Avaliação de risco dietético: uma revisão sistemática e determinação de agrotóxicos em arroz integral, parboilizado e polido produzidos no Brasil | Dietary risk assessment: a systematic review and determination of pesticides in polished, parboiled and brown rice produced in Brazil

This study aimed to evaluate the presence of residues from 155 pesticides in 216 samples of polished, parboiled, and brown rice commercialized between 2019 and 2024. To achieve this, a multiresidue method was validated prior to sample analy-sis, following the guidelines of the SANTE 11312/2021 document. Rice samples were collected from three cities/regions in Rio Grande do Sul (Santa Maria/Central-West, Pelotas/Southeast, and Uruguaiana/Southwest), the state's main rice-pro-ducing regions. The pesticide residue monitoring results were used to assess the potential chronic dietary exposure risk to consumers. Of the 155 pesticides ana-lyzed, 20 were detected, with brown rice showing the highest frequency of resi-dues, followed by parboiled and polished rice. However, none of the detected pes-ticides exceeded the maximum residue limits established by Brazilian regulations, although some exceeded the limits defined by European regulations. Additionally, three pesticides that are not approved for use in rice cultivation were detected, and two of them are banned in Brazil. Furthermore, 96.8% of the 216 samples tested positive for one or more pesticides. Despite the high contamination levels, chronic risk assessment confirmed that the rice samples are safe for human consumption, indicating no health risks. These findings underscore the necessity of continuous pesticide residue monitoring in rice and the importance of developing effective reg-ulations to ensure the provision of safe food to consumers.

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

Este estudo teve como objetivo avaliar a presença de resíduos de 155 agrotóxicos em 216 amostras de arroz polido, parboilizado e integral, comercializadas no período de 2019 a 2024. Para isso, antes da análise das amostras, um método multirresíduo foi validado de acordo com as diretrizes do documento SANTE 11312/2021. As amostras de arroz foram coletadas em três cidades/regiões do Rio Grande do Sul (Santa Maria/Centro-Oeste, Pelotas/Sudeste e Uruguaiana/Sudoeste), sendo essas as três principais regiões produtoras de arroz do estado do RS. Os resultados do monitoramento de resíduos de agrotóxicos foram utilizados para avaliar o possível risco de exposição dietética crônica para os consumidores. Dos 155 agrotóxicos avaliados 20 foram de fato detectados, com o arroz integral apresentando a maior frequência de resíduos, seguido pelo arroz parboilizado e polido. Contudo, nenhum dos agrotóxicos detectados excedeu os limites máximos de resíduos estabelecidos pela regulamentação brasileira, entretanto, alguns resíduos excederam seus limites definidos pelas normas europeias. Além disso, três agrotóxicos não permitidos na cultura do arroz foram detectados, sendo que dois deles são proibidos no Brasil. Ademais, das 216 amostras avaliadas, 96,8% testaram positivo para um ou mais agrotóxicos. Porém, apesar dos grandes índices de contaminação, a avaliação de risco crônico confirmou que as amostras de arroz são seguras para o consumo humano, indicando a ausência de riscos à saúde. Esses resultados enfatizam a necessidade de monitoramento contínuo dos resíduos de agrotóxicos no arroz e a importância do desenvolvimento de regulamentações eficazes para proporcionar aos consumidores alimentos seguros.