Laparoscopia diagnóstica em cães: análise de 27 casos
1998
João Eduardo Schossler
A laparoscopia foi empregada na visualização dos órgãos intra-abdominais de animais recebidos na rotina hospitalar totalizando 27 pacientes, portadores de diferentes patologias. Foi empregada anestesia geral, sendo o exame realizado via linha mediana ventral, 1 cm caudalmente à cicatriz umbilical. Neste ponto, foi introduzido o trocarte para instalação do pneumoperitônio e posteriormente inserida a óptica para a inspeção intracavitária. Os órgãos foram reconhecidos por suas características morfológicas externas, sendo possível a identificação de diferentes afecções. Em dois casos de atrofia esplênica e pancreática, bem como num caso de necrose hepática, o exame laparoscópico permitiu melhor esclarecimento da patologia existente, conduzindo a suspeita clínica ao diagnóstico final confirmado pela análise histopatológica. A presença de aderência hepatofrênica em um animal foi imediatamente diagnosticada, fornecendo fundamental informação ao desenvolvimento do ato operatório posterior. Os casos de tumoração e de piometrite em fase inicial foram definitivamente estabelecidos graças ao exame laparoscópico, já que os exames laboratoriais e radiológicos foram inconclusivos, corroborando várias citações de literatura segundo as quais a laparoscopia é decisiva nas afecções não estabelecidas satisfatoriamente pelos métodos convencionais. A laparoscopia determinou a inoperabilidade de tumorações hepáticas em dois casos e intestinal em um caso, influindo na decisão de solicitação de eutanásia dos animais pelos proprietários. As observações obtidas na casuística examinada levam à concordância com a citação de que a laparoscopia pode não evitar uma cirurgia de maior envergadura, porém fornece valiosas informações como o aspecto tecidual e extensão da lesão, indicando a definitiva manipulação.
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