Coagulação da água da represa Vargem das Flores visando tratamento por filtração direta

In this study a comparison of the performance of coagulants ferric chloride, aluminum sulfate, ferric sulfate, and aluminum hydrochloride, each separately or in combination with cationic polymers was carried out in order to evaluate the removal of color and turbidity from eutrophic water, through direct downflow filtration. The treatment study used the raw water from a source that feeds a treatment plant which treats about 1.000 L/s through downflow direct filtration, where coagulation is preceded by chlorination, without pH adjustment for coagulation, and aluminum sulfate is used as coagulant in higher dosages than what is usually recommended for direct filtration, which has contributed for the short duration of filter runs of about 16 hours. Jar filtration experiments, zeta potential measurement, phytoplankton counting, and pilot plant experiments were done to simulate the filter run duration of the treatment plant filters. The purpose of the study was to evaluate if pH adjustment for coagulation, the choice of coagulant and the use of cationic polymers would make it possible to lower coagulant dosage closer to levels recommended for direct downflow filtration. In view of the results of theexperiments, it can be concluded that all coagulants tested in either lab or pilot plant scale were able to produce filtered water in accordance with the Brazilian standard for drinking water, as did both aluminum sulfate 2 with acid and PACl 10,6% Al2O3, which were used in pilot plant experiments. There was no significant difference, on a level of significance of 5%, between coagulants tested in either jar filtration experiments or in pilot plant experiments as to results in removal of turbidity and color. Simulating the treatment plant filter run using thepilot plant, a 25 hour long filter run was obtained. This is longer than what currently takes place at the treatment plant, which suggests the filtering medium used at the treatment plant may not be adequate.

No presente trabalho fez-se uma comparação do desempenho dos coagulantes cloreto férrico, sulfato de alumínio, sulfato férrico e hidróxi-cloreto de alumínio, isoladamente ou combinados com polímeros catiônicos, na redução da cor aparente, turbidez e fitoplânctonvisando ao tratamento por filtração direta descendente. O estudo de tratabilidade foi realizado com a água afluente a uma estação de tratamento de água (ETA) que trata em média 1.000 L/s por meio da filtração direta descendente, onde a coagulação com sulfato de alumínio é precedida da cloração, sem ajuste do pH de coagulação. O sulfato de alumínio é utilizado como coagulante com dosagens usualmente acima do recomendado para emprego da filtração direta, o que vem contribuindo para que as carreiras de filtração sejam curtas cerca de16 horas. Foram realizados ensaios de bancada, ensaios para medição do potencial zeta, contagem de fitoplâncton e ensaios em escala piloto para simular a duração da carreira de filtração na ETA. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar se o ajuste do pH de coagulação, a escolha do tipo de coagulante e o emprego de polímero possibilitariam reduzir a dosagem de coagulante a valores mais compatíveis com o recomendado para a utilização da filtração direta descendente. Diante dos resultados obtidos, pode-se concluir quetodos os coagulantes testados em escala de bancada, em dosagens compatíveis para o emprego da filtração direta, possibilitaram valores de turbidez e de cor aparente remanescentes em acordo com a Portaria nº 518/2004. Tanto o sulfato de alumínio quanto o PACl 10,6% Al2O3, ambos testados em escala piloto, possibilitaram o atendimento a Portaria citada. Não houve diferença significativa, considerando um nível de significância de 5%, entre os coagulantes testados em escala de bancada e os testados em escala piloto quanto à remoção de turbidez e de cor aparente. Na simulação de duração da carreira de filtração daETA, utilizando o filtro piloto, obteve-se uma duração da carreira de filtração de 25 horas, ou seja, superior aos valores observados atualmente na ETA, o que sugere que o meio filtrante utilizado na ETA não seja adequado.