Avaliação da capacidade de penetração de sêmen congelado de onça pintada (Panthera onca) em oócitos heterólogos
2000
Regina Celia Rodrigues da Paz | Roberta Mara Züge | Valquíria Hyppolito Barnabe | Ronaldo Gonçalves Morato | Paulo Anselmo Nunes Felippe | Renato Campanarut Barnabe
A aplicação de técnicas de reprodução assistida em espécies selvagens ameaçadas de extinção surge como método alternativo com o intuito de minimizar a diminuição da variabilidade genética das populações. Com o objetivo de determinar a fertilidade de onças pintadas (Panthera onca) mantidas em cativeiro e avaliar a eficácia dos meios de capacitação espermática, foi realizado o ensaio de penetração em oócitos de hamster livres de zona pelúcida. Para a realização do experimento, foi utilizado sêmen congelado de 3 animais do Bosque dos Jequitibás, Campinas/SP. Foram testadas 3 técnicas: Percoll, Swim-up e Swim-up + 1 hora em estufa de CO2 a 38ºC, considerando como oócitos penetrados aqueles que apresentaram no seu interior a descondensação da cabeça do espermatozóide. A média de penetrações da técnica Percoll (26,5%) foi significativamente maior comparada à técnica Swim-up (8,1%), sendo que não houve penetração utilizando a técnica Swim-up + 1 hora em estufa de CO2 a 38°C (x² = 19,93; p < 0,05). Analisando os resultados, concluímos que as técnicas Percoll e Swim-up foram eficientes para a realização do ensaio de penetração, comprovando a capacidade de penetração dos espermatozóides de onças pintadas (Panthera onca), pós-descongelamento, em oócitos de hamster livres de zona pelúcida. Porém, houve uma baixa porcentagem de penetração, a qual pode estar associada ao elevado índice de espermatozóides morfologicamente anormais. Mais estudos devem ser conduzidos com a finalidade de avaliar a fertilidade destes animais e até que ponto a variabilidade da espécie pode estar comprometida.
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