Taxas de acúmulo diário de forragem e valor nutritivo de Tifton 85 na Região Oeste Catarinense

O trabalho visou a determinar a taxa de acúmulo diário de matéria seca (TAD) e a composição bromatológica de Tifton 85 nas condições da Região Oeste de Santa Catarina, onde a forrageira é amplamente cultivada. O experimento foi conduzido durante os anos de 2019 a 2021 em uma pastagem de 0,96 ha, implantada em 2012 e submetida a pastoreio rotacionado com vacas leiteiras. No último dia de cada mês foi coletada a forragem acumulada no interior de doze gaiolas de exclusão (três por repetição), representando o crescimento mensal de forragem. A cada mês, o processo foi repetido e novos pontos eram amostrados. A produção de matéria seca mensal foi convertida em acúmulo diário. As amostras mensais de forragem foram misturadas em partes iguais formando amostras por estação do ano, sendo submetidas à análise bromatológica. A produção anual de matéria seca variou de 25,4 a 27,3 Mg ha-1, com forte concentração (67%) entre verão e outono. Houve efeito significativo da interação mês x ano, com diferença na curva de acúmulo de forragem do terceiro ano em relação aos dois primeiros. A média trienal da TAD situou-se entre 25 kg ha-1 (julho) e 146 kg ha-1 (janeiro), atestando a reconhecida estacionalidade de produção da forrageira. A TAD foi correlacionada positivamente com a média de temperaturas máximas, médias e mínimas e com o percentual de dias chuvosos no mês, e negativamente com a proporção de dias com temperatura mínima menor do que 15 ºC. A interação ano x estação afetou os parâmetros bromatológicos, os quais, de modo geral, foram superiores no verão e primavera, mas com valores satisfatórios também no outono e inverno. Face à curva de acúmulo de forragem, ajustes na carga animal e ações de planejamento forrageiro são necessários para a adequada utilização do Tifton 85.