Ventilação controlada mecânica em cavalos com o emprego de vecurônio
1998
Denise Tabacchi Fantoni | José de Alvarenga | Luis Claudio Lopes Correia da Silva | Silvia Renata Gaido Cortopassi | Regina Mieko Sakata Mirandola
O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos metabólicos e respiratórios da administração de vecurônio em cavalos submetidos a ventilação controlada e compará-los àqueles que permaneceram em respiração espontânea. Foram empregados vinte animais hígidos alotados em dois grupos experimentais. Todos os animais foram pré-medicados com romifidina (100 mi g/kg IV) sendo a anestesia induzida com a associação de tiletamina-zolazepam (2 mg/kg IV) e a manutenção realizada com halotano. Os animais do grupo I permaneceram em respiração espontânea enquanto os animais do grupo II receberam vecurônio na dose de 0,1 mg/kg IV sendo submetidos a ventilação controlada mecânica. A administração do vecurônio não promoveu qualquer alteração significativa da freqüência ou ritmo cardíaco, pressão venosa central ou pressão arterial. No atinente aos animais que permaneceram em respiração espontânea, não houve qualquer diferença em relação a estes parâmetros quando comparados aos dos animais que permaneceram em respiração espontânea. Os animais que receberam o vecurônio apresentaram valores inferiores de PaCO2 e valores normais de pH em relação aos animais do grupo I. A duração de ação do vecurônio foi de 12,83 ± 1,72 minutos. Após o término da administração do halotano, os animais do grupo II retornaram à ventilação espontânea em 6,09 minutos demonstrando valores de PaCO2 da ordem de 50,78 mmHg. Não houve necessidade de reversão farmacológica do bloqueador e a qualidade da recuperação foi semelhante nos dois grupos. Frente aos resultados obtidos, pode-se concluir que o emprego de ventilação controlada mecânica e vecurônio em eqüinos é factível e isenta de efeitos adversos, sendo portanto indicada nesta espécie.
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