Risco nutricional do cancro colo-rectal : efeito do uso médias pré-definidas num questionário de frequência de alimentos

Contém um relatório de estágio realizado no Curso de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto e no Centro de Saúde de S. Mamede Infesta, no âmbito da licenciatura em Ciências da Nutrição pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

Tese de licenciatura em Ciências da Nutrição apresentada à Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

Resumo da tese: A carcinogénese é um processo que atravessa várias etapas, envolvendo as fases de iniciação promoção e progressão 1. Vários factores podem estar envolvidos no cancro colo-rectal (CCR) com efeitos inibidores ou desencadeadores das diferentes etapas da tumorogénese 2. As tendências temporais evidenciam o papel dos factores não-genéticos, incluindo o regime alimentar, na etiologia das doenças ainda que factores genéticos possam ser determinantes em ambiente adverso 3. Doll e Peto 4, estimaram que 90% dos cancros dos Estados Unidos eram determinados por factores do ambiente e que cerca de 35% dos cancros, com variações entre 10 a 70%, podiam ser causados por componentes da alimentação. Os valores estimados, embora discutíveis, evidenciam a importância da alimentação como factor de risco de cancro. O CCR está relacionado com a alimentação e a nutrição, e, têm sido publicados numerosos estudos sobre estas relações, apesar de os mecanismos não serem ainda bem conhecidos 2. Estudos ecológicos comparam taxas de incidência e mortalidade com consumos per capita de componentes alimentares específicos, entre populações, e têm por isso algumas limitações metodológicas. Podendo levar a associações incorrectas entre factores alimentares e doenças, por relacionarem consumos entre grupos e não a nível individual. Segundo Walter Willett 3, estes estudos, embora com papel controverso na epidemiologia nutricional, estimularam muita da investigação actual.(...)