RELAÇÃO ENTRE AS POPULAÇÕES NATURAIS DE ARRAIAS DE ÁGUA DOCE (MYLIOBATIFORMES: POTAMOTRYGONIDAE) E PESCADORES NO BAIXO RIO JURUÁ, ESTADO DO AMAZONAS, BRASIL
2015
Adriano Teixeira de Oliveira | Erisilva Cunha de Lima | Lucilene da Silva Paes | Suelen Miranda dos Santos | Rayza Lima Araújo | Jackson Pantoja-Lima | Paulo Henrique Rocha Aride
Este trabalho objetivou caracterizar a pesca negativa das arraias de água doce no município de Juruá, Amazonas. Foram entrevistados 50 pescadores cadastrados na Colônia de Pescadores de Juruá, Z21. Os potamotrigonídeos foram capturados principalmente com malhadeiras. Ocorrem nove espécies de arraias de água doce no baixo Juruá, sendo as mais abundantes Potamotrygon motoro e Potamotrygon cf. scobina. Foram encontrados arraias de água doce nos lagos, rios e praias, com o período de maior ocorrência na vazante e seca do rio Juruá. O destino dados às arraias pelos pescadores após a sua pesca é o sacrifício dos animais (59%), mutilação (35%) e soltura na natureza (6%). Foi estimado que no ano de 2012 houve o sacrifício de 10.660|, mutilação de 3.562 e a soltura de apenas 286 arraias. Metade dos entrevistados sofreram acidentes com os potamotrigonídeos, com ataques principalmente nos pés (70%). Existe uma diversidade alta de potamotrigonídeos no baixo rio Juruá, que está diretamente associada a pesca negativa, nessa localidade é importante adotar medidas de educação ambiental com os pescadores para evitar a sobrepesca e dessa forma conservar esses elasmobrânquios na localidade. Palavras-chave: Potamotrygonidae, mortalidade, diversidade, negativa. DOI: http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v5n3p108-111
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