Aspectos histopatológicos e micológicos da infecção experimental de cobaias com Microsporum canis
2002
Josemara Neves Cavalcanti | José Luiz Guerra | Walderez Gambale | Benedito Corrêa | Claudete Rodrigues Paula
Com frequência o dermatófito Microsporum canis está envolvido na etiologia da dermatofitose, podendo ser transmitido para o homem por cães e gatos. Neste estudo foi procedida inoculação experimental de M. canis em cobaias resultando em lesões em 100 % dos animais e o curso clínico consistiu de período de incubação, fase inflamatória e fase de resolução das lesões. O exame histopatológico de biópsias cutâneas revelou presença de infiltrado neutrofílico e edema; acantose, hiperqueratose e espongiose. Estas lesões tornaram-se menos acentuadas no 30.0 dia pós-inoculação. Esporos e hifas de M. canis foram detectadas em cortes histológicos corados com PAS (Ácido Periódico de Schiff). A combinação dos corantes fluorescentes diacetato de fluoresceína (DF) e brometo de etídio (BE), possibilitou uma adequada visualização das células fúngicas viáveis e não viáveis com evidenciação de seus caracteres morfológicos. Este modelo experimental representa um valioso instrumento para o estudo da patogênese da infecção por dermatófitos, para a avaliação da eficácia de drogas antifúngicas, podendo também ser utilizado em estudos sobre a imunologia das dermatofitoses e na determinação da morfogênese de dermatófitos.
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