CARACTERIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS EPÍTOPOS DAS PROTEÍNAS DA VACINA DTP PARA DESENVOLVIMENTO DE INSUMOS BIOTECNOLÓGICOS

Introdução: Dentre as doenças imunopreveníveis bacterianas estão a difteria, o tétano e a coqueluche, essas doenças mesmo com vacinas disponíveis pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) tem sido motivo de preocupação, destaca-se os movimentos antivacinas e queda na cobertura vacinal. No Brasil, 1,6 milhão de crianças não receberam nenhuma dose da vacina DTP, que previne contra difteria, tétano e coqueluche, entre 2019 e 2021. Levando assim a preocupação do aumento de casos dessas doenças, como destaque para a coqueluche, bem com a possibilidade da ressurgência da difteria em nosso país, principalmente devido a baixa cobertura vacinal em algumas regiões e também agravado com a ocorrência de inúmeros casos na América Latina, como observado na Venezuela nos últimos anos. Objetivo: Identificar os principais epítopos imuno dominantes das toxinas Pertussis, diftérica e tetânica contribuindo assim para o desenvolvimento de novos testes diagnósticos e o aperfeiçoamento de novos imunobiológicos. Métodos: Foram realizadas análises de alta resolução dos epítopos lineares de células B das toxinas em estudos. Membrana de celulose através da síntese SPOT e sondados com soros de crianças vacinadas (DTP) foram posteriormente caracterizados e validados usando imunoensaios. Resultados: Um conjunto de 43 epítopos lineares de células B reconhecidos pela IgG humana após a administração de uma vacina DTP em crianças foram identificados para a toxina tetânica, 20 epítopos foram reconhecidos para a toxina diftérica e 24 epítopos foram identificados para toxinas Pertussis. Conclusão: Neste estudo identificamos todos os epítopos B lineares dos imunógenos das toxinas pertussis, diftérica e tetânica. A identificação e o mapeamentos dos epítopos poderão contribuir para o desenvolvimento de métodos de diagnósticos mais eficientes. Resultados desse trabalho também poderão contribuir para entendermos o processo de imunização e o aperfeiçoamento de imunobiológicos para que sejam mais eficientes e menos reatogências.