Fluxos de CO2 na interface ar-água no eixo norte-sul do Complexo Estuarino de Paranaguá-PR, Brasil.
2014
Campos, Joana Carneiro de | Machado, Eunice da Costa | Universidade Federal do Paraná. Campus Pontal do Paraná - Centro de Estudos do Mar. Curso de Graduação em Oceanografia
Orientador : Profª. Drª. Eunice da Costa Machado
Mostrar más [+] Menos [-]Monografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Centro de Estudos do Mar, Curso de Oceanografia
Mostrar más [+] Menos [-]Areas costeiras constituem sistemas rasos complexos que apresentam uma infinidade de processos associados. Sabe-se que os ciclos biogeoquimicos nestes ecossistemas estão sofrendo alterações em resposta às mudanças climáticas globais, com a tendência, em caráter episódico ou permanente, de exibirem menores teores de oxigênio dissolvido e maiores de CO2, com consequências claramente negativas para estes sistemas. Os estuários apresentam grande importância na dinâmica do dióxido de carbono atmosférico, podendo atuar como fonte ou sumidouro deste gás, por intermédio de processos fisicos e biológicos. Neste contexto, diversos autores acreditam que o ambiente costeiro é possivelmente heterotrófico, atuando como fonte de CO2, pois o carbono orgânico transportado pelos rios para estas regiões é amplamente respirado na interface continente-oceano, Com o intuito de observar of papel do eixo Norte-Sul, do Complexo Estuarino de Paranaguá, como fonte ou sumidouro do CO2 atmosférico, investigou-se a distribuição de variáveis mestres ao longo do gradiente de salinidade. Para tal, realizou-se quatro campanhas de amostragem, em outubro e novembro de 2013, março e abril de 2014, além de 2 campanhas a leste da baia, em agosto de 2012 e abril de 2013. Em cada campanha, mensurou-se a temperatura, pH, salinidade (in situ), alcalinidade e oxigênio dissolvido. O CO2 total foi determinado a partir de um modelo de interações iônicas, com base nas variáveis fisico-quimicas mensuradas. As concentrações de dióxido de carbono, sempre supersaturadas no período menos chuvoso, apresentaram gradiente crescente em direção à região interna do estuário. A saturação de Oxigênio Dissolvido variou entre 79 e 169%, revelando um comportamento inverso ao CO2%, com valores elevados na região externa do estuário, decorrente do incremento relativo das atividades autotróficas. Os resultados obtidos permitem inferir um metabolismo predominantemente heterotrófico ao longo de todo o Eixo Norte-Sul do CEP durante o período menos chuvoso, com inversão do sistema durante o início do período mais chuvoso. Fluxos diários e em uma base anual de CO2 na interface estuário-atmosfera foram estimados a partir da diferença entre os teores de superficie e de equilibrio atmosférico, usando um coeficiente de transferência dependente da velocidade do vento. A média anual de 5.0*10 mol'm².ano-1 encontra-se na faixa reportada para outros sistemas estuarinos e indica que o eixo Norte-Sul do CEP atua como fonte liquida de CO2 para a atmosfera. Palavras-chave: Fluxos de CO2. Metabolismo pelágico. Complexo Estuarino de Paranaguá.
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Este registro bibliográfico ha sido proporcionado por Universidade Federal do Paraná