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Qual "fortalecimento" da agricultura familiar?: uma análise do Pronaf crédito de custeio e investimento no Rio Grande do Sul
2013
Marcio Gazolla | Sergio Schneider
Este artigo tem o objetivo de estudar o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) nas suas linhas de crédito para custeio e investimento, com o intuito de investigar suas relações e interfaces com a agricultura familiar, utilizando-se de um estudo no Rio Grande do Sul (microrregião do Médio Alto Uruguai). A pergunta a ser respondia é: qual o tipo de fortalecimento que o Pronaf gera junto aos agricultores familiares? Para isso, se usa como base uma metodologia qualitativa, com a utilização de entrevistas semiestruturadas e se apoia nas argumentações com dados secundários de diversas fontes e pesquisas. Conclui-se que o Programa tem lógica dupla. De um lado, ele está financiando as atividades de produção habituais dos agricultores, como grãos e commodities agrícolas. De outro, há um processo de diversificação econômica das atividades produtivas, das pequenas criações, cultivos e de alimentos básicos ao consumo das famílias.
Afficher plus [+] Moins [-]Certificação de produtos orgânicos: obstáculos à implantação de um sistema participativo de garantia na Andaluzia, Espanha
2012
Nádia Velleda Caldas | Flávio Sacco dos Anjos | Antônio Jorge Amaral Bezerra | Encarnación Aguilar Criado
O trabalho analisa o processo de organização de produtores orgânicos da Andaluzia que estiveram envolvidos em uma tentativa de implantação de um sistema participativo de garantia. Esta iniciativa foi liderada pela administração dessa comunidade autônoma espanhola entre 2006 e 2008. O estudo baseia-se em entrevistas realizadas com atores sociais que estiveram implicados nesse processo, identificando os obstáculos políticos e organizativos que impediram que essa proposta pudesse avançar.
Afficher plus [+] Moins [-]Importância das cooperativas de crédito para fornecedores de cana-de-açúcar: um estudo de caso
2012
Carlos Andrés Oñate | Roberto Arruda de Souza Lima
No presente trabalho analisa-se a importância das cooperativas no mercado de crédito rural do Brasil, com foco na visão de quem demanda empréstimos. Para tanto, realizou-se um estudo de caso referente à Cooperativa de Crédito Rural dos Fornecedores de Cana e Agropecuaristas da Região de Piracicaba (Cocrefocapi). O objetivo principal é mostrar a importância da Cocrefocapi no financiamento dos fornecedores de cana de Piracicaba, a partir da análise da influência de vários fatores presentes na decisão dos cooperados em escolher esta instituição como principal financiadora. Assim, foram elaborados e testados dois modelos econométricos de resposta qualitativa, além de várias análises descritivas. Os resultados mostram que o tamanho da terra é um fator que deve ser considerado ao se analisar a demanda por crédito agrícola. Além disso, não existe evidência econométrica que mostre que os associados com maior participação no capital institucional da Cocrefocapi tenham maiores incentivos para tomar empréstimos junto à cooperativa. Por outro lado, embora os fornecedores que tomaram empréstimos na Cocrefocapi a tenham escolhido principalmente por menores custos de transação, os resultados indicam que muitas destas pessoas tomaram empréstimos em outras instituições, pois, além de produzirem cana, conduzem outras atividades econômicas que não são financiadas pela Cocrefocapi.
Afficher plus [+] Moins [-]A competitividade do regadio de Alqueva em Portugal: o caso do bloco de rega do Monte Novo
2012
Maria José Palma Lampreia dos Santos | Rui Manuel de Sousa Fragoso | Pedro Damião de Sousa Henriques | Maria Leonor da Silva Carvalho
O objectivo deste estudo é avaliar a competitividade do regadio de Alqueva no Sul de Portugal na região Alentejo. O estudo foi realizado com base em três grupos de explorações agrícolas representativas seleccionadas de uma amostra de explorações agrícolas do bloco de rega do Monte Novo. Para cada uma delas, foi desenvolvido um modelo de programação matemática multi-período adaptado às suas características específicas. Os principais resultados permitem concluir que a Política Agrícola Comum e a Directiva Quadro da Água condicionam a competitividade do regadio nesta região. No entanto, a adopção de novas tecnologias de produção permitirá contrariar esses efeitos negativos e assegurar a competitividade futura do regadio.
Afficher plus [+] Moins [-]Os efeitos da carga tributária indireta e das políticas públicas agrícolas sobre os preços dos alimentos em Porto Alegre (RS), Brasil
2012
Sibele Vasconcelos de Oliveira
No Brasil, a vasta experiência e aptidão para os agronegócios geram reflexões sobre as implicações das políticas agrícolas e fiscais sobre a formação de preços dos alimentos e, por conseguinte, sobre a segurança alimentar. Destarte, o presente estudo visa avaliar o impacto da Política de Garantia de Preço Mínimos Agrícolas, do crédito rural e da carga tributária indireta sobre os preços dos principais alimentos da cesta básica de Porto Alegre (RS), Brasil. Para tanto, as estatísticas descritiva e inferencial foram empregadas na identificação de relações de causalidade entre as variáveis no período de janeiro/2005 a abril/2011. Observou-se que as regressões lineares múltiplas demonstraram significância estatística, com exceção das estimadas para os preços do café e farinha de trigo. Ainda, a oferta dos produtos amostrados tende a ser elástica, considerando-se o relacionamento positivo entre preços dos alimentos e as proxies dos subsídios públicos agrícolas. Percebeu-se que variações na carga tributária indireta implicam em variações no mesmo sentido no preço do arroz, feijão, leite, óleo e pão. Por fim, considerando-se o grau moderado de associação linear entre as variáveis explanatórias e os preços dos alimentos, sugere-se que variações nestes podem ser também explicadas por fatores relacionados ao processo produtivo e concorrencial.
Afficher plus [+] Moins [-]Uma análise da gestão de risco de preço por parte dos produtores de café arábica no Brasil
2012
Rodrigo Lanna Franco da Silveira | José César Cruz Júnior | Maria Sylvia Macchione Saes
Os mercados futuros possuem uso restrito entre os cafeicultores brasileiros, o que, de certa maneira, não condiz com as altas razões ótimas de hedge obtidas nos modelos de mínima variância. Os motivos para esta baixa utilização estão associados às características do produtor e de seu negócio, preferências em relação ao modelo de administração de risco da atividade e questões comportamentais. Diante disso, o presente estudo buscou verificar quais fatores interferem na decisão de uso destes derivativos entre os cafeicultores brasileiros. Em uma primeira etapa, foram calculadas razões ótimas de hedge, de acordo com Myers e Thompson (1989), para os mercados da BM&FBOVESPA e ICE Futures. Tais razões apresentaram valores superiores a 50%. Em uma segunda etapa, a partir da aplicação de 373 questionários, observou-se que 12,9% da amostra declara conhecer e utilizar futuros, sendo que, na média, a razão de hedge adotada esteve abaixo de 50%. Em uma terceira etapa, a partir de um modelo logit, concluiu-se que os fatores que influenciaram o uso dos contratos foram grau de aversão ao risco de preço, tamanho da produção, nível de conhecimento sobre derivativos e dimensão pela qual se entende que tais instrumentos levam à maior estabilidade da receita da atividade.
Afficher plus [+] Moins [-]Mudança tecnológica na agricultura: uma revisão crítica da literatura e o papel das economias de aprendizado
2012
José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho | José Maria Ferreira Jardim da Silveira
O presente estudo faz uma revisão crítica da literatura sobre a mudança tecnológica na agricultura e uma breve descrição da abordagem alternativa do crescimento agrícola. Na literatura tradicional, apresentam-se a difusão tecnológica, o dualismo produtivo e a inovação induzida. Na visão dinâmica, mostra-se a abordagem alternativa do crescimento agrícola, bem como a importância das inovações e da capacidade de absorção de conhecimentos. A grande limitação dos estudos tradicionais, ao abordarem o crescimento agrícola, é a ausência de explicações da busca tecnológica e do processo de aprendizado. A compreensão do setor agrícola deve identificar que nem todo o desenvolvimento tecnológico e geração de novos conhecimentos estão cristalizados nos insumos produtivos. A agricultura não funciona por meio de agentes receptores passivos de tecnologias. O processo de inovação na agricultura é estruturado dentro de complexos arranjos produtivos e de instituições (públicas e privadas) promotoras do conhecimento. Os investimentos e as atividades de experimentação são exercidos dentro da unidade produtiva, gerando maior estoque de conhecimento e ampla capacidade de absorção, além de estimular a apropriação privada dos ganhos produtivos.
Afficher plus [+] Moins [-]Influência das condições ambientais e ação antrópica sobre a eficiência produtiva agropecuária em Minas Gerais
2012
Samuel Alex Coelho Campos | Alexandre Bragança Coelho | Adriano Provezano Gomes
A produção agropecuária causa impactos sobre o meio ambiente e este também influencia a agropecuária. Apesar da importância do meio ambiente, a forma de produção atual é apontada como não sustentável e depreciativa. Neste sentido, buscou-se avaliar a importância dos recursos naturais sobre a produção agropecuária em Minas Gerais e das ações humanas de conservação do meio ambiente. Foi utilizada a Análise Envoltória de Dados e, posteriormente, a regressão quantílica, tendo como fonte de dados o Censo Agropecuário 2006 para os municípios mineiros. Os resultados demonstram a importância significativa das práticas agropecuárias sobre a produção agropecuária dos municípios. As variáveis "Plantio em Nível" e "Terraços" apresentaram a maior importância, sendo estas estatisticamente diferentes entre os quantis. Este resultado pode ser atribuído ao relevo mineiro e à concentração de municípios em regiões de relevo acidentado.
Afficher plus [+] Moins [-]Entre o declínio e a reinvenção: atualidade das funções do sistema público atacadista de alimentos no Brasil
2012
Altivo Roberto Andrade de Almeida Cunha | Walter Belik
Este artigo apresenta evidências das mudanças que estão se processando no aparato atacadista público de alimentos no Brasil abordando a evolução, as características atuais e as funções da estrutura atacadista do sistema brasileiro de abastecimento. O texto aborda algumas considerações sobre o contexto histórico vivido no momento de criação do Sistema Nacional de Abastecimento (Sinac) nos anos 70 e a emergência de novos modelos para os mercados atacadistas a partir dos anos 80. É realizada uma análise com base na observação dos dados coletados junto a 29 centrais de abastecimento públicas brasileiras em 2009 com informações sobre origem e destino dos hortigranjeiros comercializados nesses entrepostos a partir de uma amostra significativa. Os padrões sistêmicos podem ser observados através de dois aspectos: o desempenho da atividade econômica dos principais entrepostos atacadistas brasileiros e as funções remanescentes de reunião e distribuição da produção local e regional. Pretendemos demonstrar que o grupo de centrais públicas de abastecimento é bastante heterogêneo e que, de maneira geral, a dinâmica do seu crescimento é estabelecida “de fora para dentro”, sendo que muitos destes equipamentos não mais exercem papéis centrais como executores de políticas públicas voltadas para o abastecimento.
Afficher plus [+] Moins [-]Exportações brasileiras de suco de laranja e subsídios americanos: uma análise empírica de estratégias comerciais (1991-2006)
2012
Cássia Kely Favoretto Costa | Sinézio Fernandes Maia | Luciano Menezes Bezerra Sampaio
O Brasil e os Estados Unidos são considerados os principais participantes no mercado mundial do suco de laranja. Os subsídios americanos afetam as exportações brasileiras de suco de laranja concentrado e congelado (SLCC) e a participação do País no mercado mundial de tal produto; neste sentido, objetiva-se analisar a influência dos subsídios agrícolas americanos sobre as exportações do SLCC, no período entre 1991 e 2006. O modelo teórico parase estudar o comércio internacional foi proposto por Brander e Spencer (1985); Brander (1995) e Spencer e Brander (2007), com enfoque de competição imperfeita incorporando a intervenção governamental. Na abordagem empírica, realizou-se uma junção de modelos de séries temporais e de teoria dos jogos, como instrumentos para avaliar o efeito dos subsídios sobre as exportações do suco de laranja. Concluiu-se que a proteção americana prejudicou a capacidade exportadora do Brasil no período examinado. Como conclusão, reforça-se a participação ativa do Brasil na defesa da liberalização do comércio agrícola, para o seu acesso ao setor protegido e também para a conquista de novos parceiros comerciais.
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