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Associação de formigas e abelhas-sem-ferrão com Aetalion reticulatum (L.) (Hemiptera: Aethalionidae) em plantio de açaizeiro-de-touceira
2021
Rodrigo Souza Santos | Elisandro Nascimento da Silva
O açaizeiro, Euterpe oleracea Martius (Arecaceae), abriga vasta entomofauna, cujas espécies podem ser prejudiciais ou benéficas à planta, utilizando-a como sítio alimentar ou área de refúgio. Assim, esta entomofauna se inter-relaciona e firma relações ecológicas dinâmicas que podem afetar positiva ou negativamente as espécies envolvidas. Este trabalho reporta a associação entre as abelhas-sem-ferrão Trigona amazonensis Duke, Oxytrigona cfr. mellicolor (Hymenoptera: Apidae) e a formiga Camponotus sp. (Hymenoptera: Formicidae) com a cigarrinha-das-frutíferas, Aetalion reticulatum (L.) (Hemiptera: Aethalionidae) em plantio de açaizeiro-de-touceira cv. BRS-Pará localizado no município de Rio Branco, AC. Foi verificado que as três espécies coletam o honeydew secretado por A. reticulatum e protegem as colônias das cigarrinhas da aproximação de outros insetos. Ademais, foi verificado que as três espécies não compartilham o mesmo sítio alimentar, devido ao agressivo comportamento territorial apresentado pelas mesmas.
Afficher plus [+] Moins [-]Muscidae e Calliphoridae (Diptera, Brachycera) associados à decomposição cadavérica no noroeste do Paraná
2021
Ana Caroline Oliveira Pereira | Alex Sandro Barros de Souza | Patricia Pereira Gomes
O presente trabalho teve como objetivo listar quais são os dípteros necrófagos na região noroeste do Paraná. As informações fazem parte de um projeto, aprovado no comitê de ética em pesquisa de animais, em desenvolvimento no IFPR Campus Umuarama. Durante o estudo, um cadáver de suíno com o peso aproximado de 10 kg foi utilizado como substrato, o qual foi colocado em uma gaiola com uma tela, para impedir a entrada de vertebrados necrófagos. A coleta dos insetos foi realizada por meio de uma armadilha modificada. A gaiola de metal que continha o substrato estava fixada no terreno do IFPR Campus Umuarama. Em relação aos insetos foram coletadas cinco espécies de Muscidae (Sarcopromusca pruna; Musca domestica; Hydrotaea aenescens; Sythesiomyia nudiseta e Stomoxys calcitrans) e seis espécies de Calliphoridae (Cochliomyia macellaria; Chrysomya albiceps; Chrysomya megacephala; Lucilia eximia; Lucilia cuprina e Hemilucilia segmentaria). Os espécimes de Stomoxys calcitrans podem ter sido coletados devido à presença de gado de corte próximo ao local. O processo de decomposição se completou em seis dias, o que pode ser devido aos altos índices de temperatura e baixos índices de umidade observados no local. Nesse período foram observados quatro estágios: fresco; enfisematoso; coliquativo e esqueletização. Estes dados são importantes para a construção de um banco de dados de espécies de importância forense.
Afficher plus [+] Moins [-]O que sabemos sobre os Lonchaeidae (Diptera: Tephritoidea) no estado do Acre, Brasil?
2025
Rodrigo Souza Santos | Laura Jane Gisloti | Vanessa Vitória Leão da Silva | Ricardo Adaime
As espécies de moscas da família Lonchaeidae (Diptera) têm sido relatadas como invasoras primárias de plantas cultivadas comercialmente e de espécies vegetais silvestres. No Estado do Acre, particularmente, estão reportadas apenas duas espécies Neosilba glaberrima (Wiedemann, 1830) e Neosilba zadolicha McAlpine & Steyskal, 1982, associadas a poucas espécies vegetais hospedeiras. Este trabalho objetiva mostrar as lacunas no conhecimento sobre os Lonchaeidae no Estado do Acre e despertar o interesse de estudantes de iniciação científica pelo estudo desse grupo biológico.
Afficher plus [+] Moins [-]Nidificação de vespas sociais (Vespidae: Polistinae) em bananeira Musa sp. (Musaceae), no sul do estado de Minas Gerais, Brasil
2024
Rogério Henrique Custódio | Fernando Gonçalves de Aguiar Crispim | Marcos Magalhães de Souza
As vespas sociais nidificam em diferentes substratos, mas há poucas informações sobre o uso de bananeiras, plantas de interesse comercial e utilizadas como quebra vento em outras culturas, portanto o objetivo aqui é acrescentar informações sobre a nidificação de vespas sociais em bananeira, Musa spp. (Musaceae) no sul de Minas Gerais. O trabalho foi realizado durante o período de 21 de outubro de 2023 a 28 de fevereiro de 2024, em sete dias de amostragem, com duas horas diárias de campo, em horários variados, o que totalizou 14 horas de trabalho de campo, na área da fazenda escola do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas campus Inconfidentes, município de Inconfidentes. Foram registradas 25 colônias de nove espécies nidificando na bananeira, portanto, essa planta é utilizada como substrato por diferentes espécies de vespídeos, e isso pode beneficiar essa cultura e outras associadas, como o cafeeiro, pois esses insetos sociais são predadores de diferentes pragas que afetam negativamente várias plantas de interesse agrícola.
Afficher plus [+] Moins [-]Possível uso de ninho de Mischocyttarus ypiranguensis Fonseca, 1926 (Hymenoptera: Vespidae) para camuflagem de mãe-da-lua Ameropterus sp. (Neuroptera: Ascalaphinae: Ululodini)
2024
Eike Daniel Fôlha Ferreira | Gabriel de Castro Jacques | Marcos Magalhães de Souza
A camuflagem é uma estratégia de sobrevivência para muitos insetos. Neste trabalho, o objetivo é apresentar informações sobre a etologia de Ameropterus sp. (Ascalaphinae), em relação a uma possível estratégia de camuflagem em ninho abandonado de vespa social. Observamos um indivíduo de Ameropterus sp. repousado sobre as células de um ninho abandonado da vespa social Mischocyttarus ypiranguensis Fonseca, 1926. O Ameropterus sp. encontrava-se com o corpo e antenas esticadas, assim como as asas sobre o tórax e abdome, o que dificultava a visualização de seu corpo. Além disso, também apresentava coloração e forma similar ao do ninho da vespa social, o que sugere uma possível estratégia de camuflagem. Este comportamento pode ser uma adaptação para dificultar sua visualização, fornecendo proteção contra predadores diurnos. Nossas observações permitem criar a hipótese de que algumas espécies de Ascalaphinae possam utilizar ninhos abandonados de vespas sociais como proteção baseada em camuflagem, mas são necessários mais estudos para melhor avaliação dessa possível condição, pois pode ser também uma situação casual.
Afficher plus [+] Moins [-]Presença de adultos de Cyclocephala verticalis, 1847 (Coleoptera: Scarabaeidae: Dynastinae: Cyclocephalini) em botões florais de Nymphaea amazonum Mart. & Zucc.
2024
Emilly Vieira Drosdosky | Eduarda Silva de Lima | Vinicius Mardegan Sangiorgio | Karina Dias-Silva
A polinização de plantas pelos insetos é bem conhecida pela comunidade científica e pela população. Porém, é comum quando se fala em polinização que se pense logo nas abelhas. Aqui observamos besouros Cyclocephala verticalis Burmeister, 1847 (Coleoptera: Scarabaeidae: Dynastinae: Cyclocephalini) em botões florais de Nymphaea amazonum Mart. & Zucc.. Nosso objetivo é relatar a presença de besouros terrestres em plantas aquáticas. Observamos 11 indivíduos de C. verticalis em 10 botões florais de N. amazonum. Observações como essa, nos permitem entender mais sobre a interação inseto/planta e ampliar o conhecimento sobre a relação entre organismos terrestres e aquáticos.
Afficher plus [+] Moins [-]Registro de Megasoma typhon typhon (Olivier, 1789) (Coleoptera, Melolontidae Dynastinae) em perímetro urbano próximo ao Parque Natural Municipal da Taquara, Duque de Caxias – RJ
2024
Jacqueline Monteiro Correia Cruz | Paschoal Coelho Grossi | Bruno Clarkson
O presente estudo apresenta o aparecimento de espécimes do besouro Megasoma typhon typhon (Olivier, 1789) (Melolonthidae, Dynastinae), em uma área urbana privada próxima ao Parque Natural Municipal da Taquara, em Duque de Caxias, RJ. A espécie se distribui pelo Novo Mundo, encontrado especialmente na Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Durante maio de 2022, um macho adulto foi avistado próximo a edifícios administrativos de uma empresa na região, possivelmente atraído por luzes artificiais e por consequência do avanço do desmatamento. O besouro foi observado e medido, porém não foi coletado. Em junho de 2023, foi encontrada uma fêmea morta da mesma espécie no mesmo local, indicando a recorrência da espécie na região. A fêmea foi coletada e depositada no Museu de Entomologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (MELEF-UENF). O artigo destaca a importância de estudar mais a fundo a biologia e o comportamento das espécies do gênero Megasoma Kirby, 1825 e a necessidade de projetos de conservação para evitar o descontrole populacional e a extinção. Também é apontado a crescente presença dessas espécies em áreas urbanas devido à fragmentação de seus habitats naturais e destaca a importância de coletar dados mais detalhados para uma melhor compreensão da biologia e da conservação dessas espécies.
Afficher plus [+] Moins [-]Biodiversidade de Arachnida e Myriapoda (Arthropoda) do leste Maranhense, nordeste do Brasil: subsídios para a Coleção Didática Zoológica da UFMA/Campus de Codó
2024
Raylana Lira Silva | Jacyelle Santos Silva | José Orlando de Almeida Silva | Rodrigo Salvador Bouzan | Antonio D. Brescovit | Luiz Felipe Moretti Iniesta
Coleções biológicas são a base da pesquisa taxonômica, pois fornecem dados sobre a riqueza de espécies e diversidade biológica regionais. Espécimes depositados em coleções estão sistematicamente organizados e identificados, o que permite o conhecimento da biodiversidade, bem como o seu uso para fins educacionais. No município de Codó, no estado do Maranhão, na região Nordeste do Brasil, está localizado um dos campi da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e cuja região é conhecida pela grande abundância de Arecaceae, mas sem nenhuma unidade de conservação. Com o objetivo de subsidiar informações sobre a coleção didática do campus da UFMA, o presente estudo contribuiu com a organização de artrópodes dessa coleção, em especial os Arachnida e Myriapoda, além de fornecer informações sobre a ecologia e distribuição desses táxons na região. A região do povoado Amorim apresentou a maior riqueza de espécies, em especial da classe Diplopoda, e diversidade, enquanto o povoado de Bruacas apresentou a maior equitabilidade. As regiões de Amorim, Bacabinha e Bruacas apresentaram grande similaridade faunística. Ressaltamos que as áreas dos povoados nos quais foram obtidas as amostras de Arachnida e Myriapoda sofrem com o avanço de atividades extrativistas, o que pode acarretar a perda da diversidade biológica nas áreas ainda quase que inexploradas para a fauna. Assim, essas informações são importantes para atenuar essa subamostragem e subsidiar o conhecimento sobre a biodiversidade local.
Afficher plus [+] Moins [-]Borboletas de uma área urbana de Santa Helena de Goiás, Brasil
2023
Wanderlan Antunes Sotero Júnior | Marcela Yamamoto
Apesar de sua importância ecológica, pouco se conhece sobre borboletas no estado de Goiás. O objetivo deste estudo foi inventariar borboletas de uma área urbana de Santa Helena de Goiás, Brasil. A amostragem foi feita no Parque Aquático Turmin Azevedo de janeiro a dezembro de 2021, utilizando-se metodologias de coleta ativa com rede entomológica e de coleta passiva com armadilhas Van Someren-Rydon. A curva de rarefação e a estimativa de riqueza de espécies foram elaboradas usando abundância e os dias de amostragem. Foram registrados 133 indivíduos de 42 espécies pertencendo a cinco famílias de Lepidoptera. A família Nymphalidae foi a mais abundante (18 espécies, 78 indivíduos), seguida de Hesperiidae (13, 21), Pieridae (6, 25), Lycaenidae (3, 6) e Riodinidae (2, 3). Houve maior riqueza de espécies nectarívoras (n = 33) que frugívoras (n = 9). A curva de rarefação não alcançou a assíntota indicando a ocorrência de mais espécies, fato também previsto pelos estimadores de riqueza de espécies. A abundância da família Nymphalidae e a presença de alguns de seus representantes tais como Anartia jatrophae (Linnaeus), Anartia amathea (Linnaeus), Hamadryas februa (Hübner), Tegosa claudina (Eschscholtz), Junonia evarete (Cramer) e Opsiphanes invirae (Hübner) revelam indícios dos efeitos da antropização na área de estudos e na comunidade de borboletas. Ainda que se trate de uma área urbana, o Parque Turmin Azevedo contribui na manutenção das espécies de borboletas da região.
Afficher plus [+] Moins [-]Fauna de Braconidae (Insecta: Hymenoptera) capturada em remanescente florestal na Amazônia ocidental brasileira
2023
Rodrigo Souza Santos | Elisandro Nascimento da Silva
Este trabalho teve por objetivo conhecer a diversidade de Braconidae em um remanescente florestal localizado no município Rio Branco, AC utilizando armadilhas do tipo Malaise. Entre agosto a novembro de 2015 foram instaladas duas armadilhas em dois pontos, uma na borda e outra no interior do remanescente florestal. Semanalmente os frascos coletores eram recolhidos e o material triado no Laboratório de Entomologia da Embrapa Acre para separação dos braconídeos, os quais foram preservados em álcool (70%) e identificados em nível de subfamília. Foi capturado um total de 223 braconídeos, 75 na borda (33,6%) e 148 no interior da mata (66,4%). As subfamílias capturadas na borda foram Agathidinae, Braconinae, Orgilinae, Macrocentrinae, Doryctinae, Cardiochilinae, Microgastrinae, Homolobinae, Rogadinae e Cheloninae. No interior do remanescente florestal foram capturadas todas as subfamílias encontradas na borda, além de Cenocoelinae, Brachistinae, Ichneutinae, Alysiinae, Euphorinae, Pambolinae, Acamposohelconinae, Rhysipolinae, Helconinae e Opiinae. Na borda e no interior da mata, a família Rogadinae apresentou o maior número de parasitoides capturados, com 22 e 18 espécimes, respectivamente. Pelos resultados obtidos, o interior do remanescente florestal se mostrou mais favorável à ocorrência de Braconidae em relação à borda. Também foi constatado um significativo número de subfamílias capturadas em um curto período de amostragem, sugerindo que o número de Braconidae neste local pode ser ainda maior. Ademais, este trabalho contribuiu para aumentar o conhecimento sobre a fauna de Braconidae na Amazônia ocidental, especialmente no estado do Acre.
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