com base nos dados do Censo Agropecuário 2006, realiza-se uma análise para o Brasil e as regiões Sul e Nordeste do País, buscando comparar os assim denominados "estabelecimentos pluriativos" pertencentes às categorias agricultura familiar e agricultura não familiar. O trabalho identifica e quantifica esses estabelecimentos; caracteriza-os segundo o tipo de pluriatividade e a relação de trabalho do pessoal ocupado; e identifica as suas distintas fontes de receitas, mensurando a importância de cada uma na formação da receita total. A constatação empírica de um percentual maior de estabelecimentos de agricultura não familiar classificados como pluriativos (51,9%) do que na própria agricultura familiar (34,1%) levou a uma intrigante questão teórica, já que a quase totalidade dos estudos sobre pluriatividade no Brasil sempre considerou o fenômeno como uma especificidade da agricultura familiar. Embora essa questão seja apenas brevemente discutida no artigo, o resultado mais significativo é que deve haver uma importante parcela dos agricultores familiares que, justamente por serem pluriativos, encontram-se inadequadamente classificados como agricultores não familiares e, portanto, excluídos das estatísticas oficiais e, possivelmente, das próprias políticas públicas voltadas à agricultura familiar.
Afficher plus [+] Moins [-]Expansão da área agrícola e produtividade das culturas no Brasil: testando hipóteses da legislação californiana de biocombustíveis
2014
Elaine Correa Daubermann | Lucas Squarize Chagas | Angelo Costa Gurgel | Sérgio Naruhiko Sakurai
O presente estudo investiga a hipótese de que a conversão de áreas de florestas e pastagens em áreas agrícolas no Brasil reduz a produtividade das mesmas em 50%. Essa hipótese vem sendo utilizada pelo Air Resource Board da Califórnia para estimar as emissões de gases de efeito estufa associados a mudanças indiretas no uso da terra provenientes da expansão da produção de biocombustíveis. Com base em testes econométricos, os resultados apresentados pela maioria dos modelos sugerem não ocorrer queda da produtividade quando da expansão da área de culturas no País, ou, quando ocorrem, são pouco expressivas, sinalizando, portanto, a necessidade de revisão e correção dos parâmetros da política californiana de combustíveis de baixas emissões.
Afficher plus [+] Moins [-]Revisitando o Pronaf: velhos questionamentos, novas interpretações
2014
Catia Grisa | Valdermar João Wesz Junior | Vitor Duarte Buchweitz
Este artigo visa realizar uma atualização do desempenho do Pronaf no Brasil, aprofundando a discussão sobre o público beneficiário e as atividades financiadas. Para tanto, utiliza-se como principal fonte o Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil (1999 a 2012), complementando-o com informações da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), principalmente para os anos de 1996 a 1998. Os resultados apontam que, por um lado, o Pronaf mantém uma concentração de contratos e de recursos nos agricultores familiares mais capitalizados, produtores de commodities (principalmente milho, soja e café) e localizados na região Sul, Sudeste e Centro-Oeste, reforçando o seu forte viés produtivista. Mas, ao analisar espacialmente os dados, percebe-se o financiamento de uma variedade de cultivos nas diferentes regiões brasileiras. Em ternos regionais, a ampliação dos recursos e contratos totais tem sido superior nas regiões Nordeste e Norte. Apesar disso, ainda são públicos e regiões que, em termos absolutos, mantêm-se minoritárias no acesso ao Pronaf, apesar de concentraram a maior parte da agricultura familiar brasileira.
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