Avaliação de protocolos para indução de inatividade ovariana em gatas domésticas
2009
Débora Tramujas Ballarotti | Wanderlei de Moraes | Cláudio Alvarenga de Oliveira | Érica C. Felippe | Nei Moreira
Os índices de prenhez após inseminação artificial em felídeos selvagens não são satisfatórios devido ao variável ambiente endócrino após a estimulação com gonadotropinas. O objetivo deste estudo consistiu em aumentar a taxa de sucesso em programas de inseminação artificial em gatas domésticas (animal modelo). As fêmeas (n=9) foram divididas em três grupos, cada um com três animais, sendo: 1) controle (C), somente 200 UI eCG/ 100 UI hCG ; 2) levonorgestrel oral (L) (0,075 mg) durante 37 dias + eCG/hCG; 3) etonogestrel (E), implante subdérmico durante 37 dias + eCG/hCG. Foram submetidas ao exame laparoscópico 29-39 horas após a administração de hCG para verificação da resposta ovariana e realização de esfregaço vaginal para monitoração da fase do ciclo estral. Foram coletadas amostras de fezes 60 dias antes e 60 dias após o tratamento com gonadotropinas para dosagem hormonal de estrógenos. Os resultados foram avaliados através do Teste ANOVA. Os níveis de significância mostraram que o Grupo E, em contraste com o Grupo C e o Grupo L, apresentou inibição satisfatória das concentrações de estrógenos durante a sua utilização. O grupo L não apresentou inibição ovariana durante o tratamento e diferença significativa em relação ao Grupo C. No exame laparoscópico todas as fêmeas dos grupos C, L e E apresentaram folículos e 77% das fêmeas apresentaram corpo lúteo. Também apresentaram células epiteliais superficiais anucleadas e nucleadas características de estro. Concluiu-se que a utilização de implantes de etonogestrel em gatas domésticas mostrou-se eficaz, possibilitando a sua utilização prévia aos programas de inseminação artificial, aspiração folicular e também para a contracepção.
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