Ocorrência de anticorpos antitoxoplasma em gatos infectados naturalmente pelo vírus da imunodeficiência dos felinos
1998
Sílvia Regina Ricci Lucas | Mitika Kuribayashi Hagiwara | Archivaldo Reche Jr. | Pedro Manuel Leal Germano
Foram avaliadas, pela técnica de imunofluorescência indireta, a freqüência e a magnitude dos títulos de anticorpos antitoxoplasma (Toxoplasma gondii, Nicolle; Manceaux, 1909), em gatos infectados naturalmente pelo vírus da imunodeficiência dos felinos (VIF). Utilizaram-se 115 amostras de soro sangüíneo de gatos negativos ao vírus da leucemia felina que foram divididas em 3 grupos. Os 22 animais do grupo I eram positivos ao VIF. Os 58 animais que compuseram o grupo II eram doentes porém negativos na pesquisa de anticorpos anti-VIF e os 35 felinos do grupo III eram hígidos e negativos ao VIF. Os resultados obtidos permitiram concluir que a freqüência de anticorpos antitoxoplasma foi maior no grupo I do que nos grupos II e III. A análise estatística mostrou forte associação entre a infecção pelo VIF e a presença de anticorpos antitoxoplasma. Não se observou diferença entre a magnitude dos títulos de anticorpos antitoxoplasma nos animais positivos e negativos ao VIF. Embora gatos que desenvolvam imunidade raramente eliminem oocistos, não se sabe exatamente como esta imunidade pode influenciar a eliminação de oocistos naqueles gatos infectados pelo VIF. Em face da alta freqüência de anticorpos antitoxoplasma observada nos animais positivos ao VIF, acredita-se que todos os gatos positivos a esse vírus devam ser avaliados quanto à presença de anticorpos antitoxoplasma.
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Información bibliográfica
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