Intoxicação cúprica acumulativa experimental em bovinos
2007
Antonio Humberto Hamad Minervino | Raimundo Alves Barrêto Júnior | Rodrigo Nogueira Fernandes Ferreira | João Paulo Elsen Saut | Frederico Augusto Mazzoca Lopes Rodrigues | Selwyn Arlington Headley | Enrico Lippi Ortolani
O presente trabalho objetivou analisar variáveis clínicas, sangüíneas e os teores de cobre hepático de bovinos submetidos à intoxicação cúprica acumulativa (ICA), por meio do fornecimento de quantidades crescentes de cobre, Com tal objetivo, foram utilizados 10 bovinos (mestiços) jovens, aleatoriamente distribuídos em seis animais no grupo suplementado com cobre (BOV Cu) e quatro animais no grupo controle (BOV). Diariamente, o grupo BOV Cu recebeu por meio de cânula ruminal 2 mg Cu /kg/PV (CuSO4.5H2O) sendo esta dose acrescida de mais 2 mg/kg/PV a cada semana, até o término do experimento (105 dias). Foram realizadas três biópsias hepáticas (Dia 0 - dia 45 - dia 105) em todos os animais para determinação da concentração de Cu e Zn neste órgão. Quinzenalmente, foi realizado exame clínico, pesagem dos animais e coleta de amostras de sangue. Três bovinos do grupo BOV Cu manifestaram quadro laboratorial e/ou clínico sugestivo de intoxicação cúprica acumulativa (ICA), vindo a sucumbir em seguida. Destaca-se a presença de dois quadros clínicos diferentes, o clássico (n = 1) e um atípico (n = 2), caracterizado pelo destacado acúmulo de cobre hepático, hiporexia progressiva seguida de anorexia, desidratação, redução dos movimentos de ruminais, oligúria, acentuada apatia e morte, mas sem apresentar hemoglobinúria. Parte dos bovinos se mostraram resistentes à ICA a despeito da administração de altas quantidades cobre. Bovinos com ICA aumentaram a concentração de zinco hepático nas fases finais da intoxicação. Nenhum animal apresentou quadro de insuficiência renal.
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