Características morfológicas do funículo espermático do burro (Equus asinus x Equus caballus)
1999
Roberto Pimenta de Pádua Foz Filho | Antônio Fernandes Filho | Vicente Borelli
Estudando 15 pares de funículos espermáticos de burros (Equus asinus x Equus caballus), observamos em 5 pares que seus componentes acham-se envolvidos por delgada cápsula de tecido conjuntivo denso, revestido por mesotélio. Sob esta cápsula e em estreita relação com ela encontra-se espessa camada de musculatura lisa (músculo cremáster interno) que acompanha também o mesoducto deferente. A cápsula funicular e o músculo cremáster interno aparecem em alguns pontos levemente pregueados. Os componentes vásculo-nervosos estão envolvidos por tecido conjuntivo frouxo integrado predominantemente por fibras colágenas. A artéria testicular no funículo mostra trajeto sinuoso, túnica interna constituída por endotélio acompanhado de delicada camada de tecido conjuntivo e lâmina elástica limitante interna. Sua espessa túnica média é composta por fibras musculares lisas sustentadas por rede de fibras reticulares, e a túnica externa, por tecido conjuntivo que se confunde com o tecido conjuntivo intervascular. As veias testiculares aparecem em grande número, possuem túnica média formada por fibras elásticas e reticulares, com poucas fibras musculares e são desprovidas de válvulas, envolvem as artérias testiculares formando os plexos pampiniformes. O modelo do segmento da artéria testicular obtido com Neoprene látex 450 em 20 preparações, correspondentes a 10 pares de funículos espermáticos, apresentaram, respectivamente como comprimentos médio, máximo e mínimo, 58,2 cm, 81,0 cm e 44,0 cm à direita e 66,3 cm, 96,0 cm e 51,0 cm à esquerda.
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